http://www.turisver.com/article.php?id=44424
Turisver,21/09/2009
O governo holandês está a estudar a possibilidade de vedar ou limitar o acesso de estrangeiros às coffee-shops.
Em causa parece estar a reputação da Holanda na cena internacional e recentes tomadas de posição de municípios holandeses junto às fronteiras do país, nos quais muitos habitantes se manifestam cansados dos fluxos semanais de dezenas de milhares turistas menos desejáveis de países vizinhos, que visitam a Holanda com o intuito único de comprar e consumir cannabis nas coffee-shops. Bélgica, França, e Alemanha, são os principais países de origem deste “turismo” . Em alguns destes municípios de fronteira algumas coffee-shops foram proibidas de vender a droga, e algumas fecharam mesmo as portas. Sendo uma questão antiga na Holanda, a venda e consumo de cannabis nas coffee-shops volta assim à actualidade nacional, com o Governo a ponderar limitar, ou mesmo proibir, a frequência destes estabelecimentos por turistas estrangeiros.
“Há um consenso no sentido de tornar muito mais difícil que os turistas possam comprar nas coffee-shops holandesas”, afirmou a porta-voz do ministério da justiça da Holanda.
Na Holanda há cerca de 700 coffee-shops licenciadas, a maioria em Amesterdão.
N.A.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
Revistas: a luta de FHC pela liberação da maconha
http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=29785
Congresso em Foco, 19/09/2009 - 07h29
Veja
FHC sobre THC
Fernando Henrique Cardoso é dono de uma biografia extraordinária. Sociólogo brilhante, como político teve papel relevante na redemocratização do país, criou o Plano Real, foi o primeiro presidente da República reeleito da história do Brasil e hoje é presidente de honra do PSDB. Agora, aos 78 anos, decidiu jogar o peso de sua imagem em favor de uma causa polêmica, a descriminalização da maconha, tema do documentário Rompendo o Silêncio, que aceitou estrelar e que será dirigido pelo jovem Fernando Grostein Andrade (diretor de Coração Vagabundo, sobre Caetano Veloso). O documentário só será lançado depois das eleições presidenciais. FHC afirma que nunca fumou cigarros comuns, tampouco os de THC, tetra-hidrocanabinol, a substância psicoativa da maconha.
O senhor sempre foi favorável à descriminalização da maconha, mas nunca havia defendido a ideia abertamente. Por que decidiu fazer isso agora?
De fato, é uma preocupação antiga. A Secretaria Nacional Antidrogas, criada quando fui presidente da República, já formulava a ideia de que não adianta só reprimir. Essa iniciativa minha, portanto, não é algo inteiramente novo e deriva de uma única preocupação: a forma como vem sendo conduzido o combate às drogas nos países americanos. As coisas vão mal nessa área.
O que o levou a essa constatação?
Em março, em Viena, houve uma avaliação dos esforços feitos nos últimos dez anos. Nesse período, prevaleceu a posição americana de que era necessário empreender uma guerra total de repressão às drogas. Só que esse projeto envolveu muito dinheiro e apresentou pouco resultado. A violência aumentou e não houve a diminuição nem da produção nem do consumo. A Colômbia, por exemplo, fez esforços extraordinários e conseguiu um grande avanço sobre os guerrilheiros, desorganizou muita coisa dos cartéis, mas, mesmo assim, chegou a uma situação paradoxal: teve um aumento na produtividade do plantio da droga. Isso porque, enquanto ela diminuiu a área cultivável, os contrabandistas compensaram a perda aumentando a produtividade por meio do uso de técnicas mais modernas de plantio. Além disso, houve uma transferência dos cartéis colombianos para o México e lá a coisa ficou muito séria, porque o país não estava institucionalmente preparado, como a Colômbia, para fazer frente ao desafio.
Qual foi a falha fundamental da política americana de combate às drogas?
Primeiro, não se pode dar uma receita única para todos os países. Eles têm especificidades: um é produtor, outro é só consumidor, um é mais liberal do que outro. Não adianta prescrever uma saída única para todos. Depois, não se pensou na redução do consumo, mas apenas em frear a produção. É preciso mudar o paradigma: além de pensar numa política de redução do consumo, deve haver também uma política de diminuição do dano. O usuário precisa ter assistência médica. Nos Estados Unidos, agora é que começa a haver uma pequena mudança. Nessa reunião em Viena, os americanos concordaram que seria possível oferecer seringas aos drogados como forma de diminuir a disseminação de doenças contagiosas. Até então, nem isso era aceito. O usuário era visto como alguém a ser punido.
Os modelos europeus seriam mais eficientes?
A Europa tem experiências variadas, mas segue mais em outra direção: o usuário é visto como um problema médico e o traficante como bandido. Essa matéria é muito delicada, e é preciso deixar claro que eu não estou dizendo que a droga não faz mal. As drogas causam danos, todas elas. Há estudos que mostram que a Cannabis pode levar à esquizofrenia. Então, não é "liberou geral", tem de haver um controle. Mas acho que, no caso dos usuários, é possível dizer que o melhor é descriminalizar.
Ministro e réu
Cabe a somente onze brasileiros, homens e mulheres que compõem a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal, a nobre tarefa de proteger o espírito da Constituição da República – documento que consagra os princípios e os valores da democracia e da Justiça no Brasil. Não é fácil tornar-se um desses defensores. O candidato precisa ser brasileiro nato, ter mais de 35 anos, exibir notável saber jurídico e apresentar reputação ilibada.
O presidente da República indica um candidato. Cabe ao Senado confirmar ou rejeitar a escolha presidencial. Esse é um processo que costuma ser rápido, formal e reverente. Ou seja, o Senado nunca rejeita as indicações do Planalto. Essa tradição pode mudar com a mais nova indicação do presidente da República, José Antonio Dias Toffoli, advogado-geral da União, que pleiteia a vaga deixada pelo jurista Carlos Alberto Direito, morto no começo deste mês. Toffoli é brasileiro nato, tem 41 anos, não tem mestrado, foi reprovado duas vezes no concurso para juiz estadual e apresenta escassa produção acadêmica. Sua experiência profissional mais evidente, antes de entrar no governo, foi a de advogar para o PT. O fraco currículo, porém, não é o seu maior obstáculo. Toffoli é duas vezes réu.
Ele foi condenado pela Justiça, em dois processos que correm em primeira instância no estado do Amapá. Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de 700.000 reais – dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos "absolutamente ilegais", celebrados entre seu escritório e o governo do Amapá.
Os negócios que resultaram na dupla condenação do candidato a ministro do STF ocorreram entre 2000 e 2002, na gestão do então governador do Amapá, João Capiberibe. Nesse período, Toffoli acumulou dois trabalhos prestados a Capiberibe. O primeiro foi o de "colaborador eventual" do governo do estado. O segundo, levado a cabo pelo escritório de advocacia de Toffoli, foi o de defender os interesses pessoais de Capiberibe e de seu grupo político junto ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
Até aqui nada de ilegal aos olhos da Justiça ou de pouco ético do ponto de vista de quem precisa ter "reputação ilibada" para se candidatar a uma vaga no STF. A coincidência de data dos dois trabalhos prestados por Toffoli e seu escritório a Capiberibe, no entanto, chama atenção. Enquanto recebia dinheiro para assessorar o governo do Amapá, Toffoli defendia também interesses pessoais de Capiberibe em três processos no TSE. No dia 14 de julho de 2000, o governo do Amapá contratou Toffoli como "colaborador eventual", sem precisar honorários ou função específica. Dez dias depois, Toffoli ingressou com uma ação no TSE em favor de Capiberibe. A sentença condenatória contra Toffoli sugere que se está aqui diante não de uma coincidência, mas de uma manobra para pagar com dinheiro público um advogado e seu escritório por prestarem serviços particulares ao governador.
A recente indicação do sentenciado para ocupar uma vaga no STF transforma uma questão cível corriqueira em um embaraço do tamanho do Pico da Neblina. Apenas para se ter uma ideia da confusão, o que ocorreria se Toffoli for confirmado pelo Senado para o STF e, mais tarde, seu processo for subindo de instância e chegar ao próprio STF? Não é incomum que juízes se tornem réus de ações cíveis e até criminais. O que pode haver de extraordinariamente novo aqui é um réu se tornar não apenas juiz – mas ministro da corte constitucional brasileira.
Os processos contra o futuro ministro tramitam no Tribunal de Justiça do Amapá. Ambos resultam de ações populares, um instrumento jurídico que, segundo a Constituição que Toffoli talvez venha a defender, pode ser utilizado por qualquer cidadão que pretenda anular um "ato lesivo ao patrimônio público ou à moralidade". O ato lesivo resultou da contratação do escritório do atual advogado-geral da União pelo governo do Amapá. O objeto do contrato era "prestar serviços técnicos profissionais na esfera judicial e/ou administrativa". Toffoli e seu sócio receberam 420 000 reais no decorrer de um ano. Nas palavras de Mário Cézar Kaskelis, um dos juízes do caso, trata-se da "exorbitante quantia" de 35 000 reais mensais (60 000 reais, em valores atualizados), para deixar à disposição do governo do estado dois advogados.
Complica ainda mais o caso o fato de os advogados terem sido contratados ao cabo de um mecanismo que pareceu ao juiz Kaskelis uma "suposta licitação... eivada de nulidade". Escreveu o juiz: "Houve simplesmente uma espécie de terceirização dos serviços que a administração pública já dispunha, através do seu quadro de procuradores.
O contrato é absolutamente ilegal, estando viciado por afronta ao conjunto de regras da administração pública e da moral jurídica". Em outro processo, que corre na 4ª Vara Cível de Macapá, o juiz Luiz Carlos Kopes Brandão condenou Toffoli, em 2006, a devolver 20 000 reais recebidos diretamente do governo do Amapá, como "colaborador eventual". Diz o juiz Brandão: "Não é preciso esforço algum para perceber a ilegalidade e a lesividade do contrato. Houve afronta aos princípios da impessoalidade e da moralidade".
Toffoli não quis conversar com os repórteres de VEJA sobre os processos, mas orientou sua advogada, Daniela Teixeira, a dizer à revista que já apelara da condenação e que a sentença "está suspensa". Esse é o ponto de vista do réu. A Justiça do Amapá informa que ainda não se pronunciou sobre os argumentos de Toffoli para anular a sentença. Até que o juiz
se manifeste, a sentença permanece válida. A favor do candidato de Lula para a vaga do ministro Direito no STF, é preciso reconhecer que as evidências mais fortes de ilegalidade apontam mesmo para o comportamento do governador do Amapá e de seus auxiliares.
Quase uma década de impunidade
O jornalista Antonio Pimenta Neves tem sorte de ser brasileiro. Se fosse cidadão dos Estados Unidos, da Itália, da França, da Espanha, de Portugal, da Argentina, da Colômbia ou da Costa Rica, e tivesse cometido em um desses países o crime que cometeu aqui, a probabilidade de estar fora da cadeia seria praticamente nula.
Em agosto de 2000, o jornalista, então diretor do jornal O Estado de S. Paulo, matou a tiros a ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide, de 32 anos. O crime completou nove anos no mês passado e Pimenta Neves – réu confesso, julgado e condenado em primeira e segunda instâncias – continua livre como um pássaro. Pior que isso: as chances de que ele nunca vá para a cadeia – ou de que, ao final de tudo, venha a passar não mais do que um ano e onze meses lá – são escandalosamente reais.
Aos 72 anos, o assassino de Sandra Gomide leva uma vida mansa e discreta. Sem responsabilidades nem obrigações (graças a duas aposentadorias, ele tem renda suficiente para não trabalhar e não trabalha), passa os dias lendo e navegando na internet. Fala pelo computador com amigos e as filhas gêmeas, que moram nos Estados Unidos, e só costuma ver TV quando há jogo do seu time, o São Paulo.
Uma cadela dachs-hund, que ele batizou de Channel, lhe faz companhia na casa de 930 metros quadrados na Chácara Santo Antônio, bairro nobre de São Paulo. É a mesma em que ele morava antes do crime. Nas poucas ocasiões em que sai de lá, usa um de seus dois carros: um Clio 1998 e um Peugeot 1995. Às vezes arrisca um passeio para tomar café na padaria ou beber chope com amigos (no fim do ano passado, foi visto com um grupo deles aproveitando um fim de tarde de primavera em um restaurante do bairro).
Outras vezes, recebe convidados em casa para o almoço – como no dia 11 de junho, no feriado de Corpus Christi (ocasião para a qual se preparou indo na véspera ao supermercado escolher duas garrafas de vinho). O jornalista goza de boa saúde: dispensou os antidepressivos que passou a usar pouco antes de matar a ex-namorada e toma apenas remédios para controlar a pressão. No ano passado, como tem diploma de advogado, tentou registrar-se na Ordem dos Advogados do Brasil. Foi barrado por "falta de idoneidade moral". Afora esse contratempo, atravessa seus dias com a serenidade de um inocente – mesmo sendo um assassino.
Carta Capital
A paz ainda distante
As coisas não andam tão tranquilas nas hostes do PSDB como o alto tucanato gostaria. Alardeou-se nas últimas semanas um suposto acordo entre os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, para descartar as prévias no partido, a fim de escolher o candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As prévias seriam evitadas graças à combinação de que um dará apoio ao outro depois de uma definição por parte da cúpula tucana. A promessa de apoio pode ser mantida. “O Aécio é o meu plano B e eu sou o plano B do Aécio. Infelizes são os que não têm plano B”, afirmou Serra, na terça-feira 15, após almoço com o colega mineiro no Palácio dos Bandeirantes. “Eu sou contra o Aécio desistir, começa por aí. Um vai erguer o braço do outro, seja qual for a decisão”, garantiu.
Mas um acordo para evitar as prévias não existe. Aécio contestou a ideia de uma candidatura natural de Serra à Presidência e negou ter mudado de posição. “Continuo achando as prévias o melhor instrumento não só de escolha do candidato, mas para mobilização das bases”, defendeu o governador, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Uma semana antes, ele havia admitido a possibilidade de um outro “instrumento de escolha”. Citou, na oportunidade, “um conjunto de análises” aliadas a pesquisas eleitorais que levassem em conta o baixo nível de rejeição do candidato, a capacidade de aglutinação e o potencial de crescimento, atributos que acredita possuir. “Quando falo em outros instrumentos, é porque essa não é uma decisão solitária. Reafirmo que seria um grande equívoco o PSDB novamente definir seu candidato a partir de um pequeno grupo”, argumentou.
O embuste dos kits
Na manhã de 16 de junho, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM, e o secretário de Saúde Distrital, Augusto Carvalho, do PPS, se encontraram no Almoxarifado Central da Secretaria para participar de um lance de marketing: a entrega de 30 kits de equipamentos, no valor de 3 milhões de reais, para desafogar a precária rede de unidades de terapia intensiva (UTIs) do sistema de saúde local. O evento, como logo em seguida iria demonstrar o Ministério Público, era um embuste. A compra não só era falsa como a transação escondia parte de um esquema voltado para a privatização da saúde no DF.
Dois dias depois, ao mesmo Almoxarifado se dirigiu um grupo liderado pelo promotor Jairo Bisol, do Ministério Público do Distrito Federal, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus). Acompanhado de um perito e dois analistas, todos médicos, Bisol descobriu que os equipamentos eram, além de usados, tecnologicamente obsoletos. Além disso, a maioria não tinha nota fiscal nem qualquer documento a lhe atestar a origem. O destinatário da mercadoria não era o secretário Augusto Carvalho, mas duas pessoas estranhas ao serviço público: Gustavo Teixeira de Aquino e Marisete Anes de Carvalho.
No endereço indicado nas caixas, um escritório no Setor Sudoeste de Brasília, o Ministério Público localizou a empresária Marisete Carvalho, dona de uma pequena empresa de reformas de condomínios e de comércio de equipamentos hospitalares. Marisete é um dos elos a unir os negócios da saúde no Distrito Federal a um esquema de contratos irregulares descoberto pelo MP do DF, com potencial de se transformar numa ação de improbidade administrativa contra diversas autoridades brasilienses.
Dois pesos, duas medidas
Na quarta-feira 16, o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender, em caráter liminar, os julgamentos dos pedidos de cassação de mandato atualmente em trâmite no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida, no entanto, só vale para processos protocolados diretamente no TSE, sem que nunca tenham passado pelo crivo dos tribunais regionais eleitorais. Grau atendeu ao pedido de cinco partidos (PDT, PMDB, PRTB, PPS e PR), cuja alegação era a de que a competência ordinária para julgar cassações de parlamentares e governadores não cabe ao Tribunal Superior, e sim aos TREs.
Graças à decisão de Grau, dois governadores que respondem a processos de cassação serão beneficiados direta e imediatamente: Marcelo Déda (PT), de Sergipe, e Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão. Déda é acusado de ter feito propaganda irregular na campanha de 2006. Roseana, que, embora derrotada na eleição, ganhou o cargo após a cassação de Jackson Lago, em março, é acusada de fraude eleitoral. Os outros dois governadores sob risco de degola por conta de irregularidades durante a eleição de 2006, Ivo Cassol -(PP-RO) e José de Anchieta Junior (PSDB-RR), tiveram os casos analisados pelos TREs dos estados de Rondônia e Roraima. Logo, as ações contra ambos terão prosseguimento no TSE. Ivo Cassol, embora tenha sido cassado pelo TRE, mantém-se no cargo graças a uma decisão liminar do TSE. Anchieta foi absolvido em primeira instância.
Segundo o ministro Eros Grau, a decisão não terá reflexo sobre cassações anteriores. Dessa forma, os ex-governadores Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins, não retomarão os cargos por causa da decisão do STF. Ambos foram cassados a partir de ações originárias no TSE.
Grau foi relator, há seis meses, do pedido de cassação de Jackson Lago. Na época, não considerou haver nenhuma irregularidade pelo fato de o processo do então governador do Maranhão ter sido protocolado diretamente no TSE. Votou a favor da cassação. Agora, mudou de opinião. “Até vir a ser pacificada pelo STF, muitos mandatários podem ter o diploma cassado, caso reformado o entendimento, sem qualquer possibilidade de reparação pelo tempo que deixarem de exercer mandatos outorgados pela soberania do voto popular”, justifica.
Lula indica Toffoli
A indicação, pelo presidente Lula, do Advogado-Geral da União José Antonio Dias Toffoli para ocupar- a vaga aberta no STF com a morte do ministro Carlos Alberto Direito, no início do mês, já se transformou em nova queda de braço entre governo e oposição. A ida de Toffoli para o Supremo ainda depende de sabatina no Senado, mas o governo acredita que o PSDB não conseguirá barrar a nomeação.
O que os tucanos questionam é a suposta falta de “notório saber” de Toffoli para se tornar ministro. Além de jovem – tem apenas 41 anos –, o advogado não possui títulos de pós-graduação. Outro fator polêmico é sua ligação com o PT, partido para o qual advogou. A independência dos ministros indicados por Lula, no entanto, sugere que isto não tenha relevância. No julgamento (suspenso por pedido de vista) da extradição de Cesare Battisti, por exemplo, dos sete ministros indicados pelo atual governo, três votaram contra a concessão do refúgio, inclusive o relator Cezar Peluso.
Crítico ao Ministério Público como o atual presidente do STF, que também ocupou a Advocacia-Geral da União durante o governo Fernando Henrique, Toffoli acabou recebendo de Gilmar Mendes seu aval. “É uma pessoa qualificada. Tem um bom diálogo com o tribunal e tem feito um bom trabalho na AGU”, declarou Mendes.
Castração contra pedófilos
Polêmica em todo o mundo, a ideia de castrar quimicamente os presos condenados por pedofilia, reduzindo a libido por meio de medicamentos, chegou ao Brasil. Um projeto de lei do senador Gerson Camata (PMDB-ES) estabelece que, se aceitarem se submeter ao tratamento, os criminosos terão sua pena reduzida em um terço. A votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que aconteceria na quarta-feira 16, foi adiada para a próxima semana por falta de quorum. Se aprovada, a proposta será enviada diretamente à Câmara dos Deputados.
Considerada inconstitucional pelo Ministério da Justiça, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo próprio presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres, a castração química é aplicada atualmente em vários países, como EUA, Canadá e Dinamarca. Embora neste último existam estudos garantindo que os crimes sexuais diminuíram, os números são contestados pelas entidades de defesa dos direitos humanos, que acusam o procedimento de ser desumano e cruel.
Além de acarretar ganho de peso, osteoporose e crescimento de seios nos condenados, o tratamento sofre críticas quanto a seu alto custo e real- eficácia. Psiquiatras contrários argumentam que o desejo humano está no cérebro e não nos hormônios.
Congresso em Foco, 19/09/2009 - 07h29
Veja
FHC sobre THC
Fernando Henrique Cardoso é dono de uma biografia extraordinária. Sociólogo brilhante, como político teve papel relevante na redemocratização do país, criou o Plano Real, foi o primeiro presidente da República reeleito da história do Brasil e hoje é presidente de honra do PSDB. Agora, aos 78 anos, decidiu jogar o peso de sua imagem em favor de uma causa polêmica, a descriminalização da maconha, tema do documentário Rompendo o Silêncio, que aceitou estrelar e que será dirigido pelo jovem Fernando Grostein Andrade (diretor de Coração Vagabundo, sobre Caetano Veloso). O documentário só será lançado depois das eleições presidenciais. FHC afirma que nunca fumou cigarros comuns, tampouco os de THC, tetra-hidrocanabinol, a substância psicoativa da maconha.
O senhor sempre foi favorável à descriminalização da maconha, mas nunca havia defendido a ideia abertamente. Por que decidiu fazer isso agora?
De fato, é uma preocupação antiga. A Secretaria Nacional Antidrogas, criada quando fui presidente da República, já formulava a ideia de que não adianta só reprimir. Essa iniciativa minha, portanto, não é algo inteiramente novo e deriva de uma única preocupação: a forma como vem sendo conduzido o combate às drogas nos países americanos. As coisas vão mal nessa área.
O que o levou a essa constatação?
Em março, em Viena, houve uma avaliação dos esforços feitos nos últimos dez anos. Nesse período, prevaleceu a posição americana de que era necessário empreender uma guerra total de repressão às drogas. Só que esse projeto envolveu muito dinheiro e apresentou pouco resultado. A violência aumentou e não houve a diminuição nem da produção nem do consumo. A Colômbia, por exemplo, fez esforços extraordinários e conseguiu um grande avanço sobre os guerrilheiros, desorganizou muita coisa dos cartéis, mas, mesmo assim, chegou a uma situação paradoxal: teve um aumento na produtividade do plantio da droga. Isso porque, enquanto ela diminuiu a área cultivável, os contrabandistas compensaram a perda aumentando a produtividade por meio do uso de técnicas mais modernas de plantio. Além disso, houve uma transferência dos cartéis colombianos para o México e lá a coisa ficou muito séria, porque o país não estava institucionalmente preparado, como a Colômbia, para fazer frente ao desafio.
Qual foi a falha fundamental da política americana de combate às drogas?
Primeiro, não se pode dar uma receita única para todos os países. Eles têm especificidades: um é produtor, outro é só consumidor, um é mais liberal do que outro. Não adianta prescrever uma saída única para todos. Depois, não se pensou na redução do consumo, mas apenas em frear a produção. É preciso mudar o paradigma: além de pensar numa política de redução do consumo, deve haver também uma política de diminuição do dano. O usuário precisa ter assistência médica. Nos Estados Unidos, agora é que começa a haver uma pequena mudança. Nessa reunião em Viena, os americanos concordaram que seria possível oferecer seringas aos drogados como forma de diminuir a disseminação de doenças contagiosas. Até então, nem isso era aceito. O usuário era visto como alguém a ser punido.
Os modelos europeus seriam mais eficientes?
A Europa tem experiências variadas, mas segue mais em outra direção: o usuário é visto como um problema médico e o traficante como bandido. Essa matéria é muito delicada, e é preciso deixar claro que eu não estou dizendo que a droga não faz mal. As drogas causam danos, todas elas. Há estudos que mostram que a Cannabis pode levar à esquizofrenia. Então, não é "liberou geral", tem de haver um controle. Mas acho que, no caso dos usuários, é possível dizer que o melhor é descriminalizar.
Ministro e réu
Cabe a somente onze brasileiros, homens e mulheres que compõem a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal, a nobre tarefa de proteger o espírito da Constituição da República – documento que consagra os princípios e os valores da democracia e da Justiça no Brasil. Não é fácil tornar-se um desses defensores. O candidato precisa ser brasileiro nato, ter mais de 35 anos, exibir notável saber jurídico e apresentar reputação ilibada.
O presidente da República indica um candidato. Cabe ao Senado confirmar ou rejeitar a escolha presidencial. Esse é um processo que costuma ser rápido, formal e reverente. Ou seja, o Senado nunca rejeita as indicações do Planalto. Essa tradição pode mudar com a mais nova indicação do presidente da República, José Antonio Dias Toffoli, advogado-geral da União, que pleiteia a vaga deixada pelo jurista Carlos Alberto Direito, morto no começo deste mês. Toffoli é brasileiro nato, tem 41 anos, não tem mestrado, foi reprovado duas vezes no concurso para juiz estadual e apresenta escassa produção acadêmica. Sua experiência profissional mais evidente, antes de entrar no governo, foi a de advogar para o PT. O fraco currículo, porém, não é o seu maior obstáculo. Toffoli é duas vezes réu.
Ele foi condenado pela Justiça, em dois processos que correm em primeira instância no estado do Amapá. Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de 700.000 reais – dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos "absolutamente ilegais", celebrados entre seu escritório e o governo do Amapá.
Os negócios que resultaram na dupla condenação do candidato a ministro do STF ocorreram entre 2000 e 2002, na gestão do então governador do Amapá, João Capiberibe. Nesse período, Toffoli acumulou dois trabalhos prestados a Capiberibe. O primeiro foi o de "colaborador eventual" do governo do estado. O segundo, levado a cabo pelo escritório de advocacia de Toffoli, foi o de defender os interesses pessoais de Capiberibe e de seu grupo político junto ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
Até aqui nada de ilegal aos olhos da Justiça ou de pouco ético do ponto de vista de quem precisa ter "reputação ilibada" para se candidatar a uma vaga no STF. A coincidência de data dos dois trabalhos prestados por Toffoli e seu escritório a Capiberibe, no entanto, chama atenção. Enquanto recebia dinheiro para assessorar o governo do Amapá, Toffoli defendia também interesses pessoais de Capiberibe em três processos no TSE. No dia 14 de julho de 2000, o governo do Amapá contratou Toffoli como "colaborador eventual", sem precisar honorários ou função específica. Dez dias depois, Toffoli ingressou com uma ação no TSE em favor de Capiberibe. A sentença condenatória contra Toffoli sugere que se está aqui diante não de uma coincidência, mas de uma manobra para pagar com dinheiro público um advogado e seu escritório por prestarem serviços particulares ao governador.
A recente indicação do sentenciado para ocupar uma vaga no STF transforma uma questão cível corriqueira em um embaraço do tamanho do Pico da Neblina. Apenas para se ter uma ideia da confusão, o que ocorreria se Toffoli for confirmado pelo Senado para o STF e, mais tarde, seu processo for subindo de instância e chegar ao próprio STF? Não é incomum que juízes se tornem réus de ações cíveis e até criminais. O que pode haver de extraordinariamente novo aqui é um réu se tornar não apenas juiz – mas ministro da corte constitucional brasileira.
Os processos contra o futuro ministro tramitam no Tribunal de Justiça do Amapá. Ambos resultam de ações populares, um instrumento jurídico que, segundo a Constituição que Toffoli talvez venha a defender, pode ser utilizado por qualquer cidadão que pretenda anular um "ato lesivo ao patrimônio público ou à moralidade". O ato lesivo resultou da contratação do escritório do atual advogado-geral da União pelo governo do Amapá. O objeto do contrato era "prestar serviços técnicos profissionais na esfera judicial e/ou administrativa". Toffoli e seu sócio receberam 420 000 reais no decorrer de um ano. Nas palavras de Mário Cézar Kaskelis, um dos juízes do caso, trata-se da "exorbitante quantia" de 35 000 reais mensais (60 000 reais, em valores atualizados), para deixar à disposição do governo do estado dois advogados.
Complica ainda mais o caso o fato de os advogados terem sido contratados ao cabo de um mecanismo que pareceu ao juiz Kaskelis uma "suposta licitação... eivada de nulidade". Escreveu o juiz: "Houve simplesmente uma espécie de terceirização dos serviços que a administração pública já dispunha, através do seu quadro de procuradores.
O contrato é absolutamente ilegal, estando viciado por afronta ao conjunto de regras da administração pública e da moral jurídica". Em outro processo, que corre na 4ª Vara Cível de Macapá, o juiz Luiz Carlos Kopes Brandão condenou Toffoli, em 2006, a devolver 20 000 reais recebidos diretamente do governo do Amapá, como "colaborador eventual". Diz o juiz Brandão: "Não é preciso esforço algum para perceber a ilegalidade e a lesividade do contrato. Houve afronta aos princípios da impessoalidade e da moralidade".
Toffoli não quis conversar com os repórteres de VEJA sobre os processos, mas orientou sua advogada, Daniela Teixeira, a dizer à revista que já apelara da condenação e que a sentença "está suspensa". Esse é o ponto de vista do réu. A Justiça do Amapá informa que ainda não se pronunciou sobre os argumentos de Toffoli para anular a sentença. Até que o juiz
se manifeste, a sentença permanece válida. A favor do candidato de Lula para a vaga do ministro Direito no STF, é preciso reconhecer que as evidências mais fortes de ilegalidade apontam mesmo para o comportamento do governador do Amapá e de seus auxiliares.
Quase uma década de impunidade
O jornalista Antonio Pimenta Neves tem sorte de ser brasileiro. Se fosse cidadão dos Estados Unidos, da Itália, da França, da Espanha, de Portugal, da Argentina, da Colômbia ou da Costa Rica, e tivesse cometido em um desses países o crime que cometeu aqui, a probabilidade de estar fora da cadeia seria praticamente nula.
Em agosto de 2000, o jornalista, então diretor do jornal O Estado de S. Paulo, matou a tiros a ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide, de 32 anos. O crime completou nove anos no mês passado e Pimenta Neves – réu confesso, julgado e condenado em primeira e segunda instâncias – continua livre como um pássaro. Pior que isso: as chances de que ele nunca vá para a cadeia – ou de que, ao final de tudo, venha a passar não mais do que um ano e onze meses lá – são escandalosamente reais.
Aos 72 anos, o assassino de Sandra Gomide leva uma vida mansa e discreta. Sem responsabilidades nem obrigações (graças a duas aposentadorias, ele tem renda suficiente para não trabalhar e não trabalha), passa os dias lendo e navegando na internet. Fala pelo computador com amigos e as filhas gêmeas, que moram nos Estados Unidos, e só costuma ver TV quando há jogo do seu time, o São Paulo.
Uma cadela dachs-hund, que ele batizou de Channel, lhe faz companhia na casa de 930 metros quadrados na Chácara Santo Antônio, bairro nobre de São Paulo. É a mesma em que ele morava antes do crime. Nas poucas ocasiões em que sai de lá, usa um de seus dois carros: um Clio 1998 e um Peugeot 1995. Às vezes arrisca um passeio para tomar café na padaria ou beber chope com amigos (no fim do ano passado, foi visto com um grupo deles aproveitando um fim de tarde de primavera em um restaurante do bairro).
Outras vezes, recebe convidados em casa para o almoço – como no dia 11 de junho, no feriado de Corpus Christi (ocasião para a qual se preparou indo na véspera ao supermercado escolher duas garrafas de vinho). O jornalista goza de boa saúde: dispensou os antidepressivos que passou a usar pouco antes de matar a ex-namorada e toma apenas remédios para controlar a pressão. No ano passado, como tem diploma de advogado, tentou registrar-se na Ordem dos Advogados do Brasil. Foi barrado por "falta de idoneidade moral". Afora esse contratempo, atravessa seus dias com a serenidade de um inocente – mesmo sendo um assassino.
Carta Capital
A paz ainda distante
As coisas não andam tão tranquilas nas hostes do PSDB como o alto tucanato gostaria. Alardeou-se nas últimas semanas um suposto acordo entre os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, para descartar as prévias no partido, a fim de escolher o candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As prévias seriam evitadas graças à combinação de que um dará apoio ao outro depois de uma definição por parte da cúpula tucana. A promessa de apoio pode ser mantida. “O Aécio é o meu plano B e eu sou o plano B do Aécio. Infelizes são os que não têm plano B”, afirmou Serra, na terça-feira 15, após almoço com o colega mineiro no Palácio dos Bandeirantes. “Eu sou contra o Aécio desistir, começa por aí. Um vai erguer o braço do outro, seja qual for a decisão”, garantiu.
Mas um acordo para evitar as prévias não existe. Aécio contestou a ideia de uma candidatura natural de Serra à Presidência e negou ter mudado de posição. “Continuo achando as prévias o melhor instrumento não só de escolha do candidato, mas para mobilização das bases”, defendeu o governador, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Uma semana antes, ele havia admitido a possibilidade de um outro “instrumento de escolha”. Citou, na oportunidade, “um conjunto de análises” aliadas a pesquisas eleitorais que levassem em conta o baixo nível de rejeição do candidato, a capacidade de aglutinação e o potencial de crescimento, atributos que acredita possuir. “Quando falo em outros instrumentos, é porque essa não é uma decisão solitária. Reafirmo que seria um grande equívoco o PSDB novamente definir seu candidato a partir de um pequeno grupo”, argumentou.
O embuste dos kits
Na manhã de 16 de junho, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM, e o secretário de Saúde Distrital, Augusto Carvalho, do PPS, se encontraram no Almoxarifado Central da Secretaria para participar de um lance de marketing: a entrega de 30 kits de equipamentos, no valor de 3 milhões de reais, para desafogar a precária rede de unidades de terapia intensiva (UTIs) do sistema de saúde local. O evento, como logo em seguida iria demonstrar o Ministério Público, era um embuste. A compra não só era falsa como a transação escondia parte de um esquema voltado para a privatização da saúde no DF.
Dois dias depois, ao mesmo Almoxarifado se dirigiu um grupo liderado pelo promotor Jairo Bisol, do Ministério Público do Distrito Federal, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus). Acompanhado de um perito e dois analistas, todos médicos, Bisol descobriu que os equipamentos eram, além de usados, tecnologicamente obsoletos. Além disso, a maioria não tinha nota fiscal nem qualquer documento a lhe atestar a origem. O destinatário da mercadoria não era o secretário Augusto Carvalho, mas duas pessoas estranhas ao serviço público: Gustavo Teixeira de Aquino e Marisete Anes de Carvalho.
No endereço indicado nas caixas, um escritório no Setor Sudoeste de Brasília, o Ministério Público localizou a empresária Marisete Carvalho, dona de uma pequena empresa de reformas de condomínios e de comércio de equipamentos hospitalares. Marisete é um dos elos a unir os negócios da saúde no Distrito Federal a um esquema de contratos irregulares descoberto pelo MP do DF, com potencial de se transformar numa ação de improbidade administrativa contra diversas autoridades brasilienses.
Dois pesos, duas medidas
Na quarta-feira 16, o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender, em caráter liminar, os julgamentos dos pedidos de cassação de mandato atualmente em trâmite no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida, no entanto, só vale para processos protocolados diretamente no TSE, sem que nunca tenham passado pelo crivo dos tribunais regionais eleitorais. Grau atendeu ao pedido de cinco partidos (PDT, PMDB, PRTB, PPS e PR), cuja alegação era a de que a competência ordinária para julgar cassações de parlamentares e governadores não cabe ao Tribunal Superior, e sim aos TREs.
Graças à decisão de Grau, dois governadores que respondem a processos de cassação serão beneficiados direta e imediatamente: Marcelo Déda (PT), de Sergipe, e Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão. Déda é acusado de ter feito propaganda irregular na campanha de 2006. Roseana, que, embora derrotada na eleição, ganhou o cargo após a cassação de Jackson Lago, em março, é acusada de fraude eleitoral. Os outros dois governadores sob risco de degola por conta de irregularidades durante a eleição de 2006, Ivo Cassol -(PP-RO) e José de Anchieta Junior (PSDB-RR), tiveram os casos analisados pelos TREs dos estados de Rondônia e Roraima. Logo, as ações contra ambos terão prosseguimento no TSE. Ivo Cassol, embora tenha sido cassado pelo TRE, mantém-se no cargo graças a uma decisão liminar do TSE. Anchieta foi absolvido em primeira instância.
Segundo o ministro Eros Grau, a decisão não terá reflexo sobre cassações anteriores. Dessa forma, os ex-governadores Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins, não retomarão os cargos por causa da decisão do STF. Ambos foram cassados a partir de ações originárias no TSE.
Grau foi relator, há seis meses, do pedido de cassação de Jackson Lago. Na época, não considerou haver nenhuma irregularidade pelo fato de o processo do então governador do Maranhão ter sido protocolado diretamente no TSE. Votou a favor da cassação. Agora, mudou de opinião. “Até vir a ser pacificada pelo STF, muitos mandatários podem ter o diploma cassado, caso reformado o entendimento, sem qualquer possibilidade de reparação pelo tempo que deixarem de exercer mandatos outorgados pela soberania do voto popular”, justifica.
Lula indica Toffoli
A indicação, pelo presidente Lula, do Advogado-Geral da União José Antonio Dias Toffoli para ocupar- a vaga aberta no STF com a morte do ministro Carlos Alberto Direito, no início do mês, já se transformou em nova queda de braço entre governo e oposição. A ida de Toffoli para o Supremo ainda depende de sabatina no Senado, mas o governo acredita que o PSDB não conseguirá barrar a nomeação.
O que os tucanos questionam é a suposta falta de “notório saber” de Toffoli para se tornar ministro. Além de jovem – tem apenas 41 anos –, o advogado não possui títulos de pós-graduação. Outro fator polêmico é sua ligação com o PT, partido para o qual advogou. A independência dos ministros indicados por Lula, no entanto, sugere que isto não tenha relevância. No julgamento (suspenso por pedido de vista) da extradição de Cesare Battisti, por exemplo, dos sete ministros indicados pelo atual governo, três votaram contra a concessão do refúgio, inclusive o relator Cezar Peluso.
Crítico ao Ministério Público como o atual presidente do STF, que também ocupou a Advocacia-Geral da União durante o governo Fernando Henrique, Toffoli acabou recebendo de Gilmar Mendes seu aval. “É uma pessoa qualificada. Tem um bom diálogo com o tribunal e tem feito um bom trabalho na AGU”, declarou Mendes.
Castração contra pedófilos
Polêmica em todo o mundo, a ideia de castrar quimicamente os presos condenados por pedofilia, reduzindo a libido por meio de medicamentos, chegou ao Brasil. Um projeto de lei do senador Gerson Camata (PMDB-ES) estabelece que, se aceitarem se submeter ao tratamento, os criminosos terão sua pena reduzida em um terço. A votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que aconteceria na quarta-feira 16, foi adiada para a próxima semana por falta de quorum. Se aprovada, a proposta será enviada diretamente à Câmara dos Deputados.
Considerada inconstitucional pelo Ministério da Justiça, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo próprio presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres, a castração química é aplicada atualmente em vários países, como EUA, Canadá e Dinamarca. Embora neste último existam estudos garantindo que os crimes sexuais diminuíram, os números são contestados pelas entidades de defesa dos direitos humanos, que acusam o procedimento de ser desumano e cruel.
Além de acarretar ganho de peso, osteoporose e crescimento de seios nos condenados, o tratamento sofre críticas quanto a seu alto custo e real- eficácia. Psiquiatras contrários argumentam que o desejo humano está no cérebro e não nos hormônios.
Revistas: a luta de FHC pela liberação da maconha
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/09/19/revistas+a+luta+de+fhc+pela+liberacao+da+maconha+8533909.html
Último Segundo,19/09 - 08:56 - Congresso em Foco
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aceitou participar do documentário "Rompendo o Silêncio", de Fernando Grostein Andrade, que fala da descriminalização da maconha. Em entrevista à revista "Veja" desta semana, FHC afirma que nunca fumou cigarros comuns, tampouco os de THC, tetra-hidrocanabinol, a substância psicoativa da maconha.
"Essa matéria é muito delicada, e é preciso deixar claro que eu não estou dizendo que a droga não faz mal. As drogas causam danos, todas elas. Há estudos que mostram que a Cannabis pode levar à esquizofrenia. Então, não é "liberou geral", tem de haver um controle. Mas acho que, no caso dos usuários, é possível dizer que o melhor é descriminalizar", diz o ex-presidente.
Último Segundo,19/09 - 08:56 - Congresso em Foco
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aceitou participar do documentário "Rompendo o Silêncio", de Fernando Grostein Andrade, que fala da descriminalização da maconha. Em entrevista à revista "Veja" desta semana, FHC afirma que nunca fumou cigarros comuns, tampouco os de THC, tetra-hidrocanabinol, a substância psicoativa da maconha.
"Essa matéria é muito delicada, e é preciso deixar claro que eu não estou dizendo que a droga não faz mal. As drogas causam danos, todas elas. Há estudos que mostram que a Cannabis pode levar à esquizofrenia. Então, não é "liberou geral", tem de haver um controle. Mas acho que, no caso dos usuários, é possível dizer que o melhor é descriminalizar", diz o ex-presidente.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Governo holandês que proibir acesso de turistas a ‘coffee shops’
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=176086
ABOLA, 16:53 - 12-09-2009
O Governo holandês anunciou, esta sexta-feira, que as ‘coffee shops’ – estabelecimentos onde é autorizada a venda de pequenas quantidades de cannabis – vão passar a ser de uso exclusivo dos consumidores locais. O objectivo é travar o «turismo da droga» que todos os anos atrai ao país milhares de cidadãos de toda a Europa.
«As 'coffee shops', onde a venda de haxixe e erva é tolerada, devem tornar-se menores e devem ser dirigidas exclusivamente aos consumidores locais», informou o Governo holandês em comunicado.
Uma decisão que segue as recomendações feitas no passado mês de Julho por uma comissão de peritos, que denunciou o enorme fluxo de estrangeiros que se deslocam ao país com o único propósito de adquirir cannabis.
Uma proposta para uma nova política de regulação do consumo de cannabis deverá dar entrada no Parlamento holandês até ao final do ano.
Em estudo estão duas hipóteses de controlo: uma passa por transformar as ‘coffe shops’ em clubes privados, onde a entrada estaria sujeita à apresentação de um cartão de sócio; a outra passa por obrigar os clientes a pagarem os seus consumos nesses estabelecimentos apenas com cartões de débito holandeses. Em cima da mesa está ainda a possibilidade de se alterar o limite máximo de cannabis que cada consumidor pode adquirir. Dos actuais cinco gramas, o Governo quer que se autorize a compra de apenas três.
ABOLA, 16:53 - 12-09-2009
O Governo holandês anunciou, esta sexta-feira, que as ‘coffee shops’ – estabelecimentos onde é autorizada a venda de pequenas quantidades de cannabis – vão passar a ser de uso exclusivo dos consumidores locais. O objectivo é travar o «turismo da droga» que todos os anos atrai ao país milhares de cidadãos de toda a Europa.
«As 'coffee shops', onde a venda de haxixe e erva é tolerada, devem tornar-se menores e devem ser dirigidas exclusivamente aos consumidores locais», informou o Governo holandês em comunicado.
Uma decisão que segue as recomendações feitas no passado mês de Julho por uma comissão de peritos, que denunciou o enorme fluxo de estrangeiros que se deslocam ao país com o único propósito de adquirir cannabis.
Uma proposta para uma nova política de regulação do consumo de cannabis deverá dar entrada no Parlamento holandês até ao final do ano.
Em estudo estão duas hipóteses de controlo: uma passa por transformar as ‘coffe shops’ em clubes privados, onde a entrada estaria sujeita à apresentação de um cartão de sócio; a outra passa por obrigar os clientes a pagarem os seus consumos nesses estabelecimentos apenas com cartões de débito holandeses. Em cima da mesa está ainda a possibilidade de se alterar o limite máximo de cannabis que cada consumidor pode adquirir. Dos actuais cinco gramas, o Governo quer que se autorize a compra de apenas três.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Plantava cannabis no próprio quintal
http://diario.iol.pt/sociedade/cannabis-trafico-tvi24-droga-traficante-cantanhede/1089195-4071.html
IOL Diário, 15-09-2009 - 13:20h
O suspeito foi detido por suspeitas de tráfico de droga
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um suspeito de tráfico de droga em Cantanhede e localizou uma plantação de cannabis com cerca de 70 pés.
A PJ apreendeu ainda outras plantas da mesma espécie, já em folhagens secas (liamba), com um peso de 1,3 Kg e ainda sementes.
O detido de 33 anos tinha a plantação de cannabis no próprio quintal, situado nas traseiras da casa.
O suspeito vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção.
IOL Diário, 15-09-2009 - 13:20h
O suspeito foi detido por suspeitas de tráfico de droga
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um suspeito de tráfico de droga em Cantanhede e localizou uma plantação de cannabis com cerca de 70 pés.
A PJ apreendeu ainda outras plantas da mesma espécie, já em folhagens secas (liamba), com um peso de 1,3 Kg e ainda sementes.
O detido de 33 anos tinha a plantação de cannabis no próprio quintal, situado nas traseiras da casa.
O suspeito vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Holanda quer banir turistas do consumo de maconha legalizada
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/09/14/holanda+quer+banir+turistas+do+consumo+de+maconha+legalizada+8432919.html
Último Segundo, 14/09 - 14:50 - Redação
AMSTERDAM - Os tradicionais "coffee shops" holandeses, onde pequenas quantidades de maconha e haxixe são legalmente compradas e consumidas desde 1976, tornaram-se uma grande indústria e uma atração turística popular na cidade holandesa. Um projeto de lei em votação no Parlamento holandês, no entanto, deve acabar com o "turismo das drogas" e restringir o consumo de cannabis apenas aos cidadãos holandeses, segundo reportagem do jornal britânico "Daily Telegraph".
A lei faz parte de uma revisão da "política de tolerância a drogas leves" adotada no país europeu. O ministro da Justiça e o ministro de Assuntos Internos da Holanda apresentaram a proposta com o objetivo de manter os estrangeiros longe das drogas para reduzir a criminalidade e as perturbações causadas por esse tipo de turismo.
Segundo a proposta, os "coffee shops", que são licenciados para vender maconha, terão de implantar um sistema para identificar os cidadãos holandeses por meio de um cartão, que já é usado em outros serviços do governo, como transporte público e escolas.
"As cafeterias devem voltar a ser o que eram originalmente: pontos de venda para os usuários locais e não em grande escala para os consumidores dos países vizinhos", concluiu uma comissão do governo, em julho. "A situação está totalmente fora de controle", apontou a comissão.
Um dos maiores problemas causados pelo "turismo de drogas" é o afluxo de turistas estrangeiros, incluindo muitos jovens britânicos e franceses, que vão até a Holanda para fumar maconha, o que é ilegal em seus países de origem. O problema é especialmente grave nas cidades fronteiriças e cidades que ficam perto da Bélgica, França e Alemanha.
O volume de negócios da maconha legalizada é estimado em pelo menos R$ 4,8 bilhões por ano (£ 1,6 bi).
Outra restrição prevista na nova legislação é a redução da quantidade de cannabis que pode ser comprada no balcão, que cai de cinco para três gramas.
Raymond Dufour, da Fundação Holandesa de Controle de Narcóticos, é contra as novas restrições que, segundo ele, serão contestadas nos tribunais da União Européia. "Temos um problema com o direito europeu aqui, uma vez que todos os cidadãos europeus devem ser tratados igualmente", disse à Radio Nederland.
Último Segundo, 14/09 - 14:50 - Redação
AMSTERDAM - Os tradicionais "coffee shops" holandeses, onde pequenas quantidades de maconha e haxixe são legalmente compradas e consumidas desde 1976, tornaram-se uma grande indústria e uma atração turística popular na cidade holandesa. Um projeto de lei em votação no Parlamento holandês, no entanto, deve acabar com o "turismo das drogas" e restringir o consumo de cannabis apenas aos cidadãos holandeses, segundo reportagem do jornal britânico "Daily Telegraph".
A lei faz parte de uma revisão da "política de tolerância a drogas leves" adotada no país europeu. O ministro da Justiça e o ministro de Assuntos Internos da Holanda apresentaram a proposta com o objetivo de manter os estrangeiros longe das drogas para reduzir a criminalidade e as perturbações causadas por esse tipo de turismo.
Segundo a proposta, os "coffee shops", que são licenciados para vender maconha, terão de implantar um sistema para identificar os cidadãos holandeses por meio de um cartão, que já é usado em outros serviços do governo, como transporte público e escolas.
"As cafeterias devem voltar a ser o que eram originalmente: pontos de venda para os usuários locais e não em grande escala para os consumidores dos países vizinhos", concluiu uma comissão do governo, em julho. "A situação está totalmente fora de controle", apontou a comissão.
Um dos maiores problemas causados pelo "turismo de drogas" é o afluxo de turistas estrangeiros, incluindo muitos jovens britânicos e franceses, que vão até a Holanda para fumar maconha, o que é ilegal em seus países de origem. O problema é especialmente grave nas cidades fronteiriças e cidades que ficam perto da Bélgica, França e Alemanha.
O volume de negócios da maconha legalizada é estimado em pelo menos R$ 4,8 bilhões por ano (£ 1,6 bi).
Outra restrição prevista na nova legislação é a redução da quantidade de cannabis que pode ser comprada no balcão, que cai de cinco para três gramas.
Raymond Dufour, da Fundação Holandesa de Controle de Narcóticos, é contra as novas restrições que, segundo ele, serão contestadas nos tribunais da União Européia. "Temos um problema com o direito europeu aqui, uma vez que todos os cidadãos europeus devem ser tratados igualmente", disse à Radio Nederland.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Holanda: 'Coffee Shops' só podem vender droga a consumidores locais
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/535260
Expresso, 23:27 Sexta-feira, 11 de Set de 2009
Haia, Holanda, 11 Set (Lusa) - As 'coffee shops', lojas onde é possível comprar pequenas quantidades de cannabis na Holanda, devem vender esta droga "exclusivamente" aos consumidores locais, anunciou hoje o governo holandês.
Haia, Holanda, 11 Set (Lusa) - As 'coffee shops', lojas onde é possível comprar pequenas quantidades de cannabis na Holanda, devem vender esta droga "exclusivamente" aos consumidores locais, anunciou hoje o governo holandês.
"As 'coffee shops', onde a venda de haxixe e erva é tolerada, devem tornar-se menores e devem ser dirigidas exclusivamente aos consumidores locais", afirmou, em comunicado, o governo, repetindo as recomendações feitas em Julho por uma comissão de peritos.
"Será mais difícil para os turistas comprar 'cannabis' nestes estabelecimentos", disse uma porta-voz do Ministério holandês da Justiça, Karin Temmink, acrescentando que será apresentada no parlamento uma proposta de lei neste sentido.
A lei deverá "reduzir o problema destes espaços comerciais nas regiões fronteiriças", onde milhões de turistas vêm abastecer-se de droga.
Os projectos-piloto - como o de Maasstricht que limita, a partir de Janeiro de 2010, o acesso a estes estabelecimentos aos detentores de um cartão de identificação - deverão permitir fazer um teste a este princípio.
O projecto prevê que os clientes paguem a droga que comprarem com cartão bancário holandês e fixa quantidades máximas que podem ser compradas.
NYD.
Lusa/fim
Expresso, 23:27 Sexta-feira, 11 de Set de 2009
Haia, Holanda, 11 Set (Lusa) - As 'coffee shops', lojas onde é possível comprar pequenas quantidades de cannabis na Holanda, devem vender esta droga "exclusivamente" aos consumidores locais, anunciou hoje o governo holandês.
Haia, Holanda, 11 Set (Lusa) - As 'coffee shops', lojas onde é possível comprar pequenas quantidades de cannabis na Holanda, devem vender esta droga "exclusivamente" aos consumidores locais, anunciou hoje o governo holandês.
"As 'coffee shops', onde a venda de haxixe e erva é tolerada, devem tornar-se menores e devem ser dirigidas exclusivamente aos consumidores locais", afirmou, em comunicado, o governo, repetindo as recomendações feitas em Julho por uma comissão de peritos.
"Será mais difícil para os turistas comprar 'cannabis' nestes estabelecimentos", disse uma porta-voz do Ministério holandês da Justiça, Karin Temmink, acrescentando que será apresentada no parlamento uma proposta de lei neste sentido.
A lei deverá "reduzir o problema destes espaços comerciais nas regiões fronteiriças", onde milhões de turistas vêm abastecer-se de droga.
Os projectos-piloto - como o de Maasstricht que limita, a partir de Janeiro de 2010, o acesso a estes estabelecimentos aos detentores de um cartão de identificação - deverão permitir fazer um teste a este princípio.
O projecto prevê que os clientes paguem a droga que comprarem com cartão bancário holandês e fixa quantidades máximas que podem ser compradas.
NYD.
Lusa/fim
GNR de Silves detém casal inglês que plantava cannabis no quintal da sua casa
http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=36104
Barlavento, 11 de Setembro de 2009 | 18:33 agência lusa
A GNR de Silves deteve quinta-feira um casal que plantou ilegalmente cannabis no quintal da sua casa e apreendeu 47 pés da planta, em Monte Raposos, Estação de Alcantarilha, anunciou hoje a força de segurança.
Os dois detidos são de nacionalidade inglesa e têm 58 anos e os pés de cannabis tinham "uma altura entre um metro e meio e dois metros", precisou o Comando da GNR de Faro.
"Uma eficaz vigilância do local, desencadeada por uma denúncia anónima, permitiu deter os indivíduos em flagrante", adiantou a GNR, acrescentando que o casal foi hoje presente ao Tribunal Judicial de Silves.
Barlavento, 11 de Setembro de 2009 | 18:33 agência lusa
A GNR de Silves deteve quinta-feira um casal que plantou ilegalmente cannabis no quintal da sua casa e apreendeu 47 pés da planta, em Monte Raposos, Estação de Alcantarilha, anunciou hoje a força de segurança.
Os dois detidos são de nacionalidade inglesa e têm 58 anos e os pés de cannabis tinham "uma altura entre um metro e meio e dois metros", precisou o Comando da GNR de Faro.
"Uma eficaz vigilância do local, desencadeada por uma denúncia anónima, permitiu deter os indivíduos em flagrante", adiantou a GNR, acrescentando que o casal foi hoje presente ao Tribunal Judicial de Silves.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Amesterdão quer banir turismo ligado às drogas
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1358367
Jornal de Notícias,18h46m
Num futuro próximo, poderá ser vedado o acesso à cannabis a turistas que visitem as famosas"coffee shops" de Amesterdão.
Os conhecidos "cafés" de Amesterdão (as "coffee shops"), onde é possível comprar legalmente pequenas porções de cannabis desde 1976, tornaram-se uma importante atracção turística na Holanda.
Mas o cenário poderá estar a mudar. O governo holandês irá apresentar amanhã, sexta-feira, medidas para prevenir a obtenção e uso de drogas por parte dos turistas, no âmbito da nova política relativa às chamadas drogas leves, adianta o jornal britânico The Daily Telegraph.
A nova abordagem do governo holandês à compra e utilização por parte de estrangeiros de drogas leves adquiridas nos "cafés" surge para reduzir o crime nas zonas adjacentes e será apresentada pelos ministros da justiça, administração interna e saúde.
Para controlar a venda aos turistas, os "cafés" com licença para vender marijuana terão de introduzir um sistema de cartões apenas para membros, para prevenir a aquisição das drogas leves por parte de estrangeiros.
Raymond Dufour, de uma fundação holandesa sobre políticas de droga, é contra a medida. Em entrevista à Radio Netherlands, Dufour diz que a lei, se aprovada, "não resolverá os problemas de uma cidade como Amesterdão". Pelo contrário, diz Dufour: "Muitos turistas compram a sua cannabis nos cafés de lá [Amesterdão]. Se já não o puderem fazer, as vendas passarão a ser feitas clandestinamente, como acontece em muitas outras cidades do mundo".
Jornal de Notícias,18h46m
Num futuro próximo, poderá ser vedado o acesso à cannabis a turistas que visitem as famosas"coffee shops" de Amesterdão.
Os conhecidos "cafés" de Amesterdão (as "coffee shops"), onde é possível comprar legalmente pequenas porções de cannabis desde 1976, tornaram-se uma importante atracção turística na Holanda.
Mas o cenário poderá estar a mudar. O governo holandês irá apresentar amanhã, sexta-feira, medidas para prevenir a obtenção e uso de drogas por parte dos turistas, no âmbito da nova política relativa às chamadas drogas leves, adianta o jornal britânico The Daily Telegraph.
A nova abordagem do governo holandês à compra e utilização por parte de estrangeiros de drogas leves adquiridas nos "cafés" surge para reduzir o crime nas zonas adjacentes e será apresentada pelos ministros da justiça, administração interna e saúde.
Para controlar a venda aos turistas, os "cafés" com licença para vender marijuana terão de introduzir um sistema de cartões apenas para membros, para prevenir a aquisição das drogas leves por parte de estrangeiros.
Raymond Dufour, de uma fundação holandesa sobre políticas de droga, é contra a medida. Em entrevista à Radio Netherlands, Dufour diz que a lei, se aprovada, "não resolverá os problemas de uma cidade como Amesterdão". Pelo contrário, diz Dufour: "Muitos turistas compram a sua cannabis nos cafés de lá [Amesterdão]. Se já não o puderem fazer, as vendas passarão a ser feitas clandestinamente, como acontece em muitas outras cidades do mundo".
Legalização da maconha é controversa
http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/225366
O Diário Maringá, Maringá | Criado 10/09/2009 02h00 / Atualizado 10/09/2009 02h00
Para a diretora do CapsAD, Ângela Maria Nogueira, a descriminalização do uso da maconha poderá piorar a epidemia de drogas em Maringá. O CapsAD é uma unidade de saúde especializada na recuperação de dependentes químicos e entre os pacientes atendidos, cerca de 10% são usuários apenas da maconha.
“Mesmo o foco do problema em Maringá ser o crack e o álcool, a maconha é uma das primeiras drogas a serem experimentadas pelas pessoas. Um jovem, sem muita consciência, pode ser levado a consumir outras drogas”, comenta Ângela.
A diretora acredita que, apesar de sua posição contrária, a legislação brasileira caminha para uma maior tolerância ao uso da Cannabis. Nesse contexto, seriam necessárias algumas restrições para limitar o aumento do consumo.
“Quando se discute a legalização da maconha, estamos falando de uma permissão para quem já usa a droga. Quem não é usuário não poderá ter acesso”, afirma Ângela.
Na edição do último domingo do jornal britânico The Guardian, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou a opinião de outros autores de que o modelo de repressão e guerra contra as drogas no mundo faliu. O ex-presidente diz que, mesmo com todo gasto em repressão, a América Latina tornou-se o maior exportador de cocaína e maconha do mundo.
O ex-presidente colombiano César Gaviria, o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo e FHC publicaram uma declaração favorável à descriminalização da maconha.
Depois disso, a Suprema Corte Argentina e a legislação mexicana modificaram o tratamento ao usuário da droga. Para FHC, a mudança no Brasil é iminente: “A legislação brasileira está prestes a considerar uma nova lei que remove penalidades por consumo de pequenas quantidades de maconha”.
O Diário Maringá, Maringá | Criado 10/09/2009 02h00 / Atualizado 10/09/2009 02h00
Para a diretora do CapsAD, Ângela Maria Nogueira, a descriminalização do uso da maconha poderá piorar a epidemia de drogas em Maringá. O CapsAD é uma unidade de saúde especializada na recuperação de dependentes químicos e entre os pacientes atendidos, cerca de 10% são usuários apenas da maconha.
“Mesmo o foco do problema em Maringá ser o crack e o álcool, a maconha é uma das primeiras drogas a serem experimentadas pelas pessoas. Um jovem, sem muita consciência, pode ser levado a consumir outras drogas”, comenta Ângela.
A diretora acredita que, apesar de sua posição contrária, a legislação brasileira caminha para uma maior tolerância ao uso da Cannabis. Nesse contexto, seriam necessárias algumas restrições para limitar o aumento do consumo.
“Quando se discute a legalização da maconha, estamos falando de uma permissão para quem já usa a droga. Quem não é usuário não poderá ter acesso”, afirma Ângela.
Na edição do último domingo do jornal britânico The Guardian, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou a opinião de outros autores de que o modelo de repressão e guerra contra as drogas no mundo faliu. O ex-presidente diz que, mesmo com todo gasto em repressão, a América Latina tornou-se o maior exportador de cocaína e maconha do mundo.
O ex-presidente colombiano César Gaviria, o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo e FHC publicaram uma declaração favorável à descriminalização da maconha.
Depois disso, a Suprema Corte Argentina e a legislação mexicana modificaram o tratamento ao usuário da droga. Para FHC, a mudança no Brasil é iminente: “A legislação brasileira está prestes a considerar uma nova lei que remove penalidades por consumo de pequenas quantidades de maconha”.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Pesquisadores espanhóis revelam por que fumar maconha altera a memória
http://www.comunidadenews.com/saude/pesquisadores-espanhois-revelam-por-que-fumar-maconha-altera-a-memoria-5331
Comunidade News, 09/09/2009 09:41:44 AM
Pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra (UPF) de Barcelona conseguiram determinar em que lugar do cérebro se desencadeia o transtorno.
Desde o primeiro cigarro, a maconha altera a memória. Se for consumida habitualmente, a amnésia se intensifica e persiste inclusive quando não se está sob o efeito da droga. Um grupo de pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra (UPF) de Barcelona conseguiu determinar em que lugar do cérebro se desencadeia o transtorno e como os neurônios se alteram para que não possam lembrar, segundo publica hoje a revista “Nature Neuroscience”
O consumo de Cannabis afeta o hipocampo, uma região do cérebro onde se encontram circuitos neurais necessários para realizar uma série de tarefas cognitivas relacionadas com a memória. “A cannabis atua sobre pequenos neurônios do hipocampo, os interneurônios, que intervêm na atividade dos neurônios que se encarregam de recordar”, explica Rafael Maldonado, pesquisador da Unidade de Neurofarmacologia da UPF.
De fato, os interneurônios são o primeiro elo do circuito neural da recordação. “Eles se encarregam de enviar o neurotransmissor GABA, que funciona como inibidor de sinais, e essa inibição é necessária para que a memória funcione”, explica Maldonado. No cérebro que não consome maconha esse neurotransmissor se encontra em equilíbrio com outro, o glutamato, que é um ativador. Assim, o processo de esquecer e lembrar ocorre de forma eficiente.
Comunidade News, 09/09/2009 09:41:44 AM
Pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra (UPF) de Barcelona conseguiram determinar em que lugar do cérebro se desencadeia o transtorno.
Desde o primeiro cigarro, a maconha altera a memória. Se for consumida habitualmente, a amnésia se intensifica e persiste inclusive quando não se está sob o efeito da droga. Um grupo de pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra (UPF) de Barcelona conseguiu determinar em que lugar do cérebro se desencadeia o transtorno e como os neurônios se alteram para que não possam lembrar, segundo publica hoje a revista “Nature Neuroscience”
O consumo de Cannabis afeta o hipocampo, uma região do cérebro onde se encontram circuitos neurais necessários para realizar uma série de tarefas cognitivas relacionadas com a memória. “A cannabis atua sobre pequenos neurônios do hipocampo, os interneurônios, que intervêm na atividade dos neurônios que se encarregam de recordar”, explica Rafael Maldonado, pesquisador da Unidade de Neurofarmacologia da UPF.
De fato, os interneurônios são o primeiro elo do circuito neural da recordação. “Eles se encarregam de enviar o neurotransmissor GABA, que funciona como inibidor de sinais, e essa inibição é necessária para que a memória funcione”, explica Maldonado. No cérebro que não consome maconha esse neurotransmissor se encontra em equilíbrio com outro, o glutamato, que é um ativador. Assim, o processo de esquecer e lembrar ocorre de forma eficiente.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Duplicaram plantações caseiras de 'cannabis'
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1351376
DN Portugal, por VALENTINA MARCELINO 03 Setembro 2009
Nos primeiros sete meses do ano, a GNR apanhou mais do dobro da quantidade de 'cannabis' plantada em casas particulares do que no total do ano passado. A apreensão de 500 plantas em Valpaços é a maior de sempre em Portugal
Desde o início de Janeiro até ao final de Julho a GNR apreendeu 65 quilogramas (kg) de 'cannabis' produzidas em plantações caseiras, como vasos em varandas ou quintais. Este volume representa mais do dobro do que foi detectado em todo o ano de 2008, cujas apreensões foram atingiram cerca de 30 kg. Além dos 65 kg (sementes e folhas já secas já prontos para consumo), que valem no mercado perto de 325 mil euros, nos primeiros sete meses deste ano fora apreendidas mais 862 plantas ou pés de cannabis ainda em estado de maturação. Cada planta destas, com cerca de 1,20 metros de altura vale cerca de 300 euros depois de tratada.
Estes valores vão ainda subir muito mais, uma vez que ainda não contemplam a maior apreensão de sempre de uma 'produção doméstica' desta droga, que foi a da passada terça-feira num pinhal em Valpaços (ver texto em baixo e fotos), que se destinava a ser exportada para Espanha. Fora das contas está ainda uma busca feita ontem pelo destacamento de Viana do Castelo,(ver caixa) no âmbito de uma investigação de combate à droga, que durava há seis meses, na qual os militares da GNR encontraram no apartamento de um dos suspeitos um quarto com 130 pés de cannabis em vasos e, noutra divisão da casa, um laboratório todo equipado com a mais moderna tecnologia, para transformação da 'erva' para ser comercializada.
O porta-voz oficial da GNR reconhece que "nas últimas semanas, principalmente neste mês de Agosto, este tipo de apreensões têm sido quase diárias". Um elemento da investigação criminal de Viana do Castelo, que tem estado envolvido em várias destas operações salienta que "a maior parte das plantações se destinam a consumo local, do próprio produtor ou apenas na sua zona, em pequena escala", ao contrário do que aconteceu nas duas últimas apreensões.
Segundo esta fonte, major Vaz Lopes, a maior parte dos 'produtores' são "jovens, alguns estudantes, mas há uma fatia significativa de indivíduos com registo de outros tipos de crime, como o furto".
Vaz Lopes não encontra uma razão concreta para justificar o aumento destas plantações. "Provavelmente porque se trata de uma droga mais leve e mais acessível em termos de preço", afiança, sublinhando, porém, que "a subida das apreensões é resultado da investigação da GNR".
De acordo com dados oficiais desta força de segurança, no primeiro semestre do corrente ano, o número de autos levantados por suspeita de plantações ilegais de cannabis aumentaram 39%.
Segundo o comandante da investigação criminal, tenente-coronel Albano Pereira, só entre Junho e Julho a GNR deteve mais de 20 pessoas suspeitas de cultivarem a planta. Este oficial assinala que a quantidade de plantas, folhas de sementes apreendidas daria para "muitos milhares de doses" e esclarece que se trata de um fenómeno "generalizado" a todo o país "que preocupa as autoridades.
Entre Janeiro e Junho foram levantados 32 autos e detidas nove pessoas. Em Julho foram detidas 13 pessoas. Até à mega-apreensão de terça-feira, umas das maiores tinha sido na zona de Santo Tirso, no âmbito da qual foram identificadas quatro pessoas (três homens e uma mulher) e apreendidas 70 plantas. A PJ não dispõe de valores deste tipo de apreensão. A PSP refere que apreendeu em 2008, cerca de 185 kg de liamba e este ano 3,6 kg, mas não especifica se dizem respeito apenas a plantações 'domésticas'. Segundo a ONU cerca de 190 milhões de pessoas no mundo consomem cannabis.
DN Portugal, por VALENTINA MARCELINO 03 Setembro 2009
Nos primeiros sete meses do ano, a GNR apanhou mais do dobro da quantidade de 'cannabis' plantada em casas particulares do que no total do ano passado. A apreensão de 500 plantas em Valpaços é a maior de sempre em Portugal
Desde o início de Janeiro até ao final de Julho a GNR apreendeu 65 quilogramas (kg) de 'cannabis' produzidas em plantações caseiras, como vasos em varandas ou quintais. Este volume representa mais do dobro do que foi detectado em todo o ano de 2008, cujas apreensões foram atingiram cerca de 30 kg. Além dos 65 kg (sementes e folhas já secas já prontos para consumo), que valem no mercado perto de 325 mil euros, nos primeiros sete meses deste ano fora apreendidas mais 862 plantas ou pés de cannabis ainda em estado de maturação. Cada planta destas, com cerca de 1,20 metros de altura vale cerca de 300 euros depois de tratada.
Estes valores vão ainda subir muito mais, uma vez que ainda não contemplam a maior apreensão de sempre de uma 'produção doméstica' desta droga, que foi a da passada terça-feira num pinhal em Valpaços (ver texto em baixo e fotos), que se destinava a ser exportada para Espanha. Fora das contas está ainda uma busca feita ontem pelo destacamento de Viana do Castelo,(ver caixa) no âmbito de uma investigação de combate à droga, que durava há seis meses, na qual os militares da GNR encontraram no apartamento de um dos suspeitos um quarto com 130 pés de cannabis em vasos e, noutra divisão da casa, um laboratório todo equipado com a mais moderna tecnologia, para transformação da 'erva' para ser comercializada.
O porta-voz oficial da GNR reconhece que "nas últimas semanas, principalmente neste mês de Agosto, este tipo de apreensões têm sido quase diárias". Um elemento da investigação criminal de Viana do Castelo, que tem estado envolvido em várias destas operações salienta que "a maior parte das plantações se destinam a consumo local, do próprio produtor ou apenas na sua zona, em pequena escala", ao contrário do que aconteceu nas duas últimas apreensões.
Segundo esta fonte, major Vaz Lopes, a maior parte dos 'produtores' são "jovens, alguns estudantes, mas há uma fatia significativa de indivíduos com registo de outros tipos de crime, como o furto".
Vaz Lopes não encontra uma razão concreta para justificar o aumento destas plantações. "Provavelmente porque se trata de uma droga mais leve e mais acessível em termos de preço", afiança, sublinhando, porém, que "a subida das apreensões é resultado da investigação da GNR".
De acordo com dados oficiais desta força de segurança, no primeiro semestre do corrente ano, o número de autos levantados por suspeita de plantações ilegais de cannabis aumentaram 39%.
Segundo o comandante da investigação criminal, tenente-coronel Albano Pereira, só entre Junho e Julho a GNR deteve mais de 20 pessoas suspeitas de cultivarem a planta. Este oficial assinala que a quantidade de plantas, folhas de sementes apreendidas daria para "muitos milhares de doses" e esclarece que se trata de um fenómeno "generalizado" a todo o país "que preocupa as autoridades.
Entre Janeiro e Junho foram levantados 32 autos e detidas nove pessoas. Em Julho foram detidas 13 pessoas. Até à mega-apreensão de terça-feira, umas das maiores tinha sido na zona de Santo Tirso, no âmbito da qual foram identificadas quatro pessoas (três homens e uma mulher) e apreendidas 70 plantas. A PJ não dispõe de valores deste tipo de apreensão. A PSP refere que apreendeu em 2008, cerca de 185 kg de liamba e este ano 3,6 kg, mas não especifica se dizem respeito apenas a plantações 'domésticas'. Segundo a ONU cerca de 190 milhões de pessoas no mundo consomem cannabis.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Cimento desenvolvido na Europa tem capacidade de sequestrar mais C02 do que produz
http://www.abril.com.br/noticias/economia/cimento-desenvolvido-europa-tem-capacidade-sequestrar-mais-c02-produz-514790.shtml
Abril, 01/09/2009 - 14:59
Um tipo de concreto que mistura materiais naturais, como o cânhamo, cal e água, pode ajudar a reduzir os gases do efeito estufa presentes no ar, já que tem, segundo o fabricante, capacidade de sequestrar mais CO2 do que o que produz.
Trata-se do Hemcrete, desenvolvido e comercializado na Europa, e prestes a desembarcar nos Estados Unidos, debaixo de forte fiscalização, uma vez que o cânhamo é da mesma família da planta Cannabis, que dá origem à maconha.
A proposta da Hemcrete é fazer um trabalho melhor e menos agressivo que o concreto tradicional. A empresa garante que o material, que pode ser utilizado em diversas etapas da construção, desde isolamento de telhados até pavimentações, é impermeável, à prova de fogo, bom isolante térmico, não apodrece (quando usado acima do solo) e é totalmente reciclável. (Agência Envolverde)
Abril, 01/09/2009 - 14:59
Um tipo de concreto que mistura materiais naturais, como o cânhamo, cal e água, pode ajudar a reduzir os gases do efeito estufa presentes no ar, já que tem, segundo o fabricante, capacidade de sequestrar mais CO2 do que o que produz.
Trata-se do Hemcrete, desenvolvido e comercializado na Europa, e prestes a desembarcar nos Estados Unidos, debaixo de forte fiscalização, uma vez que o cânhamo é da mesma família da planta Cannabis, que dá origem à maconha.
A proposta da Hemcrete é fazer um trabalho melhor e menos agressivo que o concreto tradicional. A empresa garante que o material, que pode ser utilizado em diversas etapas da construção, desde isolamento de telhados até pavimentações, é impermeável, à prova de fogo, bom isolante térmico, não apodrece (quando usado acima do solo) e é totalmente reciclável. (Agência Envolverde)
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Cannabis no centro da discódia entre Jolie e Pitt
http://diario.iol.pt/moda-e-social/angelina-jolie-brad-pitt/1085346-4061.html
IOL Diário, 28-08-2009 - 17:21h
A actriz exige que o marido acabe com o consumo de drogas e atribui a culpa da dependência a Jennifer Aniston
Angelina Jolie e Brad Pitt são novamente notícia na imprensa pelos piores motivos.
A actriz exige que o marido recorra a uma clínica de reabilitação para tratar a dependência da cannabis, um vício que acredita ter sido ganho durante o casamento de Pitt com Jennifer Aniston.
Segundo o «The National Enquirer» Angelina fez um ultimato ao companheiro: ou pára de consumir ou recorre a uma clínica de reabilitação.
A actriz não quer os filhos perto de drogas e para que o casamento resulte Pitt tem que livrar-se definitivamente do consumo de substâncias.
Quentin Tarantino conseguiu deitar mais achas para a fogueira quando numa entrevista recente declarou que fumou haxixe com o actor. A revelação deixou Angelina Jolie à beira de um ataque de nervos, pois acreditava que o marido tinha abandonado as drogas após o nascimento dos filhos.
IOL Diário, 28-08-2009 - 17:21h
A actriz exige que o marido acabe com o consumo de drogas e atribui a culpa da dependência a Jennifer Aniston
Angelina Jolie e Brad Pitt são novamente notícia na imprensa pelos piores motivos.
A actriz exige que o marido recorra a uma clínica de reabilitação para tratar a dependência da cannabis, um vício que acredita ter sido ganho durante o casamento de Pitt com Jennifer Aniston.
Segundo o «The National Enquirer» Angelina fez um ultimato ao companheiro: ou pára de consumir ou recorre a uma clínica de reabilitação.
A actriz não quer os filhos perto de drogas e para que o casamento resulte Pitt tem que livrar-se definitivamente do consumo de substâncias.
Quentin Tarantino conseguiu deitar mais achas para a fogueira quando numa entrevista recente declarou que fumou haxixe com o actor. A revelação deixou Angelina Jolie à beira de um ataque de nervos, pois acreditava que o marido tinha abandonado as drogas após o nascimento dos filhos.
Cimento de Cannabis é ecológico
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=184250
Gazetaweb.com, 28.08.2009 | 15h04
Composto, entre outros materiais, por cânhamo – uma fibra vegetal que deriva da mesma espécie que a maconha, a Cannabis –, o concreto Hemcrete promete revolucionar a indústria cimenteira, responsável por 7% das emissões de gás carbônico do mundo, segundo dados do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.
O produto, desenvolvido e comercializado na Europa, é fabricado – pela empresa Tradical – a partir da mistura de materiais naturais e, ainda, sequestra carbono do ar. Como? Segundo os produtores, o “milagre” acontece graças ao cânhamo, que absorve CO2 durante seu crescimento.
Apesar da composição natural, ainda pouco conhecida, a empresa fabricante garante que o cimento ecológico não perde suas características: continua sendo impermeável, isolante térmico, à prova de fogo e não apodrece. As únicas diferenças, em comparação ao concreto tradicional, são que o produto é totalmente reciclável, ajuda no combate ao aquecimento global e, ainda, pode ser usado como fertilizante quando as construções são demolidas.
Então, por que o Hemcrete ainda não se espalhou pelo mundo? Ironicamente, o problema está, exatamente, no seu “ingrediente mágico”: o cânhamo. Apesar de possuir um teor de THC muito menor do que a maconha, a fibra vegetal sofre muito preconceito ao redor do mundo. Sua produção é proibida em vários países e as nações que permitem sua fabricação – como a China, o Canadá e alguns países europeus –, o fazem de forma muito controlada.
Gazetaweb.com, 28.08.2009 | 15h04
Composto, entre outros materiais, por cânhamo – uma fibra vegetal que deriva da mesma espécie que a maconha, a Cannabis –, o concreto Hemcrete promete revolucionar a indústria cimenteira, responsável por 7% das emissões de gás carbônico do mundo, segundo dados do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.
O produto, desenvolvido e comercializado na Europa, é fabricado – pela empresa Tradical – a partir da mistura de materiais naturais e, ainda, sequestra carbono do ar. Como? Segundo os produtores, o “milagre” acontece graças ao cânhamo, que absorve CO2 durante seu crescimento.
Apesar da composição natural, ainda pouco conhecida, a empresa fabricante garante que o cimento ecológico não perde suas características: continua sendo impermeável, isolante térmico, à prova de fogo e não apodrece. As únicas diferenças, em comparação ao concreto tradicional, são que o produto é totalmente reciclável, ajuda no combate ao aquecimento global e, ainda, pode ser usado como fertilizante quando as construções são demolidas.
Então, por que o Hemcrete ainda não se espalhou pelo mundo? Ironicamente, o problema está, exatamente, no seu “ingrediente mágico”: o cânhamo. Apesar de possuir um teor de THC muito menor do que a maconha, a fibra vegetal sofre muito preconceito ao redor do mundo. Sua produção é proibida em vários países e as nações que permitem sua fabricação – como a China, o Canadá e alguns países europeus –, o fazem de forma muito controlada.
Cannabis encontrada no quarto de Michael Jackson
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=181&id_news=406548
Diário Digital, sexta-feira, 28 de Agosto de 2009 | 11:19
Cannabis encontrada no quarto de Michael Jackson
Na primeira busca ao quarto de Michael Jackson, um dia após a sua morte, foram encontradas duas embalagens de cannabis, além de pomadas para clarear a pele e crescimento de cabelo, comprimidos para insónias e vários fracsos vazios dos sedativos Lorazepam e Diazepam, de acordo com documentos da Justiça divulgados quinta-feira. A notícia foi avançada pelo canal de televisão norte-americano CNN.
Segundo o detective da polícia de Los Angeles Orlando Martinez, «durante a investigação membros da família da vítima notificaram ao chefe do instituto de medicina legal, Ed Winter, que tinham encontrado uma quantidade de heroína numa bolsa num dos quartos do segundo andar da casa», mas o jornal Los Angeles Times e o site TMZ.com informaram que a substância suspeita não era heroína.
Na segunda-feira passada, a imprensa americana revelou que Jackson tinha «níveis letais» do poderoso anestésico propofol quando morreu de paragem cardíaca, a 25 de Junho, ministrado pelo seu médico contra uma insónia crónica do cantor.
O médico teria admitido que injectou Propofol, Lorazepam e Midazolam no dia da morte de Jackson, a pedido do próprio, que permanecia acordado às 10:30 da manhã após uma noite sem sono.
Diário Digital, sexta-feira, 28 de Agosto de 2009 | 11:19
Cannabis encontrada no quarto de Michael Jackson
Na primeira busca ao quarto de Michael Jackson, um dia após a sua morte, foram encontradas duas embalagens de cannabis, além de pomadas para clarear a pele e crescimento de cabelo, comprimidos para insónias e vários fracsos vazios dos sedativos Lorazepam e Diazepam, de acordo com documentos da Justiça divulgados quinta-feira. A notícia foi avançada pelo canal de televisão norte-americano CNN.
Segundo o detective da polícia de Los Angeles Orlando Martinez, «durante a investigação membros da família da vítima notificaram ao chefe do instituto de medicina legal, Ed Winter, que tinham encontrado uma quantidade de heroína numa bolsa num dos quartos do segundo andar da casa», mas o jornal Los Angeles Times e o site TMZ.com informaram que a substância suspeita não era heroína.
Na segunda-feira passada, a imprensa americana revelou que Jackson tinha «níveis letais» do poderoso anestésico propofol quando morreu de paragem cardíaca, a 25 de Junho, ministrado pelo seu médico contra uma insónia crónica do cantor.
O médico teria admitido que injectou Propofol, Lorazepam e Midazolam no dia da morte de Jackson, a pedido do próprio, que permanecia acordado às 10:30 da manhã após uma noite sem sono.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Componentes da maconha podem frear câncer de próstata, segundo pesquisa
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1273047-5602,00-COMPONENTES+DA+MACONHA+PODEM+FREAR+CANCER+DE+PROSTATA+SEGUNDO+PESQUISA.html
G1, 19/08/09 - 16h09 - Atualizado em 19/08/09 - 16h10
Madri, 19 ago (EFE).- Um grupo de pesquisadores da Universidade de Alcalá de Henares, em Madri, descobriu que os componentes químicos da folha de maconha podem deter o crescimento de células cancerígenas na próstata.
A pesquisa, desenvolvida pela professora de Bioquímica e Biologia Molecular Inés Díaz-Laviada e outros pesquisadores da instituição, foi publicada na última edição da revista científica "British Journal of Cancer".
Segundo os cientistas, os efeitos dos componentes químicos da Cannabis, denominados cannabinoides, podem atuar contra o câncer de próstata bloqueando a multiplicação das células cancerígenas.
Inés explica que estes componentes químicos "podem deter a divisão e o crescimento das células de câncer de próstata e poderiam se transformar no alvo de novas pesquisas com eventuais medicamentos para o tratamento dos tumores na próstata".
O trabalho de sua equipe se baseou em dois tipos de cannabinoides - o Methanandamide e o JWH-015 -, que foram aplicados juntos e separadamente sobre as células cancerígenas.
No artigo, a diretora de informação de câncer da organização "Cancer Research UK", Lesley Walker, adverte aos pacientes sobre os malefícios de fumar maconha, mas afirma que a pesquisa é "muito interessante".
"Abre uma nova via para explorar potenciais funções de drogas em um estágio muito cedo do câncer de próstata, mas não demonstra que os homens possam lutar contra o câncer de próstata fumando maconha", afirma Walker.
A especialista acrescenta que é necessário fazer pesquisas adicionais para explorar o potencial dos cannabinoides nos tratamentos. EFE
G1, 19/08/09 - 16h09 - Atualizado em 19/08/09 - 16h10
Madri, 19 ago (EFE).- Um grupo de pesquisadores da Universidade de Alcalá de Henares, em Madri, descobriu que os componentes químicos da folha de maconha podem deter o crescimento de células cancerígenas na próstata.
A pesquisa, desenvolvida pela professora de Bioquímica e Biologia Molecular Inés Díaz-Laviada e outros pesquisadores da instituição, foi publicada na última edição da revista científica "British Journal of Cancer".
Segundo os cientistas, os efeitos dos componentes químicos da Cannabis, denominados cannabinoides, podem atuar contra o câncer de próstata bloqueando a multiplicação das células cancerígenas.
Inés explica que estes componentes químicos "podem deter a divisão e o crescimento das células de câncer de próstata e poderiam se transformar no alvo de novas pesquisas com eventuais medicamentos para o tratamento dos tumores na próstata".
O trabalho de sua equipe se baseou em dois tipos de cannabinoides - o Methanandamide e o JWH-015 -, que foram aplicados juntos e separadamente sobre as células cancerígenas.
No artigo, a diretora de informação de câncer da organização "Cancer Research UK", Lesley Walker, adverte aos pacientes sobre os malefícios de fumar maconha, mas afirma que a pesquisa é "muito interessante".
"Abre uma nova via para explorar potenciais funções de drogas em um estágio muito cedo do câncer de próstata, mas não demonstra que os homens possam lutar contra o câncer de próstata fumando maconha", afirma Walker.
A especialista acrescenta que é necessário fazer pesquisas adicionais para explorar o potencial dos cannabinoides nos tratamentos. EFE
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Brad Pitt diz que largou cannabis depois de ser pai
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=181&id_news=404523
Diário Digital, segunda-feira, 17 de Agosto de 2009 | 09:59
O actor Brad Pitt disse em entrevista a uma televisão norte-americana que largou o consumo de cannabis depois de ter sido pai.
«Sou pai agora, tenho que estar alerta», afirmou Pitt, que se confessa «um artista» a enrolar, avança a Folha Online.
As declarações foram feitas no programa de Bill Maher, no canal HBO, na sexta-feira passada, onde o actor também tocou em assuntos delicados nos EUA, como o casamento homossexual, a religião ou a cannabis.
No programa, Brad Pitt reafirmou a sua posição favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. «Temos um grupo de pessoas a dizer aos outros como devem viver as suas vidas, e não se pode fazer isso».
Para o protagonista de «Sete Pecados Mortais», a oposição de grupos religiosos ao casamento homossexual é nonsense. «Se vivêssemos numa nação de casais gays que dissessem que não se pode seguir determinada religião, eu seria contra e defenderia quem sofresse com isso», disse.
Diário Digital, segunda-feira, 17 de Agosto de 2009 | 09:59
O actor Brad Pitt disse em entrevista a uma televisão norte-americana que largou o consumo de cannabis depois de ter sido pai.
«Sou pai agora, tenho que estar alerta», afirmou Pitt, que se confessa «um artista» a enrolar, avança a Folha Online.
As declarações foram feitas no programa de Bill Maher, no canal HBO, na sexta-feira passada, onde o actor também tocou em assuntos delicados nos EUA, como o casamento homossexual, a religião ou a cannabis.
No programa, Brad Pitt reafirmou a sua posição favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. «Temos um grupo de pessoas a dizer aos outros como devem viver as suas vidas, e não se pode fazer isso».
Para o protagonista de «Sete Pecados Mortais», a oposição de grupos religiosos ao casamento homossexual é nonsense. «Se vivêssemos numa nação de casais gays que dissessem que não se pode seguir determinada religião, eu seria contra e defenderia quem sofresse com isso», disse.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Nova droga vendida como incenso
http://diario.iol.pt/internacional/droga-incenso-spice-drugs-cannabis-jovens-tvi24/1082370-4073.html
IOL Diário, 15-08-2009 - 14:04h
Investigadores alertam para o consumo entre jovens de «incensos» alucinogénios
Investigadores da Sociedade Científica Espanhola de Estudos sobre o Alcool, o alcoolismo e outras Toxicodependências (Socidrogalcohol) alertam para o aumento do consumo de «Spice Drugs» entre os jovens entre os jovens. Segundo o jornal espanhol 20 minutos, este novo tipo de drogas «fumadas» é utilizado como substituto da cannabis e são comercializadas legalmente como produtos de incenso.
Segundo um estudo realizado por investigadores do Hospital do Mar de Barcelona, publicado na revista «Adicciones», as «Spice Drugs» são vendidas desde 2004 na internet e em casas especializadas para o efeito («smart shops»), com a denominação de «uma mistura exótica de incenso aromático» e com o aviso de que «não devem ser utilizadas por humanos».
As «spice drugs» tornaram-se «bastante populares nos fóruns de internet visto que podiam representar a possibilidade de obter um substituto legal da cannabis», explicam os especialistas da Socidrogalcohol.
No entanto, apesar da popularidade das novas drogas, «o processo de fabricação continua a ser um enigma».
«Por um lado acreditamos que algumas são feitas na China, mas não se sabem quem, onde nem como se misturam plantas naturais com os canabinóides sintéticos», afirma a Socidrogalcohol, acrescentando que «nem os ingredientes vegetais, nem nenhum dos canabinóides encontrados faz parte das listas controladas das convenções de 1961 e 1971 da ONU».
Alguns países já iniciaram acções legais de controlo e proibição das «Spice Drugs» e drogas similares como «Yucatan Fire», «ChillX», «Moon Rocks» ou «Space Truckin». O problema está em conseguir averiguar qual o grau de toxidade de estes produtos.
IOL Diário, 15-08-2009 - 14:04h
Investigadores alertam para o consumo entre jovens de «incensos» alucinogénios
Investigadores da Sociedade Científica Espanhola de Estudos sobre o Alcool, o alcoolismo e outras Toxicodependências (Socidrogalcohol) alertam para o aumento do consumo de «Spice Drugs» entre os jovens entre os jovens. Segundo o jornal espanhol 20 minutos, este novo tipo de drogas «fumadas» é utilizado como substituto da cannabis e são comercializadas legalmente como produtos de incenso.
Segundo um estudo realizado por investigadores do Hospital do Mar de Barcelona, publicado na revista «Adicciones», as «Spice Drugs» são vendidas desde 2004 na internet e em casas especializadas para o efeito («smart shops»), com a denominação de «uma mistura exótica de incenso aromático» e com o aviso de que «não devem ser utilizadas por humanos».
As «spice drugs» tornaram-se «bastante populares nos fóruns de internet visto que podiam representar a possibilidade de obter um substituto legal da cannabis», explicam os especialistas da Socidrogalcohol.
No entanto, apesar da popularidade das novas drogas, «o processo de fabricação continua a ser um enigma».
«Por um lado acreditamos que algumas são feitas na China, mas não se sabem quem, onde nem como se misturam plantas naturais com os canabinóides sintéticos», afirma a Socidrogalcohol, acrescentando que «nem os ingredientes vegetais, nem nenhum dos canabinóides encontrados faz parte das listas controladas das convenções de 1961 e 1971 da ONU».
Alguns países já iniciaram acções legais de controlo e proibição das «Spice Drugs» e drogas similares como «Yucatan Fire», «ChillX», «Moon Rocks» ou «Space Truckin». O problema está em conseguir averiguar qual o grau de toxidade de estes produtos.
MACONHA ANABOLIZADA
http://veja.abril.com.br/050809/maconha-anabolizada-p-112.shtml
Veja, Edição 2124 / 5 de agosto de 2009
Cannabis hidropônica cultivada em casas e apartamentos,
com poder alucinógeno quatro vezes maior, é a novidade
do tráfico de drogas na Flórida
As laranjas fizeram a fama da agricultura da Flórida, mas as plantações que têm chamado atenção nesse estado americano abrigam outro tipo de produto: a maconha hidropônica. Ela é cultivada em tonéis de terra encharcada de água, no interior de casas e apartamentos adaptados para funcionar como estufas, com condições ideais de iluminação e temperatura. Para acelerar seu crescimento e aumentar os níveis de THC, a substância ativa da droga, usa-se um coquetel de fertilizantes. O resultado é uma maconha com poder alucinógeno até quatro vezes maior que o daquela plantada de maneira convencional. A nova variante da Cannabis se tornou uma mina de ouro para os traficantes da Flórida, já que alcança preços nas alturas – até 15.000 dólares o quilo. Apenas no mês de junho, a polícia de Miami apreendeu 6.828 pés de maconha hidropônica em 120 laboratórios de cultivo caseiro. No ano passado, foram desbaratadas 1 022 estufas clandestinas.
"Somente em junho, foram apreendidos em Miami 6 800 pés da Cannabis ultrapotente em 120 laboratórios caseiros
Muitas vezes a polícia tem dificuldade em prender os donos das plantações porque sua operação é entregue a imigrantes ilegais, que concordam em correr o risco de tocar o negócio em troca de alojar a família nos imóveis. Sua principal tarefa é controlar complexos sistemas de luzes, condicionadores de ar e campos de irrigação que funcionam dia e noite a fim de manter o ambiente ideal para o cultivo da maconha ultrapotente. Para que o alto consumo de eletricidade dos imóveis que abrigam as plantações não chame a atenção da polícia, os traficantes instalam "gatos" que ligam a caixa de luz diretamente à rede elétrica, evitando os medidores. Uma das estratégias da polícia para rastrear as plantações é cooptar como informantes os eletricistas encarregados de fazer as instalações clandestinas.
Um relatório elaborado pelo Centro Europeu de Monitoramento de Drogas em 2004 mostra que os níveis de THC da variante hidropônica da maconha são no mínimo o dobro daqueles da planta convencional. A bióloga Eny Floh, da Universidade de São Paulo, explica o segredo de seu cultivo: "O metabolismo vegetal se altera de acordo com as condições de solo, luminosidade, nutrientes, irrigação e temperatura. Quanto mais intensa a fotossíntese, mais a Cannabis produz o alcaloide tetra-hidrocanabinol, o THC, substância psicoativa responsável pela sensação de euforia". No mundo do crime, drogas mais poderosas significam mais lucro para o tráfico.
Veja, Edição 2124 / 5 de agosto de 2009
Cannabis hidropônica cultivada em casas e apartamentos,
com poder alucinógeno quatro vezes maior, é a novidade
do tráfico de drogas na Flórida
As laranjas fizeram a fama da agricultura da Flórida, mas as plantações que têm chamado atenção nesse estado americano abrigam outro tipo de produto: a maconha hidropônica. Ela é cultivada em tonéis de terra encharcada de água, no interior de casas e apartamentos adaptados para funcionar como estufas, com condições ideais de iluminação e temperatura. Para acelerar seu crescimento e aumentar os níveis de THC, a substância ativa da droga, usa-se um coquetel de fertilizantes. O resultado é uma maconha com poder alucinógeno até quatro vezes maior que o daquela plantada de maneira convencional. A nova variante da Cannabis se tornou uma mina de ouro para os traficantes da Flórida, já que alcança preços nas alturas – até 15.000 dólares o quilo. Apenas no mês de junho, a polícia de Miami apreendeu 6.828 pés de maconha hidropônica em 120 laboratórios de cultivo caseiro. No ano passado, foram desbaratadas 1 022 estufas clandestinas.
"Somente em junho, foram apreendidos em Miami 6 800 pés da Cannabis ultrapotente em 120 laboratórios caseiros
Muitas vezes a polícia tem dificuldade em prender os donos das plantações porque sua operação é entregue a imigrantes ilegais, que concordam em correr o risco de tocar o negócio em troca de alojar a família nos imóveis. Sua principal tarefa é controlar complexos sistemas de luzes, condicionadores de ar e campos de irrigação que funcionam dia e noite a fim de manter o ambiente ideal para o cultivo da maconha ultrapotente. Para que o alto consumo de eletricidade dos imóveis que abrigam as plantações não chame a atenção da polícia, os traficantes instalam "gatos" que ligam a caixa de luz diretamente à rede elétrica, evitando os medidores. Uma das estratégias da polícia para rastrear as plantações é cooptar como informantes os eletricistas encarregados de fazer as instalações clandestinas.
Um relatório elaborado pelo Centro Europeu de Monitoramento de Drogas em 2004 mostra que os níveis de THC da variante hidropônica da maconha são no mínimo o dobro daqueles da planta convencional. A bióloga Eny Floh, da Universidade de São Paulo, explica o segredo de seu cultivo: "O metabolismo vegetal se altera de acordo com as condições de solo, luminosidade, nutrientes, irrigação e temperatura. Quanto mais intensa a fotossíntese, mais a Cannabis produz o alcaloide tetra-hidrocanabinol, o THC, substância psicoativa responsável pela sensação de euforia". No mundo do crime, drogas mais poderosas significam mais lucro para o tráfico.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Cannabis: descoberta ligação responsável pela perda de memória
http://diario.iol.pt/sociedade/cannabis-droga-memoria-neurocirurgia-reversao-tvi24/1079795-4071.html
IOL Diário, 03-08-2009 - 14:42h
Descoberta poderá ajudar a identificar alvos terapêuticos para a sua reversão
A descoberta da ligação molecular responsável pela perda de memória associada ao consumo prolongado de cannabis, divulgada no domingo, poderá ajudar a identificar alvos terapêuticos para a sua reversão.
Segundo Nuno Sousa, neurocientista português, citado pela Lusa, afirma que a descoberta é relevante porque não se conheciam em detalhe os mecanismos envolvidos nas já conhecidas perturbações cognitivas, ao nível da memória, relacionadas com o consumo de cannabis.
«Com este estudo, ficámos a entender de forma muito mais precisa os mecanismos moleculares que estão na base dos défices cognitivos associados ao consumo relativamente prolongado de canabinóides, nomeadamente os receptores e as cascatas de sinalização envolvidos», explicou o neurocientista português.
«Ficámos a saber que um sector dos endocanabinóides activa uma cascata de sinalização que é modulada por dois outros neurotransmissores», assinalou.
Segundo o neurocientista, esta descoberta irá permitir identificar «um conjunto de potenciais alvos moleculares para desenvolver estratégias que no futuro impeçam, ou até revertam, esses défices cognitivos associados ao uso de canabinóides».
Andrés Ozaita, um dos coordenadores do estudo, revela que se forem bloqueadas as vias de sinalização que o cannabis põe em marcha, «evitar-se-ão também os seus efeitos na memória».
IOL Diário, 03-08-2009 - 14:42h
Descoberta poderá ajudar a identificar alvos terapêuticos para a sua reversão
A descoberta da ligação molecular responsável pela perda de memória associada ao consumo prolongado de cannabis, divulgada no domingo, poderá ajudar a identificar alvos terapêuticos para a sua reversão.
Segundo Nuno Sousa, neurocientista português, citado pela Lusa, afirma que a descoberta é relevante porque não se conheciam em detalhe os mecanismos envolvidos nas já conhecidas perturbações cognitivas, ao nível da memória, relacionadas com o consumo de cannabis.
«Com este estudo, ficámos a entender de forma muito mais precisa os mecanismos moleculares que estão na base dos défices cognitivos associados ao consumo relativamente prolongado de canabinóides, nomeadamente os receptores e as cascatas de sinalização envolvidos», explicou o neurocientista português.
«Ficámos a saber que um sector dos endocanabinóides activa uma cascata de sinalização que é modulada por dois outros neurotransmissores», assinalou.
Segundo o neurocientista, esta descoberta irá permitir identificar «um conjunto de potenciais alvos moleculares para desenvolver estratégias que no futuro impeçam, ou até revertam, esses défices cognitivos associados ao uso de canabinóides».
Andrés Ozaita, um dos coordenadores do estudo, revela que se forem bloqueadas as vias de sinalização que o cannabis põe em marcha, «evitar-se-ão também os seus efeitos na memória».
Investigadores descobrem efeitos do cannabis na memória
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33794&op=all
Ciência Hoje, 2009-08-03
Investigadores da Universidade de Pompeu Fabra, de Barcelona, identificaram a ligação molecular que explica como o consumo de cannabis provoca perda de memória. Andrés Ozaita, um dos coordenadores da investigação, disse à Agência espanhola EFE “não ser segredo” o efeito amnésico e as perdas de memórias causadas pela marijuana, acrescentando que faltava conhecer os “mecanismos moleculares implicados”. O estudo, realizado com ratos modificados geneticamente e hoje publicado na revista Nature Neuroscience, mostra que os efeitos se devem a uma interrupção do processo de consolidação da memória.
Com a administração de delta-9-tetrahidrocannabinol (THC, o principio psicoactivo da marijuana), os animais não recordavam as tarefas 'aprendidas’ um dia antes.
Este trabalho, segundo os investigadores, pode servir para desenvolver estratégias contra os efeitos da memória do consumo de cannabis, uma substância que é receitada em alguns países para doentes com cancro, SIDA e glaucoma.
O efeito da erva na perda de memória de ratinhos de laboratório já tinha sido notado, mas esta descoberta visa trabalhar nos efeitos amnésicos no combate à dor, e sem efeitos secundários, sabendo também que a cannabis produz perda de memória, agindo sobre o hipocampo.
Ciência Hoje, 2009-08-03
Investigadores da Universidade de Pompeu Fabra, de Barcelona, identificaram a ligação molecular que explica como o consumo de cannabis provoca perda de memória. Andrés Ozaita, um dos coordenadores da investigação, disse à Agência espanhola EFE “não ser segredo” o efeito amnésico e as perdas de memórias causadas pela marijuana, acrescentando que faltava conhecer os “mecanismos moleculares implicados”. O estudo, realizado com ratos modificados geneticamente e hoje publicado na revista Nature Neuroscience, mostra que os efeitos se devem a uma interrupção do processo de consolidação da memória.
Com a administração de delta-9-tetrahidrocannabinol (THC, o principio psicoactivo da marijuana), os animais não recordavam as tarefas 'aprendidas’ um dia antes.
Este trabalho, segundo os investigadores, pode servir para desenvolver estratégias contra os efeitos da memória do consumo de cannabis, uma substância que é receitada em alguns países para doentes com cancro, SIDA e glaucoma.
O efeito da erva na perda de memória de ratinhos de laboratório já tinha sido notado, mas esta descoberta visa trabalhar nos efeitos amnésicos no combate à dor, e sem efeitos secundários, sabendo também que a cannabis produz perda de memória, agindo sobre o hipocampo.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Suspeitos de plantar 'cannabis' aumentam 39%
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1319088
por LUÍS MANETA, Évora. Hoje
Só nos últimos dois meses, a GNR deteve 20 suspeitos de fazer plantações caseiras de 'cannabis.' Os números reflectem um fenómeno que é crescente e alastra em todo o País.
A GNR deteve em Junho e Julho mais de 20 pessoas suspeitas de cultivarem plantas de cannabis. A quantidade de plantas, folhas e sementes apreendidas daria para "muitos milhares de doses", avançou fonte da instituição, esclarecendo que se trata de um fenómeno "generalizado" a todo o País, que preocupa as autoridades.
Em declarações ao DN, o director da investigação criminal da GNR, tenente-coronel Albano Pereira, confirma que o número de autos por suspeita de plantação ilegal de cannabis "aumentou 39%" no primeiro semestre deste ano, comparativamente com idêntico período de 2008.
Entre Janeiro e Junho deste ano foram levantados 32 autos e detidas nove pessoas. Em Julho, o número de detenções já "disparou" para cerca de 13, na sua maioria homens com mais de 30 anos.
Uma das maiores operações decorreu na zona de Santo Tirso, tendo sido identificadas quatro pessoas (três homens e uma mulher) e apreendidas 70 plantas de cannabis. Dias antes, próximo de Vilar Formoso, era detido um indivíduo com 48 plantas e 174 sementes. Embora reconhecendo a existência de "dados que apontam para o cultivo de cannabis como forma de obter algum grau de produção elevada e com mecanismos para escoar a droga", fonte policial garante que essa realidade "não corresponde" à maioria dos casos: "O que normalmente se encontra são pessoas que cultivam para consumir."
Foi através de uma denúncia que os militares da Guarda chegaram a um armazém, nos arredores de Viana do Alentejo, transformado numa estufa com condições ideais para o cultivo de cannabis. "Para além das plantas propriamente ditas e em várias fases de crescimento, encontrámos 88 gramas de plantas secas e fertilizante específico", referiu ao DN um dos agentes envolvidos na operação, revelando terem sido descobertos indícios que apontam para a aquisição de sementes através da Internet (uma pesquisa no Google por cannabis shop devolve mais de 4,3 milhões de resultados).
"Não é fácil encontrar na rua quem dispense sementes mas através de alguns sites especializados sempre se conseguem arranjar algumas para iniciar", diz M., 27 anos, que confessa ter feito "pequenos cultivos" para consumo próprio na varanda do apartamento onde residia durante o período em que estudou na Universidade de Évora.
por LUÍS MANETA, Évora. Hoje
Só nos últimos dois meses, a GNR deteve 20 suspeitos de fazer plantações caseiras de 'cannabis.' Os números reflectem um fenómeno que é crescente e alastra em todo o País.
A GNR deteve em Junho e Julho mais de 20 pessoas suspeitas de cultivarem plantas de cannabis. A quantidade de plantas, folhas e sementes apreendidas daria para "muitos milhares de doses", avançou fonte da instituição, esclarecendo que se trata de um fenómeno "generalizado" a todo o País, que preocupa as autoridades.
Em declarações ao DN, o director da investigação criminal da GNR, tenente-coronel Albano Pereira, confirma que o número de autos por suspeita de plantação ilegal de cannabis "aumentou 39%" no primeiro semestre deste ano, comparativamente com idêntico período de 2008.
Entre Janeiro e Junho deste ano foram levantados 32 autos e detidas nove pessoas. Em Julho, o número de detenções já "disparou" para cerca de 13, na sua maioria homens com mais de 30 anos.
Uma das maiores operações decorreu na zona de Santo Tirso, tendo sido identificadas quatro pessoas (três homens e uma mulher) e apreendidas 70 plantas de cannabis. Dias antes, próximo de Vilar Formoso, era detido um indivíduo com 48 plantas e 174 sementes. Embora reconhecendo a existência de "dados que apontam para o cultivo de cannabis como forma de obter algum grau de produção elevada e com mecanismos para escoar a droga", fonte policial garante que essa realidade "não corresponde" à maioria dos casos: "O que normalmente se encontra são pessoas que cultivam para consumir."
Foi através de uma denúncia que os militares da Guarda chegaram a um armazém, nos arredores de Viana do Alentejo, transformado numa estufa com condições ideais para o cultivo de cannabis. "Para além das plantas propriamente ditas e em várias fases de crescimento, encontrámos 88 gramas de plantas secas e fertilizante específico", referiu ao DN um dos agentes envolvidos na operação, revelando terem sido descobertos indícios que apontam para a aquisição de sementes através da Internet (uma pesquisa no Google por cannabis shop devolve mais de 4,3 milhões de resultados).
"Não é fácil encontrar na rua quem dispense sementes mas através de alguns sites especializados sempre se conseguem arranjar algumas para iniciar", diz M., 27 anos, que confessa ter feito "pequenos cultivos" para consumo próprio na varanda do apartamento onde residia durante o período em que estudou na Universidade de Évora.
sábado, 25 de julho de 2009
Maconha, a nova fonte de renda dos EUA
http://oglobo.globo.com/blogs/sobredrogas/posts/2009/07/25/maconha-nova-fonte-de-renda-dos-eua-208346.asp
O Globo, Enviado por Sobredrogas - 25.7.2009 | 19h00m
Reportagem publicada na edição deste domingo do Globo pela correspondente Marília Martins mostra que a maconha virou fonte renda municipal nos Estados Unidos. Confira abaixo a matéria e deixe o seu comentário!
Os eleitores de Oakland, cidadezinha perto de São Francisco, encontraram uma solução para melhorar as receitas da prefeitura: taxar o comércio da maconha. Isto mesmo! Desde que se tornou o primeiro estado a legalizar a maconha para fins medicinais em 1996, a Califórnia viu crescer uma indústria que hoje tem seu valor — nos negócios legalizados e nos ilegais — estimado em US$ 17 bilhões por ano. Por isto, os eleitores de Oakland decidiram que já é hora de a maconha legal passar a contribuir para melhorar as finanças municipais, deterioradas com a crise.
— Esta foi uma decisão histórica, que vai ajudar a cidade a se recuperar em tempos difíceis — diz Steve DeAngelo, líder dos produtores de cannabis em Oakland e promotor de uma campanha para convencer agricultores a colaborarem com as finanças municipais.
A cidade teve queda de arrecadação da ordem de US$ 83 milhões por causa da recessão americana e espera levantar pelo menos US$ 300 mil nos negócios de maconha legal do município. Para incrementar o comércio, a Apple acabar de lançar um aplicativo para iPhone, chamado Cannabis, que localiza em segundos pontos de venda e profissionais que ajudam consumidores a obter maconha legal. A base de dados é fornecida pela ONG Ajnag, que defende a legalização da erva.
Opositores da medida, reunidos na ONG Coalition for a Drug Free California, protestaram contra a decisão dos eleitores:
— É incrível que num momento de recessão econômica o município se volte para recolher impostos de uma droga que o país ainda considera illegal. A comunidade não deveria aceitar tornar-se dependente de uma produção agrícola tão discutível — avalia Paul Chabot, líder da ONG.
Para comprar maconha legalmente na Califórnia é preciso ter receita médica e adquirir o produto num dos postos de distribuição autorizados. Aceita-se pagamento com cartão de crédito, e cerca de 3,5 gramas da erva saem por US$ 102, incluindo entrega a domicílio. A maconha é receitada pelos médicos californianos em várias circunstâncias, como, por exemplo, no caso de pacientes com elevado índice de insônia ou para tratar determinados casos de alergia, em que o chá feito com a erva é indicado. O cultivo pelos produtores é fiscalizado pelas diversas prefeituras, e exige-se que a produção seja orgânica, o que eleva a qualidade da erva.
— Para aqueles que têm receita médica, o produto que recebem é de boa qualidade. As lojas são fiscalizadas e as quantidades vendidas da erva também. Ainda existe maconha vendida no mercado clandestino, mas a legalização do produto para uso médico fez com que a diferença de qualidade fosse sensível entre aquilo que é comercializado legalmente e o que se compra de forma ilegal — avalia o promotor Meredith Lintott, do condado de Mendocino, uma das regiões produtoras de maconha legal na Califórnia.
A Apple já vendeu mais de mil aplicativos Cannabis para iPhone e já existem mais de 30 serviços de twitter para informar consumidores sobre as notícias mais recentes da droga. A Califórnia é o estado pioneiro na taxação da maconha legal, mas desde que aprovou o comercio da maconha para uso medicinal, há 13 anos, outros 12 estados americanos já adotaram legislação semelhante.
De início, muitos pacientes foram autorizados a ter uma pequena plantação em vasos domésticos, para consumo individual, mas com o tempo a industrialização foi se impondo. Numa pesquisa feita com 2.500 pacientes de tratamentos à base de maconha na região de Berkeley, em São Francisco, o advogado Tod Mikuriya constatou que mais de dois terços dos pacientes apresentavam melhoria de seu quadro clínico, ligado a doenças de pele relacionadas a condições nervosas alteradas. Há também os chamados clubes fechados, os pot-clubs, que são resenhados por especialistas para atestar a qualidade dos serviços. Um deles, WeedesMaps.com, faturou cerca de US$ 250 mil em um ano de funcionamento.
Vereadores de São Francisco querem agora seguir o exemplo de Oakland. O democrata Tom Ammino, por exemplo, acha que se a mesma lei for aprovada em sua cidade, a prefeitura poderá arrecadar cerca de US$ 349 milhões por ano.
— Esta é uma indústria que está crescendo e chegou a hora de ver os produtores contribuírem para as finanças da prefeitura, especialmente num momento de crise. E o dinheiro poderá inclusive ser usado para ajudar a polícia a combater o tráfico ilegal da erva — avalia Ammino.
O Globo, Enviado por Sobredrogas - 25.7.2009 | 19h00m
Reportagem publicada na edição deste domingo do Globo pela correspondente Marília Martins mostra que a maconha virou fonte renda municipal nos Estados Unidos. Confira abaixo a matéria e deixe o seu comentário!
Os eleitores de Oakland, cidadezinha perto de São Francisco, encontraram uma solução para melhorar as receitas da prefeitura: taxar o comércio da maconha. Isto mesmo! Desde que se tornou o primeiro estado a legalizar a maconha para fins medicinais em 1996, a Califórnia viu crescer uma indústria que hoje tem seu valor — nos negócios legalizados e nos ilegais — estimado em US$ 17 bilhões por ano. Por isto, os eleitores de Oakland decidiram que já é hora de a maconha legal passar a contribuir para melhorar as finanças municipais, deterioradas com a crise.
— Esta foi uma decisão histórica, que vai ajudar a cidade a se recuperar em tempos difíceis — diz Steve DeAngelo, líder dos produtores de cannabis em Oakland e promotor de uma campanha para convencer agricultores a colaborarem com as finanças municipais.
A cidade teve queda de arrecadação da ordem de US$ 83 milhões por causa da recessão americana e espera levantar pelo menos US$ 300 mil nos negócios de maconha legal do município. Para incrementar o comércio, a Apple acabar de lançar um aplicativo para iPhone, chamado Cannabis, que localiza em segundos pontos de venda e profissionais que ajudam consumidores a obter maconha legal. A base de dados é fornecida pela ONG Ajnag, que defende a legalização da erva.
Opositores da medida, reunidos na ONG Coalition for a Drug Free California, protestaram contra a decisão dos eleitores:
— É incrível que num momento de recessão econômica o município se volte para recolher impostos de uma droga que o país ainda considera illegal. A comunidade não deveria aceitar tornar-se dependente de uma produção agrícola tão discutível — avalia Paul Chabot, líder da ONG.
Para comprar maconha legalmente na Califórnia é preciso ter receita médica e adquirir o produto num dos postos de distribuição autorizados. Aceita-se pagamento com cartão de crédito, e cerca de 3,5 gramas da erva saem por US$ 102, incluindo entrega a domicílio. A maconha é receitada pelos médicos californianos em várias circunstâncias, como, por exemplo, no caso de pacientes com elevado índice de insônia ou para tratar determinados casos de alergia, em que o chá feito com a erva é indicado. O cultivo pelos produtores é fiscalizado pelas diversas prefeituras, e exige-se que a produção seja orgânica, o que eleva a qualidade da erva.
— Para aqueles que têm receita médica, o produto que recebem é de boa qualidade. As lojas são fiscalizadas e as quantidades vendidas da erva também. Ainda existe maconha vendida no mercado clandestino, mas a legalização do produto para uso médico fez com que a diferença de qualidade fosse sensível entre aquilo que é comercializado legalmente e o que se compra de forma ilegal — avalia o promotor Meredith Lintott, do condado de Mendocino, uma das regiões produtoras de maconha legal na Califórnia.
A Apple já vendeu mais de mil aplicativos Cannabis para iPhone e já existem mais de 30 serviços de twitter para informar consumidores sobre as notícias mais recentes da droga. A Califórnia é o estado pioneiro na taxação da maconha legal, mas desde que aprovou o comercio da maconha para uso medicinal, há 13 anos, outros 12 estados americanos já adotaram legislação semelhante.
De início, muitos pacientes foram autorizados a ter uma pequena plantação em vasos domésticos, para consumo individual, mas com o tempo a industrialização foi se impondo. Numa pesquisa feita com 2.500 pacientes de tratamentos à base de maconha na região de Berkeley, em São Francisco, o advogado Tod Mikuriya constatou que mais de dois terços dos pacientes apresentavam melhoria de seu quadro clínico, ligado a doenças de pele relacionadas a condições nervosas alteradas. Há também os chamados clubes fechados, os pot-clubs, que são resenhados por especialistas para atestar a qualidade dos serviços. Um deles, WeedesMaps.com, faturou cerca de US$ 250 mil em um ano de funcionamento.
Vereadores de São Francisco querem agora seguir o exemplo de Oakland. O democrata Tom Ammino, por exemplo, acha que se a mesma lei for aprovada em sua cidade, a prefeitura poderá arrecadar cerca de US$ 349 milhões por ano.
— Esta é uma indústria que está crescendo e chegou a hora de ver os produtores contribuírem para as finanças da prefeitura, especialmente num momento de crise. E o dinheiro poderá inclusive ser usado para ajudar a polícia a combater o tráfico ilegal da erva — avalia Ammino.
sábado, 27 de junho de 2009
Drogas: meu bem, meu mal
http://historia.abril.com.br/comportamento/drogas-meu-bem-meu-mal-480695.shtml
Aventuras na História, Editora Abril.
A maconha, a cocaína e o LSD estão hoje no centro do crime organizado. Mas já foram recomendados por médicos e considerados sinônimo de elegância
por Heitor Pitombo
Há 21 anos, o pesqueiro panamenho Solana Star, perseguido pela Polícia Federal, despejou 22 toneladas de maconha no litoral brasileiro. Durante meses, as praias do Sul e Sudeste foram invadidas por gente que pescava enlouquecidamente um exemplar que fosse da droga, acondicionada em latas de alumínio. Assim como no período conhecido como "verão da lata", os primeiros carregamentos de Cannabis chegaram ao Brasil por mar. Embarcadas em caravelas portuguesas, em 1549, as mudas foram trazidas por escravos e marinheiros apresentados a elas na Índia. Agora, um século após o primeiro acordo internacional contra drogas, um encontro da ONU, em Viena, vai rever a lista de substâncias proibidas em todo o mundo.
A maconha faz parte. Mas nem sempre foi assim. No Brasil do século 16, fumava-se o bangue. Esse cânhamo, subproduto da planta, servia para fazer tecidos de velas, um mercado aquecido na era das navegações e que despertou o interesse da coroa portuguesa pela Cannabis. E os colonos trataram de espalhar sementes da erva por todo o território. Em 1785, o vice-rei Luiz de Vasconcellos e Souza enviou a São Paulo um ofício (com 16 sacas de sementes e um manual de cultivo), pedindo encarecidamente aos agricultores que plantassem maconha. No século 19, ela vira remédio, como se vê na propaganda mais antiga de maconha, feita pela Grimault e Cia., de Paris, em 1885 (ao lado). Encontrada pelo pesquisador Guido Fonseca, apregoava efeitos terapêuticos dos cigarros índios, à base de Cannabis indica, uma variedade da erva.
Cachimbo de pobre
O uso entre ex-escravos estigmatizou o hábito entre os brancos
Com a abolição da escravidão, em 1888, os negros ganharam autonomia, mas continuaram a sofrer com desqualificação social. A capoeira foi proibida no ano seguinte à Lei Áurea, e, em 1890, o governo da República criou a Seção de Entorpecentes Tóxicos e Mistificação, para impedir o denominado "baixo espiritismo". Ou seja, o uso da maconha em rituais de origem africana, como o candomblé. À medida que se enraizava nas tradições populares, entre ex-escravos, índios e repentistas do Nordeste, aumentava a repressão ao consumo. A primeira lei restritiva é de 1830, quando a "venda e o uso do pito de pango" (cachimbo de barro para maconha) foram proibidos no Rio de Janeiro - três dias de cadeia para o negro que pitasse. Textos de cunho racista, de 1916, passaram a defender a tese de que a Cannabis levava negros e nordestinos ao crime. Um dos propagadores dessa teoria foi o médico Rodrigues Dória: "Um indivíduo já propenso ao crime, pelo efeito exercido pela droga, privado de inibições e de controle normal, com o juízo deformado, leva à prática seus projetos criminosos". Vários médicos com ideias de pureza racial temiam que o uso da maconha contaminasse os cidadãos brancos. Assim, a partir de 1917, a receita médica passou a ser obrigatória para comprar a Cannabis. E, em 1932, ela entrou na lista de substâncias proscritas. O Estado Novo de Getúlio Vargas institucionalizou a repressão e estabeleceu pena de prisão para os usuários. O governo também negociou com os fiéis do candomblé a retirada da maconha dos cultos, em troca da legalização da religião.
Pó de rico
Ele veio com a modernização, na busca louca pela euforia
Bem menos popular, a cocaína também passou de remédio à posição de droga criminalizada e antissocial, embora se saiba que o pó circula hoje ferozmente pela classe média brasileira. Ela surgiu como analgésico e começou a ser consumida no Brasil em meados dos anos de 1910. Laboratórios como o Grimault indicavam o vinho de coca para "pessoas fracas" e "jovens pálidas e delicadas". Há registros de consumo da folha de coca de mais de 1200 anos na América do Sul. E seu chá era vendido no século 19 na Europa e na América do Norte. Mas seu princípio ativo, a cocaína, só foi isolado em 1860, pelo químico alemão Albert Niemann. E, em pouco tempo, revelou efeitos colaterais, como arritmias cardíacas, problemas respiratórios e neurológicos. Por isso, lei de 1882 exigiu, no Brasil, receita médica na compra de pó. Mas o século 20 disseminou o consumo, recomendado até pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. Em 1914, o jornal O Estado de S. Paulo advertia: "Há hoje em nossa cidade muitos filhos de família, cujo grande prazer é tomar cocaína e deixar-se arrastar até aos declives mais perigosos deste vício. Quando atentam... é tarde demais para um recuo". Três anos depois, o Código Sanitário determinou o fechamento das farmácias (que eram, com os bordéis, os maiores distribuidores da droga) que vendessem cocaína sem receita. Para a pesquisadora Beatriz Rezende, organizadora do livro Cocaína: Literatura e Outros Companheiros de Ilusão, o Brasil respirava os ares da Primeira República, e "o entusiasmo pela modernização vai fazer com que a ideia de decadência de costumes frequentemente ligada ao ópio e ao haxixe seja substituída pela ambição da euforia encontrada no éter e na cocaína". Era usada por poetas e outras artistas. Na crônica A Favela (1922), Orestes Barbosa escreveu que, nos morros cariocas, traficantes vendiam a droga "malhada" (misturada a outras substâncias). E no samba A Cocaína (1923), de Sinhô, surgem sinais de alerta: "Mais que a flor purpurina é o vício arrogante de tomar cocaína. Quando estou cabisbaixa chorando sentida, bem entristecida, é que o vício da vida deixa a alma perdida. Sou capaz de roubar, mesmo estrangular, para o vício afogar." Até que, em 1938, decreto-lei proibiu nacionalmente a cocaína, mesmo para fins médicos.
O dia da bicicleta
Os anos 60 e 70 viveram o desbunde psicodélico e o fortalecimento do tráfico
Nos anos 60, o movimento hippie e a contracultura deram às drogas status de experiência libertária. Acaba o estigma da maconha como "droga de pobre" e o LSD (dietilamina do ácido lisérgico) entra na moda. Ele foi sintetizado a partir de um fungo do centeio em 1938, pelo suíço Albert Hofmann, nos laboratórios Sandoz. Mas só em 1943 o cientista descobriu seus efeitos psicoativos, ao absorver na pele uma pequena quantidade da substância. Foi no dia 19 de abril, conhecido como o "dia da bicicleta", quando ele experimentou delírios caleidoscópicos ao pedalar até em casa. O LSD teria surgido das pesquisas da CIA para criar armas de controle mental e foi aplicado na psiquiatria. Mas ganhou fama entre os anos 60 e 70. O cantor Tim Maia, após viagem a Londres, nos anos 70, foi visitar a Philips (sua gravadora na época) para oferecer ácido a todos: "Isto aqui é um LSD, que vai abrir sua cabeça, melhorar a sua vida, fazer de você uma pessoa feliz", conta o jornalista Nelson Motta, no livro Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia. Também nessa época, o tráfico começou a se profissionalizar. No presídio da ilha Grande (RJ), militantes políticos e presos comuns trocaram experiências sobre táticas de luta, o que teria contribuído para a criação das atuais facções do narcotráfico. Desde então, o Brasil viu o avanço do ecstasy, a droga das raves da classe média, e do crack, a pedra dos meninos de rua de São Paulo. Mas a verdade é que, por razões existenciais, religiosas, de mercado ou de poder, a humanidade nunca deixou de conviver com as drogas.
Combate internacional
As medidas de controle começaram com o ópio, na China
O primeiro acordo internacional sobre drogas é de 1909, após a Comissão do Ópio de Xangai, e proibiu o ópio, pivô da primeira e da segunda Guerra do Ópio (1839-1842 e 1850-1860), entre britânicos e chineses. Os ingleses haviam introduzido a droga ilegalmente na China para pressionar pela compra de produtos ocidentais. Mas a Convenção de Drogas e Narcóticos das Nações Unidas, de 1961, assinada hoje por todos os países da ONU, foi o primeiro consenso mundial de que substâncias psicoativas deveriam ser coibidas, por causar dependência e danos à saúde. Este mês, 100 anos depois do acordo do ópio, acontece a Reunião Especial sobre Drogas da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Viena.
Saiba mais
LIVROS
Pequena Enciclopédia da História das Drogas e Bebidas: Histórias e Curiosidades sobre as Mais Variadas Drogas e Bebidas, Henrique Carneiro, Campus/Elsevier, 2005
Cerca de 140 verbetes sobre diferentes substâncias psicoativas, enfocando seu significado cultural e simbólico ao longo da História.
Cocaína: Literatura e Outros Companheiros de Ilusão, Beatriz Rezende (org.), Casa da Palavra, 2006
Textos literários que mostram a evolução do pó da inspiração boêmia às páginas policiais.
SITE
www.neip.info/
Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, reúne pesquisadores de vários centros universitários, teses e bibliografia sobre o tema.
Aventuras na História, Editora Abril.
A maconha, a cocaína e o LSD estão hoje no centro do crime organizado. Mas já foram recomendados por médicos e considerados sinônimo de elegância
por Heitor Pitombo
Há 21 anos, o pesqueiro panamenho Solana Star, perseguido pela Polícia Federal, despejou 22 toneladas de maconha no litoral brasileiro. Durante meses, as praias do Sul e Sudeste foram invadidas por gente que pescava enlouquecidamente um exemplar que fosse da droga, acondicionada em latas de alumínio. Assim como no período conhecido como "verão da lata", os primeiros carregamentos de Cannabis chegaram ao Brasil por mar. Embarcadas em caravelas portuguesas, em 1549, as mudas foram trazidas por escravos e marinheiros apresentados a elas na Índia. Agora, um século após o primeiro acordo internacional contra drogas, um encontro da ONU, em Viena, vai rever a lista de substâncias proibidas em todo o mundo.
A maconha faz parte. Mas nem sempre foi assim. No Brasil do século 16, fumava-se o bangue. Esse cânhamo, subproduto da planta, servia para fazer tecidos de velas, um mercado aquecido na era das navegações e que despertou o interesse da coroa portuguesa pela Cannabis. E os colonos trataram de espalhar sementes da erva por todo o território. Em 1785, o vice-rei Luiz de Vasconcellos e Souza enviou a São Paulo um ofício (com 16 sacas de sementes e um manual de cultivo), pedindo encarecidamente aos agricultores que plantassem maconha. No século 19, ela vira remédio, como se vê na propaganda mais antiga de maconha, feita pela Grimault e Cia., de Paris, em 1885 (ao lado). Encontrada pelo pesquisador Guido Fonseca, apregoava efeitos terapêuticos dos cigarros índios, à base de Cannabis indica, uma variedade da erva.
Cachimbo de pobre
O uso entre ex-escravos estigmatizou o hábito entre os brancos
Com a abolição da escravidão, em 1888, os negros ganharam autonomia, mas continuaram a sofrer com desqualificação social. A capoeira foi proibida no ano seguinte à Lei Áurea, e, em 1890, o governo da República criou a Seção de Entorpecentes Tóxicos e Mistificação, para impedir o denominado "baixo espiritismo". Ou seja, o uso da maconha em rituais de origem africana, como o candomblé. À medida que se enraizava nas tradições populares, entre ex-escravos, índios e repentistas do Nordeste, aumentava a repressão ao consumo. A primeira lei restritiva é de 1830, quando a "venda e o uso do pito de pango" (cachimbo de barro para maconha) foram proibidos no Rio de Janeiro - três dias de cadeia para o negro que pitasse. Textos de cunho racista, de 1916, passaram a defender a tese de que a Cannabis levava negros e nordestinos ao crime. Um dos propagadores dessa teoria foi o médico Rodrigues Dória: "Um indivíduo já propenso ao crime, pelo efeito exercido pela droga, privado de inibições e de controle normal, com o juízo deformado, leva à prática seus projetos criminosos". Vários médicos com ideias de pureza racial temiam que o uso da maconha contaminasse os cidadãos brancos. Assim, a partir de 1917, a receita médica passou a ser obrigatória para comprar a Cannabis. E, em 1932, ela entrou na lista de substâncias proscritas. O Estado Novo de Getúlio Vargas institucionalizou a repressão e estabeleceu pena de prisão para os usuários. O governo também negociou com os fiéis do candomblé a retirada da maconha dos cultos, em troca da legalização da religião.
Pó de rico
Ele veio com a modernização, na busca louca pela euforia
Bem menos popular, a cocaína também passou de remédio à posição de droga criminalizada e antissocial, embora se saiba que o pó circula hoje ferozmente pela classe média brasileira. Ela surgiu como analgésico e começou a ser consumida no Brasil em meados dos anos de 1910. Laboratórios como o Grimault indicavam o vinho de coca para "pessoas fracas" e "jovens pálidas e delicadas". Há registros de consumo da folha de coca de mais de 1200 anos na América do Sul. E seu chá era vendido no século 19 na Europa e na América do Norte. Mas seu princípio ativo, a cocaína, só foi isolado em 1860, pelo químico alemão Albert Niemann. E, em pouco tempo, revelou efeitos colaterais, como arritmias cardíacas, problemas respiratórios e neurológicos. Por isso, lei de 1882 exigiu, no Brasil, receita médica na compra de pó. Mas o século 20 disseminou o consumo, recomendado até pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. Em 1914, o jornal O Estado de S. Paulo advertia: "Há hoje em nossa cidade muitos filhos de família, cujo grande prazer é tomar cocaína e deixar-se arrastar até aos declives mais perigosos deste vício. Quando atentam... é tarde demais para um recuo". Três anos depois, o Código Sanitário determinou o fechamento das farmácias (que eram, com os bordéis, os maiores distribuidores da droga) que vendessem cocaína sem receita. Para a pesquisadora Beatriz Rezende, organizadora do livro Cocaína: Literatura e Outros Companheiros de Ilusão, o Brasil respirava os ares da Primeira República, e "o entusiasmo pela modernização vai fazer com que a ideia de decadência de costumes frequentemente ligada ao ópio e ao haxixe seja substituída pela ambição da euforia encontrada no éter e na cocaína". Era usada por poetas e outras artistas. Na crônica A Favela (1922), Orestes Barbosa escreveu que, nos morros cariocas, traficantes vendiam a droga "malhada" (misturada a outras substâncias). E no samba A Cocaína (1923), de Sinhô, surgem sinais de alerta: "Mais que a flor purpurina é o vício arrogante de tomar cocaína. Quando estou cabisbaixa chorando sentida, bem entristecida, é que o vício da vida deixa a alma perdida. Sou capaz de roubar, mesmo estrangular, para o vício afogar." Até que, em 1938, decreto-lei proibiu nacionalmente a cocaína, mesmo para fins médicos.
O dia da bicicleta
Os anos 60 e 70 viveram o desbunde psicodélico e o fortalecimento do tráfico
Nos anos 60, o movimento hippie e a contracultura deram às drogas status de experiência libertária. Acaba o estigma da maconha como "droga de pobre" e o LSD (dietilamina do ácido lisérgico) entra na moda. Ele foi sintetizado a partir de um fungo do centeio em 1938, pelo suíço Albert Hofmann, nos laboratórios Sandoz. Mas só em 1943 o cientista descobriu seus efeitos psicoativos, ao absorver na pele uma pequena quantidade da substância. Foi no dia 19 de abril, conhecido como o "dia da bicicleta", quando ele experimentou delírios caleidoscópicos ao pedalar até em casa. O LSD teria surgido das pesquisas da CIA para criar armas de controle mental e foi aplicado na psiquiatria. Mas ganhou fama entre os anos 60 e 70. O cantor Tim Maia, após viagem a Londres, nos anos 70, foi visitar a Philips (sua gravadora na época) para oferecer ácido a todos: "Isto aqui é um LSD, que vai abrir sua cabeça, melhorar a sua vida, fazer de você uma pessoa feliz", conta o jornalista Nelson Motta, no livro Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia. Também nessa época, o tráfico começou a se profissionalizar. No presídio da ilha Grande (RJ), militantes políticos e presos comuns trocaram experiências sobre táticas de luta, o que teria contribuído para a criação das atuais facções do narcotráfico. Desde então, o Brasil viu o avanço do ecstasy, a droga das raves da classe média, e do crack, a pedra dos meninos de rua de São Paulo. Mas a verdade é que, por razões existenciais, religiosas, de mercado ou de poder, a humanidade nunca deixou de conviver com as drogas.
Combate internacional
As medidas de controle começaram com o ópio, na China
O primeiro acordo internacional sobre drogas é de 1909, após a Comissão do Ópio de Xangai, e proibiu o ópio, pivô da primeira e da segunda Guerra do Ópio (1839-1842 e 1850-1860), entre britânicos e chineses. Os ingleses haviam introduzido a droga ilegalmente na China para pressionar pela compra de produtos ocidentais. Mas a Convenção de Drogas e Narcóticos das Nações Unidas, de 1961, assinada hoje por todos os países da ONU, foi o primeiro consenso mundial de que substâncias psicoativas deveriam ser coibidas, por causar dependência e danos à saúde. Este mês, 100 anos depois do acordo do ópio, acontece a Reunião Especial sobre Drogas da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Viena.
Saiba mais
LIVROS
Pequena Enciclopédia da História das Drogas e Bebidas: Histórias e Curiosidades sobre as Mais Variadas Drogas e Bebidas, Henrique Carneiro, Campus/Elsevier, 2005
Cerca de 140 verbetes sobre diferentes substâncias psicoativas, enfocando seu significado cultural e simbólico ao longo da História.
Cocaína: Literatura e Outros Companheiros de Ilusão, Beatriz Rezende (org.), Casa da Palavra, 2006
Textos literários que mostram a evolução do pó da inspiração boêmia às páginas policiais.
SITE
www.neip.info/
Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, reúne pesquisadores de vários centros universitários, teses e bibliografia sobre o tema.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
ONU estima que entre 18 a 38 milhões de pessoas tenham problemas de toxicodependência
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1388800
Público.PT ,26.06.2009 - 08h27 Lusa
O Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas assinala-se hoje em todo Mundo para alertar para o problema da toxicodependência que, segundo estimativas da ONU, afecta 18 a 38 milhões de pessoas.
Pelo menos três em cada 100 pessoas em todo o mundo com idades entre os 15 e os 64 anos usaram pelo menos uma vez uma droga ilícita durante 2007, segundo um relatório das Nações Unidas divulgado esta semana. Estes números abrangem os consumidores ocasionais, mas também, segundo a organização, as pessoas dependentes do consumo de drogas.
As Nações Unidas estimam que entre 18 e 38 milhões de pessoas em todo o mundo, entre os 15 e os 64 anos, tinham, em 2007, problemas de toxicodependência. O documento refere igualmente que entre 11 e 21 milhões de pessoas, na mesma faixa etária, usaram drogas injectáveis durante o período em análise.
Já em Portugal, o consumo de drogas aumentou ligeiramente de 2001 para 2007. Entre a população dos 15 aos 64 anos, o consumo de cannabis passou de 3,3 para 3,6 por cento, o de cocaína de 0,3 para 0,6 por cento e o de anfetaminas de 0,1 para 0,2 por cento, segundo o mesmo relatório
Quanto ao tráfico, a ONU destaca que a apreensão de cocaína em Portugal aumentou "subitamente" em 2006, quando foram apreendidas cerca de 34,5 toneladas daquela droga. No ano anterior tinham sido apreendidas 18 toneladas e este valor voltou a cair em 2007, situando-se nas 7,4 toneladas.
Público.PT ,26.06.2009 - 08h27 Lusa
O Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas assinala-se hoje em todo Mundo para alertar para o problema da toxicodependência que, segundo estimativas da ONU, afecta 18 a 38 milhões de pessoas.
Pelo menos três em cada 100 pessoas em todo o mundo com idades entre os 15 e os 64 anos usaram pelo menos uma vez uma droga ilícita durante 2007, segundo um relatório das Nações Unidas divulgado esta semana. Estes números abrangem os consumidores ocasionais, mas também, segundo a organização, as pessoas dependentes do consumo de drogas.
As Nações Unidas estimam que entre 18 e 38 milhões de pessoas em todo o mundo, entre os 15 e os 64 anos, tinham, em 2007, problemas de toxicodependência. O documento refere igualmente que entre 11 e 21 milhões de pessoas, na mesma faixa etária, usaram drogas injectáveis durante o período em análise.
Já em Portugal, o consumo de drogas aumentou ligeiramente de 2001 para 2007. Entre a população dos 15 aos 64 anos, o consumo de cannabis passou de 3,3 para 3,6 por cento, o de cocaína de 0,3 para 0,6 por cento e o de anfetaminas de 0,1 para 0,2 por cento, segundo o mesmo relatório
Quanto ao tráfico, a ONU destaca que a apreensão de cocaína em Portugal aumentou "subitamente" em 2006, quando foram apreendidas cerca de 34,5 toneladas daquela droga. No ano anterior tinham sido apreendidas 18 toneladas e este valor voltou a cair em 2007, situando-se nas 7,4 toneladas.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Consumidores de droga em Portugal estão "mais velhos"
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1271978
DN Portugal, por PEDRO SOUSA TAVARES 25 Junho 2009
Relatório diz que subiu a média de portugueses que experimentou estupefacientes, mas consumo regular é menor. Tráfico de cocaína preocupa.
Os consumidores de droga em Portugal não aumentaram, estão apenas "mais velhos". É desta forma que João Goulão, presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), lê o relatório sobre "Droga e Crime" das Nações Unidas (ONU), onde se nota uma ligeira subida - entre 2001 e 2007 - na percentagem de portugueses dos 15 aos 64 anos que já experimentaram alguns tipos de narcóticos.
De acordo com o relatório, dentro deste intervalo de idades, os portugueses que tiveram contacto com cannabis passaram de 3,3% para 3,6%, com a cocaína de 0,3% para 0,6% e com as anfetaminas de 0,1% para 0,2%.
Números aparentemente contraditórios com a generalidade dos indicadores existentes em Portugal desde 2001 - ano da descriminalização do consumo de drogas no País -, que apontam para uma redução global dos consumos. Mas que, segundo Goulão, têm apenas a ver com as diferenças entre os grupos analisados nos dois períodos temporais.
"Em 2001, em Portugal, o grupo etário mais próximo dos 64 anos tinha poucas probabilidades de ter experimentado drogas", explicou. "Em 2007, a população que atingiu essas idades já tinha outras características, já era mais frequente encontrar quem tivesse essa experiência."
A "prova" desta leitura, acrescentou, "é o facto de a percentagem de jovens que experimentou drogas ter diminuído no mesmo período", embora mantendo-se relativamente estável, segundo a ONU. "Se há menos jovens a consumir, só podemos concluir que os consumidores portugueses estão mais velhos", afirmou.
Por outro lado, acrescentou, esses indicadores "referem-se a contactos" com estas substâncias. Em relação ao consumo regular, há outros dados que mostram uma evolução favorável: "Os indicadores em que se avalia o consumo no último mês e no último ano estão a cair", garantiu.
João Goulão admitiu, ainda assim, a existência de uma maior percentagem de jovens que já experimentaram cocaína, mas num contexto de consumo "esporádico", associado aos ambientes de diversão nocturna.
Mais preocupante, do ponto de vista português, parece ser a questão do tráfico, também abordada no relatório internacional da ONU. A este nível destaca-se 2006, ano em que, com a apreensão de 34,5 toneladas de cocaína, Portugal "saltou" para o sexto lugar a nível mundial. Um dado associado à utilização de países de língua portu- guesa, como Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
Apesar de esse ter sido um ano atípico - em 2007 foram apreendidas apenas 7,4 toneladas -, João Goulão reconheceu ser "sabido que Portugal é hoje uma das principais portas de entrada desta droga na Europa, atrás apenas da Espanha".
A nível mundial, segundo o relatório da ONU, entre 172 milhões e 250 milhões de pessoas entre os 16 e os 64 anos já experimentaram drogas. E de 18 a 36 milhões eram toxicodependentes em 2007.
China, Estados Unidos, Rússia e Brasil têm as maiores percentagens de consumidores de drogas injectáveis, sendo que o Brasil é também o país com maior taxa de consumidores de opiáceos da América do Sul.
DN Portugal, por PEDRO SOUSA TAVARES 25 Junho 2009
Relatório diz que subiu a média de portugueses que experimentou estupefacientes, mas consumo regular é menor. Tráfico de cocaína preocupa.
Os consumidores de droga em Portugal não aumentaram, estão apenas "mais velhos". É desta forma que João Goulão, presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), lê o relatório sobre "Droga e Crime" das Nações Unidas (ONU), onde se nota uma ligeira subida - entre 2001 e 2007 - na percentagem de portugueses dos 15 aos 64 anos que já experimentaram alguns tipos de narcóticos.
De acordo com o relatório, dentro deste intervalo de idades, os portugueses que tiveram contacto com cannabis passaram de 3,3% para 3,6%, com a cocaína de 0,3% para 0,6% e com as anfetaminas de 0,1% para 0,2%.
Números aparentemente contraditórios com a generalidade dos indicadores existentes em Portugal desde 2001 - ano da descriminalização do consumo de drogas no País -, que apontam para uma redução global dos consumos. Mas que, segundo Goulão, têm apenas a ver com as diferenças entre os grupos analisados nos dois períodos temporais.
"Em 2001, em Portugal, o grupo etário mais próximo dos 64 anos tinha poucas probabilidades de ter experimentado drogas", explicou. "Em 2007, a população que atingiu essas idades já tinha outras características, já era mais frequente encontrar quem tivesse essa experiência."
A "prova" desta leitura, acrescentou, "é o facto de a percentagem de jovens que experimentou drogas ter diminuído no mesmo período", embora mantendo-se relativamente estável, segundo a ONU. "Se há menos jovens a consumir, só podemos concluir que os consumidores portugueses estão mais velhos", afirmou.
Por outro lado, acrescentou, esses indicadores "referem-se a contactos" com estas substâncias. Em relação ao consumo regular, há outros dados que mostram uma evolução favorável: "Os indicadores em que se avalia o consumo no último mês e no último ano estão a cair", garantiu.
João Goulão admitiu, ainda assim, a existência de uma maior percentagem de jovens que já experimentaram cocaína, mas num contexto de consumo "esporádico", associado aos ambientes de diversão nocturna.
Mais preocupante, do ponto de vista português, parece ser a questão do tráfico, também abordada no relatório internacional da ONU. A este nível destaca-se 2006, ano em que, com a apreensão de 34,5 toneladas de cocaína, Portugal "saltou" para o sexto lugar a nível mundial. Um dado associado à utilização de países de língua portu- guesa, como Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
Apesar de esse ter sido um ano atípico - em 2007 foram apreendidas apenas 7,4 toneladas -, João Goulão reconheceu ser "sabido que Portugal é hoje uma das principais portas de entrada desta droga na Europa, atrás apenas da Espanha".
A nível mundial, segundo o relatório da ONU, entre 172 milhões e 250 milhões de pessoas entre os 16 e os 64 anos já experimentaram drogas. E de 18 a 36 milhões eram toxicodependentes em 2007.
China, Estados Unidos, Rússia e Brasil têm as maiores percentagens de consumidores de drogas injectáveis, sendo que o Brasil é também o país com maior taxa de consumidores de opiáceos da América do Sul.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Bloco propõe a legalização da cannabis
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=12416&Itemid=27
Esquerda.Net ,16-Jun-2009
O Bloco de Esquerda apresentou um novo Projecto de Lei para legalizar o consumo e cultivo pessoal de cannabis, e para regular o seu comércio. O Bloco argumenta que a cannabis acarreta iguais ou menores riscos para a saúde pública do que outras substâncias legais, como o álcool ou o tabaco, e que por isso não faz sentido atirar para a clandestinidade os consumidores desta substância.
Tendo em conta "as características e o baixo grau de danosidade" da cannabis, o Bloco propõe a regulação da sua oferta e procura, para "acabar com o tráfico e proteger o consumidor e a saúde pública".
O Bloco critica a política proibicionista das drogas que tem imperado em Portugal e no Mundo, responsável por muitos dos danos na saúde pública e pelo aumento da criminalidade associada ao tráfico e ao consumo. A descriminalização do consumo de drogas, aprovada em Portugal em 2000, foi "um passo em frente na abordagem ao problema das drogas", mas com graves limitações, dado que continua a ser "persecutória e repressiva" e deixa por resolver muitos problemas associadas ao tráfico e à saúde pública, lembra o Bloco de Esquerda.
Segundo o projecto bloquista, um dos problemas da lei actual é precisamente o de permitir a confusão entre todas as drogas e um mercado sem regras, "tornando os consumidores vulneráveis perante substâncias adulteradas, contacto fácil com outras drogas mais potentes e nocivas, acesso a redes criminosas ou falta de informação transparente e credível". Por isso ,o Bloco de Esquerda propõe a legalização do consumo de cannabis, adquirida em estabelecimentos legalmente habilitados e fiscalizados, bem como a legalização do cultivo, até dez plantas por pessoa.
A proposta do Bloco precisa que são as Câmaras Municipais que podem autorizar a abertura dos estabelecimentos que comercializam a cannabis, devendo estes distar de pelo menos 500 metros das escolas e serem interditos a menores de 16 anos.
À cannabis não se aplicarão as regras usuais de direito de concorrência, impondo-se um controlo da produção, importação e distribuição do produto. O comércio é regulado, "privando a rede de distribuição de toda a agressividade comercial". São, por isso, proibidas as marcas como meio de promoção de produtos, bem como "outras formas de propaganda directa (promoção, marketing...) ou indirecta (patrocínio, mecenato...) utilizados nos media".
O controlo do mercado da substância cria duas vantagens evidentes: "Do lado da oferta, uma política de venda a preços estudados permite eliminar os traficantes do mercado lícito. Do lado da procura, uma fixação hábil dos preços permite orientar os consumidores para os produtos menos nocivos", esclarece a proposta bloquista.
Consulte também o outro projecto de lei do Bloco, apresentado na legislatura anterior, e que propõe a legalização da cannabis para fins terapêuticos.
Esquerda.Net ,16-Jun-2009
O Bloco de Esquerda apresentou um novo Projecto de Lei para legalizar o consumo e cultivo pessoal de cannabis, e para regular o seu comércio. O Bloco argumenta que a cannabis acarreta iguais ou menores riscos para a saúde pública do que outras substâncias legais, como o álcool ou o tabaco, e que por isso não faz sentido atirar para a clandestinidade os consumidores desta substância.
Tendo em conta "as características e o baixo grau de danosidade" da cannabis, o Bloco propõe a regulação da sua oferta e procura, para "acabar com o tráfico e proteger o consumidor e a saúde pública".
O Bloco critica a política proibicionista das drogas que tem imperado em Portugal e no Mundo, responsável por muitos dos danos na saúde pública e pelo aumento da criminalidade associada ao tráfico e ao consumo. A descriminalização do consumo de drogas, aprovada em Portugal em 2000, foi "um passo em frente na abordagem ao problema das drogas", mas com graves limitações, dado que continua a ser "persecutória e repressiva" e deixa por resolver muitos problemas associadas ao tráfico e à saúde pública, lembra o Bloco de Esquerda.
Segundo o projecto bloquista, um dos problemas da lei actual é precisamente o de permitir a confusão entre todas as drogas e um mercado sem regras, "tornando os consumidores vulneráveis perante substâncias adulteradas, contacto fácil com outras drogas mais potentes e nocivas, acesso a redes criminosas ou falta de informação transparente e credível". Por isso ,o Bloco de Esquerda propõe a legalização do consumo de cannabis, adquirida em estabelecimentos legalmente habilitados e fiscalizados, bem como a legalização do cultivo, até dez plantas por pessoa.
A proposta do Bloco precisa que são as Câmaras Municipais que podem autorizar a abertura dos estabelecimentos que comercializam a cannabis, devendo estes distar de pelo menos 500 metros das escolas e serem interditos a menores de 16 anos.
À cannabis não se aplicarão as regras usuais de direito de concorrência, impondo-se um controlo da produção, importação e distribuição do produto. O comércio é regulado, "privando a rede de distribuição de toda a agressividade comercial". São, por isso, proibidas as marcas como meio de promoção de produtos, bem como "outras formas de propaganda directa (promoção, marketing...) ou indirecta (patrocínio, mecenato...) utilizados nos media".
O controlo do mercado da substância cria duas vantagens evidentes: "Do lado da oferta, uma política de venda a preços estudados permite eliminar os traficantes do mercado lícito. Do lado da procura, uma fixação hábil dos preços permite orientar os consumidores para os produtos menos nocivos", esclarece a proposta bloquista.
Consulte também o outro projecto de lei do Bloco, apresentado na legislatura anterior, e que propõe a legalização da cannabis para fins terapêuticos.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Brasil: Ministro do Meio Ambiente no centro da polémica por defender a liberalização da cannabis
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/517073
Expresso, 7:45 Quarta-feira, 27 de Mai de 2009
Rio de Janeiro, Brasil, 27 Mai (Lusa) - O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse terça-feira que vai ao Congresso para explicar a sua participação na marcha pela legalização da cannabis realizada a 6 de Maio, no Rio de Janeiro.
Minc foi convocado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos aos parlamentares que consideram que o ministro terá feito a apologia da droga ao defender a liberalização da cannabis durante a marcha.
Ele rebateu as acusações, ao afirmar terça-feira, em conferência de imprensa, que a marcha foi autorizada pela Justiça e classificou de "hipócrita e ineficaz" a actual legislação antidrogas do país.
"As pessoas têm o direito de expressar a sua opinião. No caso de pessoas públicas, isso é mais que um direito, é um dever. Eu não estava a pedir para que não se cumprisse a lei, eu estava a questionar a necessidade de modificar a lei", afirmou ao comentar que discutir a legalização da cannabis não é fazer a apologia do seu consumo.
Segundo Minc, "no mundo inteiro, a política repressiva aumentou o poder de traficantes, aumentou o número de utilizadores e a capacidade de corrupção desses traficantes".
Para o ministro do Meio Ambiente, o combate às drogas deveria ser uma questão de saúde pública.
Na ocasião, Minc confirmou à Lusa a sua presença e disse ser "completamente favorável a que se trate o assunto da droga como uma questão de saúde e não como uma questão de polícia".
"Quero participar da discussão para tratar de uma política que é ineficaz. A maconha (cannabis) também faz mal, talvez tanto quanto o álcool e o cigarro mas você compra-a ao traficante. Alguns traficantes de maconha são contemplados com a actual política que lhes dá o monopólio da venda dessa droga", criticou.
Cerca de mil pessoas participaram da chamada "Marcha da Maconha" no Rio para defender a legalização do uso de cannabis no país.
Minc acompanhou a manifestação que ocorreu na praia de Ipanema, tradicional ponto de encontro da classe artística e de jovens da classe média.
FO.
Lusa/Fim
Expresso, 7:45 Quarta-feira, 27 de Mai de 2009
Rio de Janeiro, Brasil, 27 Mai (Lusa) - O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse terça-feira que vai ao Congresso para explicar a sua participação na marcha pela legalização da cannabis realizada a 6 de Maio, no Rio de Janeiro.
Minc foi convocado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos aos parlamentares que consideram que o ministro terá feito a apologia da droga ao defender a liberalização da cannabis durante a marcha.
Ele rebateu as acusações, ao afirmar terça-feira, em conferência de imprensa, que a marcha foi autorizada pela Justiça e classificou de "hipócrita e ineficaz" a actual legislação antidrogas do país.
"As pessoas têm o direito de expressar a sua opinião. No caso de pessoas públicas, isso é mais que um direito, é um dever. Eu não estava a pedir para que não se cumprisse a lei, eu estava a questionar a necessidade de modificar a lei", afirmou ao comentar que discutir a legalização da cannabis não é fazer a apologia do seu consumo.
Segundo Minc, "no mundo inteiro, a política repressiva aumentou o poder de traficantes, aumentou o número de utilizadores e a capacidade de corrupção desses traficantes".
Para o ministro do Meio Ambiente, o combate às drogas deveria ser uma questão de saúde pública.
Na ocasião, Minc confirmou à Lusa a sua presença e disse ser "completamente favorável a que se trate o assunto da droga como uma questão de saúde e não como uma questão de polícia".
"Quero participar da discussão para tratar de uma política que é ineficaz. A maconha (cannabis) também faz mal, talvez tanto quanto o álcool e o cigarro mas você compra-a ao traficante. Alguns traficantes de maconha são contemplados com a actual política que lhes dá o monopólio da venda dessa droga", criticou.
Cerca de mil pessoas participaram da chamada "Marcha da Maconha" no Rio para defender a legalização do uso de cannabis no país.
Minc acompanhou a manifestação que ocorreu na praia de Ipanema, tradicional ponto de encontro da classe artística e de jovens da classe média.
FO.
Lusa/Fim
terça-feira, 26 de maio de 2009
REDUZINDO OS DANOS DO CONSUMO DE CANNABIS
http://marchadamaconha.blogspot.com/2009/05/reduzindo-os-danos-do-consumo-de.html?zx=e4de3c41365afbd7
Marcha da Maconha, Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
REDUZINDO OS DANOS DO CONSUMO DE CANNABIS
As propriedades da cannabis (maconha ou haxixe) são conhecidas há muito tempo por diversas culturas. O fruto da planta fumado, ingerido, vaporizado, faz com que você se sinta alegre e relaxado e seus efeitos duram cerca de duas a três horas.
No entanto, como ocorre com outras substâncias psicoativas, a cannabis pode ser usada indevidamente.
Por essa razão e considerando que mesmo com repressão, conselhos, psicoterapia, súplicas para que não fumem, muitos jovens, adultos e idosos, cidadãs e cidadãos desse país e de outros vão fumar de qualquer jeito, as seguintes considerações podem ser úteis para um uso consciente:
1. Fuma-se maconha e haxixe para curtir, para ficar bem. Mas não espere que um baseado possa resolver seus problemas.
2. Se você fuma maconha e haxixe todos os dias, é bom dar um tempo de vez em quando, ficar sem fumar por dois dias, por exemplo.
3. A cannabis afeta sua concentração, portanto não fume na escola, no trabalho ou quando for dirigir.
4. Alguns tipos de cannabis são mais fortes do que outros, têm uma quantidade maior de THC. Quando você fuma pela primeira vez, ainda não conhece os seus limites. Por isso é importante buscar informações antes de fumar.
5. Quando a maconha é queimada, algumas substâncias prejudiciais à saúde são liberadas (alcatrão e monóxido de carbono). Além disso, quando misturada com cigarro, você também corre os riscos associados à nicotina.
6. A experiência faz com que o fumante saiba quando já fumou o suficiente. Ele sabe a hora de parar. Se você não tem - ou tem pouca - experiência, você não sabe a hora de parar. Portanto é importante obter antes informação confiável sobre o que você está comprando.
7. Se você tem pouca experiência com a cannabis, não é aconselhável combinar o fumo com bebidas alcoólicas.
8. Quando você come bolo de cannabis, é difícil saber a quantidade que está comendo. E leva de 45 minutos a uma hora para você começar a sentir alguma coisa. Espere um pouco e não coma mais, porque você pode descobrir de repente que comeu demais e não ficar bem.
9. Se você está tomando algum medicamento, consulte um médico antes de fumar cannabis. Como ocorre com o cigarro, não é aconselhável fumar durante a gravidez.
10. Às vezes ocorre de o efeito da cannabis ser ruim. Ela pode fazer você se sentir mal ou provocar medo. Se acontecer isso, procure ir para um lugar sossegado e coma ou beba alguma coisa doce. Não entre em pânico: em geral antes de uma hora o mal estar já terá passado.
11. Cuidado na hora de comprar cannabis. Se você estiver na Holanda, não precisa comprar cannabis na rua. Vá até um Coffee Shop, peça informações e escolha no cardápio o que deseja fumar.
12. Apesar da nova lei de drogas estabelecer que o consumidor de cannabis não será mais enjaulado, o uso de maconha ou haxixe não foi descriminalizado: A pessoa flagrada pela polícia portando ou fumando cannabis ainda será levada para a delegacia para ser autuada, e depois terá de comparecer ao juizado. Ali receberá uma pena que pode consistir de serviços comunitários, multas ou advertências.
12a. Portanto, o usuário de cannabis continua sendo um criminoso perante a lei. Não vacile. Nada mudou. Lembre-se de que ser detido por porte de maconha é o pior dano que a maconha pode provocar.
Nota Final: Você pode fumar cannabis de vez em quando por diversão ou pode fumá-la tanto a ponto de perder o contato com a realidade. Você é responsável por lidar ou não com a cannabis de uma maneira saudável.
Dicas adaptadas livremente de uma publicação do Jellinek, Holanda, 2004.
Marcha da Maconha, Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
REDUZINDO OS DANOS DO CONSUMO DE CANNABIS
As propriedades da cannabis (maconha ou haxixe) são conhecidas há muito tempo por diversas culturas. O fruto da planta fumado, ingerido, vaporizado, faz com que você se sinta alegre e relaxado e seus efeitos duram cerca de duas a três horas.
No entanto, como ocorre com outras substâncias psicoativas, a cannabis pode ser usada indevidamente.
Por essa razão e considerando que mesmo com repressão, conselhos, psicoterapia, súplicas para que não fumem, muitos jovens, adultos e idosos, cidadãs e cidadãos desse país e de outros vão fumar de qualquer jeito, as seguintes considerações podem ser úteis para um uso consciente:
1. Fuma-se maconha e haxixe para curtir, para ficar bem. Mas não espere que um baseado possa resolver seus problemas.
2. Se você fuma maconha e haxixe todos os dias, é bom dar um tempo de vez em quando, ficar sem fumar por dois dias, por exemplo.
3. A cannabis afeta sua concentração, portanto não fume na escola, no trabalho ou quando for dirigir.
4. Alguns tipos de cannabis são mais fortes do que outros, têm uma quantidade maior de THC. Quando você fuma pela primeira vez, ainda não conhece os seus limites. Por isso é importante buscar informações antes de fumar.
5. Quando a maconha é queimada, algumas substâncias prejudiciais à saúde são liberadas (alcatrão e monóxido de carbono). Além disso, quando misturada com cigarro, você também corre os riscos associados à nicotina.
6. A experiência faz com que o fumante saiba quando já fumou o suficiente. Ele sabe a hora de parar. Se você não tem - ou tem pouca - experiência, você não sabe a hora de parar. Portanto é importante obter antes informação confiável sobre o que você está comprando.
7. Se você tem pouca experiência com a cannabis, não é aconselhável combinar o fumo com bebidas alcoólicas.
8. Quando você come bolo de cannabis, é difícil saber a quantidade que está comendo. E leva de 45 minutos a uma hora para você começar a sentir alguma coisa. Espere um pouco e não coma mais, porque você pode descobrir de repente que comeu demais e não ficar bem.
9. Se você está tomando algum medicamento, consulte um médico antes de fumar cannabis. Como ocorre com o cigarro, não é aconselhável fumar durante a gravidez.
10. Às vezes ocorre de o efeito da cannabis ser ruim. Ela pode fazer você se sentir mal ou provocar medo. Se acontecer isso, procure ir para um lugar sossegado e coma ou beba alguma coisa doce. Não entre em pânico: em geral antes de uma hora o mal estar já terá passado.
11. Cuidado na hora de comprar cannabis. Se você estiver na Holanda, não precisa comprar cannabis na rua. Vá até um Coffee Shop, peça informações e escolha no cardápio o que deseja fumar.
12. Apesar da nova lei de drogas estabelecer que o consumidor de cannabis não será mais enjaulado, o uso de maconha ou haxixe não foi descriminalizado: A pessoa flagrada pela polícia portando ou fumando cannabis ainda será levada para a delegacia para ser autuada, e depois terá de comparecer ao juizado. Ali receberá uma pena que pode consistir de serviços comunitários, multas ou advertências.
12a. Portanto, o usuário de cannabis continua sendo um criminoso perante a lei. Não vacile. Nada mudou. Lembre-se de que ser detido por porte de maconha é o pior dano que a maconha pode provocar.
Nota Final: Você pode fumar cannabis de vez em quando por diversão ou pode fumá-la tanto a ponto de perder o contato com a realidade. Você é responsável por lidar ou não com a cannabis de uma maneira saudável.
Dicas adaptadas livremente de uma publicação do Jellinek, Holanda, 2004.
sábado, 16 de maio de 2009
Enrique Iglesias fumou cannabis para melhorar música
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=181&id_news=388426
Diário Digital,sábado, 16 de Maio de 2009 | 14:12
O cantor espanhol Enrique Iglesias confessou ter fumado cannabis para tentar «melhorar» a sua música.
Em declarações ao Daily Mial, Enrique revela que a droga não teve o efeito desejado. «A minha escrita ficou pior e senti-me horrível e paranóico».
O músico disse ainda que não experimentará drogas duras por receio de ficar viciado.
«Nunca experimentei drogas duras porque tenho medo de ficar agarrado». «Eu sei o que são vícios porque tenho de tomar comprimidos para dormir e muitas vezes não surtem efeito. Isso faz com que tome cada vez mais e continuo sem dormir e acordo com uma ressaca horrorosa», concluiu.
Diário Digital,sábado, 16 de Maio de 2009 | 14:12
O cantor espanhol Enrique Iglesias confessou ter fumado cannabis para tentar «melhorar» a sua música.
Em declarações ao Daily Mial, Enrique revela que a droga não teve o efeito desejado. «A minha escrita ficou pior e senti-me horrível e paranóico».
O músico disse ainda que não experimentará drogas duras por receio de ficar viciado.
«Nunca experimentei drogas duras porque tenho medo de ficar agarrado». «Eu sei o que são vícios porque tenho de tomar comprimidos para dormir e muitas vezes não surtem efeito. Isso faz com que tome cada vez mais e continuo sem dormir e acordo com uma ressaca horrorosa», concluiu.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Atitude Maconha
Nesse dia o programa TV Atitude.com debate o tema MACONHA.
Atitude Maconha - Parte 1
(Obs, continue seguindo a ordem...)
Atitude Maconha - Parte 1
(Obs, continue seguindo a ordem...)
terça-feira, 12 de maio de 2009
GRASS - Maconha - A VERDADE QUE POUCOS SABEM E MUITOS
Esse documentário foi feito mostrando o histórico da criminalização da cannabis nos EUA e no Mundo.
Documentario GRASS (Maconha)
(Obs, continue seguindo a ordem...)
Documentario GRASS (Maconha)
(Obs, continue seguindo a ordem...)
sábado, 9 de maio de 2009
Lisboa e Braga em marcha pela marijuana
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade-nacional/marijuana-marcha-droga-legalizacao-discriminalizacao-tvi24/1062845-4555.html
tvi24, Por: Redacção /TG | 09-05-2009 20: 59
O objectivo é a regulamentação, legalização e consequente descriminalização do consumo das drogas leves
Cerca de 300 pessoas em Lisboa e 100 no centro de Braga, desfilaram este sábado nas ruas, na Marcha Global da Marijuana, em defesa da legalização das drogas leves.
Braga, Lisboa e Coimbra foram as cidades que aderiram este sábado à Marcha Global da Marijuana (MGM), uma iniciativa internacional que reivindica a regulamentação, legalização e consequente descriminalização do consumo das drogas leves e que desde 1999 se realiza em centenas de cidades.
Cerca de 300 pessoas marcharam em Lisboa em ambiente de festa, ao som de reggae. A concentração, iniciada no Largo do Rato pelas 16:00, começou com animação e dança, ao som de trompetes, saxofones, tambores e trombones.
Em Braga, um grupo de 100 pessoas desfilou no centro da cidade, invocando os benefícios da cannabis na saúde pública e alertando que devido à proibição da marijuana e das drogas leves, os consumidores ficam nas mãos dos traficantes, colocando em risco a sua saúde.
Os defensores da marijuana, que rejeitam a classificação de «toxicodependentes» pretendem que seja despenalizada a plantação de cânhamo para consumo próprio e lamentam que «muitos deputados do PS e do PSD defendam, em privado, a sua legalização, mas tenham medo de avançar com um projecto nesse sentido».
Os manifestantes, na maioria jovens, elevavam cartazes dizendo «proibição não é solução» e «abaixo a hipocrisia», descreve a Lusa.
Este ano a organização global deixou ao critério das cidades manifestarem-se dia 2 ou dia 9 de Maio, dada a proximidade com o Dia do Trabalhador.
O Porto optou por manter a data original, tendo realizado a marcha no passado dia 2.
A Marcha Global da Marijuana 2009 já vai na quarta edição, decorre este sábado em mais 232 cidades do mundo, entre elas Lisboa, Porto e Coimbra.
tvi24, Por: Redacção /TG | 09-05-2009 20: 59
O objectivo é a regulamentação, legalização e consequente descriminalização do consumo das drogas leves
Cerca de 300 pessoas em Lisboa e 100 no centro de Braga, desfilaram este sábado nas ruas, na Marcha Global da Marijuana, em defesa da legalização das drogas leves.
Braga, Lisboa e Coimbra foram as cidades que aderiram este sábado à Marcha Global da Marijuana (MGM), uma iniciativa internacional que reivindica a regulamentação, legalização e consequente descriminalização do consumo das drogas leves e que desde 1999 se realiza em centenas de cidades.
Cerca de 300 pessoas marcharam em Lisboa em ambiente de festa, ao som de reggae. A concentração, iniciada no Largo do Rato pelas 16:00, começou com animação e dança, ao som de trompetes, saxofones, tambores e trombones.
Em Braga, um grupo de 100 pessoas desfilou no centro da cidade, invocando os benefícios da cannabis na saúde pública e alertando que devido à proibição da marijuana e das drogas leves, os consumidores ficam nas mãos dos traficantes, colocando em risco a sua saúde.
Os defensores da marijuana, que rejeitam a classificação de «toxicodependentes» pretendem que seja despenalizada a plantação de cânhamo para consumo próprio e lamentam que «muitos deputados do PS e do PSD defendam, em privado, a sua legalização, mas tenham medo de avançar com um projecto nesse sentido».
Os manifestantes, na maioria jovens, elevavam cartazes dizendo «proibição não é solução» e «abaixo a hipocrisia», descreve a Lusa.
Este ano a organização global deixou ao critério das cidades manifestarem-se dia 2 ou dia 9 de Maio, dada a proximidade com o Dia do Trabalhador.
O Porto optou por manter a data original, tendo realizado a marcha no passado dia 2.
A Marcha Global da Marijuana 2009 já vai na quarta edição, decorre este sábado em mais 232 cidades do mundo, entre elas Lisboa, Porto e Coimbra.
Marcha Global da Marijuana realiza-se hoje
http://www.destak.pt/artigos.php?art=28970
Destak Jornal, 09 | 05 | 2009 15.59H
Depois de cerca de meio milhar de pessoas terem participado sábado passado no Porto na Marcha Global da Marijuana (MGM), hoje é a vez dos activistas pedirem a legalização das drogas leves em Lisboa, Braga e Coimbra.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
A MGM é uma iniciativa internacional que reivindica a legalização da cannabis e que se realiza desde 1999, em centenas de cidades.
Este ano a organização global deixou ao critério das cidades manifestarem-se dia 02 ou dia 09 de Maio, dada a proximidade com o Dia do Trabalhador.
O Porto optou por ser fiel à tradição e manter a data original, enquanto Lisboa, Braga e Coimbra decidiram realizar hoje a Marcha Global da Marijuana.
Os manifestantes defendem "o cultivo e a indústria de cannabis para a produção de energias renováveis (biomassa, biodiesel, etanol) e para a produção de fibra e pasta de papel" e a sua recomendação "no tratamento terapêutico, sintomatológico ou para a melhoria da qualidade de vida, nomeadamente, a doentes de sida, cancro, em tratamento de quimioterapia, esclerose múltipla, glaucoma ou doença de Chron".
Destak Jornal, 09 | 05 | 2009 15.59H
Depois de cerca de meio milhar de pessoas terem participado sábado passado no Porto na Marcha Global da Marijuana (MGM), hoje é a vez dos activistas pedirem a legalização das drogas leves em Lisboa, Braga e Coimbra.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
A MGM é uma iniciativa internacional que reivindica a legalização da cannabis e que se realiza desde 1999, em centenas de cidades.
Este ano a organização global deixou ao critério das cidades manifestarem-se dia 02 ou dia 09 de Maio, dada a proximidade com o Dia do Trabalhador.
O Porto optou por ser fiel à tradição e manter a data original, enquanto Lisboa, Braga e Coimbra decidiram realizar hoje a Marcha Global da Marijuana.
Os manifestantes defendem "o cultivo e a indústria de cannabis para a produção de energias renováveis (biomassa, biodiesel, etanol) e para a produção de fibra e pasta de papel" e a sua recomendação "no tratamento terapêutico, sintomatológico ou para a melhoria da qualidade de vida, nomeadamente, a doentes de sida, cancro, em tratamento de quimioterapia, esclerose múltipla, glaucoma ou doença de Chron".
domingo, 3 de maio de 2009
Marcha da Maconha do Recife teve até vovô e vovó
http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2009/05/03/marcha_da_maconha_do_recife_teve_ate_vovo_e_vovo_45709.php
Blog de Jamildo,POSTADO ÀS 18:10 EM 03 DE Maio DE 2009
A tarde nublada e ameaça iminente de chuva não impediu os recifenses de participarem da Marcha da Maconha na tarde deste domingo (3). Com faixas e cartazes, cerca de duas mil pessoas - estimativa da organização - caminharam por pouco mais de uma hora nas ruas do Recife Antigo, em manifestação pacífica.
Atraídos pela ideia de debater a legalização da maconha no País, o público jovem foi maioria na Marcha. Famílias fizeram-se presentes também (veja vídeo acima), com direito a vovô e vovó. O clima foi de tranquilidade, assegurado também pela presença policial, conforme decisão da Justiça.
Houve, no entanto, quem desrespeitasse os pedidos da organização. A polícia confiscou um cigarro de maconha de um jovem que insistiu em exibí-lo em frente a viatura. Afronta pura. Nos discursos, cobrou-se dos manifestantes que não consumissem drogas na Marcha.
Os organizadores fizeram menção também a atuação da justiça pernambucana, que liberou a realização da passeata - ao contrário de outras cidades do País. O Ministério Públicou do Estado entrou com pedido de liminar para suspensão da Marcha, posteriormente indeferido pelo juiz Alipio de Carvalho Filho, da 2ª Vara de Entorpecentes.
Os participantes da Marcha começaram a reunir-se na Rua do Apolo por volta das 15h. Saíram em passeata às 16h, com destino a Rua da Moeda. No trajeto, a Avenida Rio Branco e Rua da Alfândega, em frente ao Paço. Microfone instalado em carro de som, que acompanhava a caminhada, estava aberto para quem quisesse se manifestar.
Blog de Jamildo,POSTADO ÀS 18:10 EM 03 DE Maio DE 2009
A tarde nublada e ameaça iminente de chuva não impediu os recifenses de participarem da Marcha da Maconha na tarde deste domingo (3). Com faixas e cartazes, cerca de duas mil pessoas - estimativa da organização - caminharam por pouco mais de uma hora nas ruas do Recife Antigo, em manifestação pacífica.
Atraídos pela ideia de debater a legalização da maconha no País, o público jovem foi maioria na Marcha. Famílias fizeram-se presentes também (veja vídeo acima), com direito a vovô e vovó. O clima foi de tranquilidade, assegurado também pela presença policial, conforme decisão da Justiça.
Houve, no entanto, quem desrespeitasse os pedidos da organização. A polícia confiscou um cigarro de maconha de um jovem que insistiu em exibí-lo em frente a viatura. Afronta pura. Nos discursos, cobrou-se dos manifestantes que não consumissem drogas na Marcha.
Os organizadores fizeram menção também a atuação da justiça pernambucana, que liberou a realização da passeata - ao contrário de outras cidades do País. O Ministério Públicou do Estado entrou com pedido de liminar para suspensão da Marcha, posteriormente indeferido pelo juiz Alipio de Carvalho Filho, da 2ª Vara de Entorpecentes.
Os participantes da Marcha começaram a reunir-se na Rua do Apolo por volta das 15h. Saíram em passeata às 16h, com destino a Rua da Moeda. No trajeto, a Avenida Rio Branco e Rua da Alfândega, em frente ao Paço. Microfone instalado em carro de som, que acompanhava a caminhada, estava aberto para quem quisesse se manifestar.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Liminar proíbe Marcha da Maconha em Salvador
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1135566
A Tarde On Line,30/04/2009 às 10:52 | ATUALIZADA EM: 30/04/2009 às 13:08
Eder Luis Santana | A Tarde On Line
A juíza Nartir Dantas, da 2ª Vara Privativa de Tóxicos, acatou o pedido feito por quatro promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco), do Ministério Público Estadual (MPE), e impetrou liminar suspendendo a realização da Marcha da Maconha em Salvador. O evento estava programado para acontecer no próximo domingo, dia 3, no Farol da Barra.
Os promotores ingressaram com uma ação cautelar ontem, alegando que a Marcha da Maconha faria apologia ao uso de drogas, sendo organizada por pessoas não identificadas que estariam se reunindo para discutir o assunto por meio de um site que não aponta quem são os responsáveis do evento. Além disso, o MPE defende também que atos públicos desse tipo serviriam para divulgar a informação de que a maconha faria bem à saúde física e mental de seus usuários.
Essa é a segunda vez que o MPE consegue intervir nesse movimento. No ano passado, uma liminar embargou o ato público que sairia do Campo Grande até a Praça da Sé. Cerca de 50 pessoas chegaram a ir ao local com faixas e cartazes para protestar dentro do que chamavam de “Marcha da Democracia”. Ainda assim, a polícia foi acionada para inibir a ação dos jovens.
REPERCUSSÃO – Este ano, uma cópia da liminar será enviada a outros 14 estados onde estão agendadas Marchas da Maconha entre os dias 2, 3 e 9 de maio. A ideia é fazer com que o evento seja embargado com antecedência, como aconteceu em João Pessoa (PB), onde a Justiça também exigiu o cancelamento. No entanto, pelo menos no Rio de Janeiro já foi conseguido um habeas corpus que garante a realização no dia 9.
Ao saber da decisão judicial, o representante da União Nacional dos Estudantes no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), Sérgio Vidal, lamenta que mais uma vez seja vedado o direito de discutir uma questão importante como o uso da maconha.
Sérgio explica que a Marcha teria o objetivo de promover reflexões sobre a política de leis relacionadas a drogas no Brasil. “Não é um evento somente para usuário de maconha. É para qualquer pessoa que se interesse por esse debate”, afirma, após lembrar que desde a semana passada 10 mil panfletos vinham sendo entregues em bares e shows para alertar sobre o dia do evento e pedir que ninguém fumasse maconha durante a Marcha.
“Com esse tipo de ação, o MP reforça a exclusão em relação aos usuários da maconha”, assinala Vidal. Questionado sobre o fato do MP argumentar que o site utilizado para divulgar o evento seria “clandestino”, ele lembra que o Coletivo Marcha da Maconha Salvador, formado por estudantes de universidades públicas e privadas na capital baiana, é responsável pela organização do evento e todos os contatos estão disponibilizados no site.
A Tarde On Line,30/04/2009 às 10:52 | ATUALIZADA EM: 30/04/2009 às 13:08
Eder Luis Santana | A Tarde On Line
A juíza Nartir Dantas, da 2ª Vara Privativa de Tóxicos, acatou o pedido feito por quatro promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco), do Ministério Público Estadual (MPE), e impetrou liminar suspendendo a realização da Marcha da Maconha em Salvador. O evento estava programado para acontecer no próximo domingo, dia 3, no Farol da Barra.
Os promotores ingressaram com uma ação cautelar ontem, alegando que a Marcha da Maconha faria apologia ao uso de drogas, sendo organizada por pessoas não identificadas que estariam se reunindo para discutir o assunto por meio de um site que não aponta quem são os responsáveis do evento. Além disso, o MPE defende também que atos públicos desse tipo serviriam para divulgar a informação de que a maconha faria bem à saúde física e mental de seus usuários.
Essa é a segunda vez que o MPE consegue intervir nesse movimento. No ano passado, uma liminar embargou o ato público que sairia do Campo Grande até a Praça da Sé. Cerca de 50 pessoas chegaram a ir ao local com faixas e cartazes para protestar dentro do que chamavam de “Marcha da Democracia”. Ainda assim, a polícia foi acionada para inibir a ação dos jovens.
REPERCUSSÃO – Este ano, uma cópia da liminar será enviada a outros 14 estados onde estão agendadas Marchas da Maconha entre os dias 2, 3 e 9 de maio. A ideia é fazer com que o evento seja embargado com antecedência, como aconteceu em João Pessoa (PB), onde a Justiça também exigiu o cancelamento. No entanto, pelo menos no Rio de Janeiro já foi conseguido um habeas corpus que garante a realização no dia 9.
Ao saber da decisão judicial, o representante da União Nacional dos Estudantes no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), Sérgio Vidal, lamenta que mais uma vez seja vedado o direito de discutir uma questão importante como o uso da maconha.
Sérgio explica que a Marcha teria o objetivo de promover reflexões sobre a política de leis relacionadas a drogas no Brasil. “Não é um evento somente para usuário de maconha. É para qualquer pessoa que se interesse por esse debate”, afirma, após lembrar que desde a semana passada 10 mil panfletos vinham sendo entregues em bares e shows para alertar sobre o dia do evento e pedir que ninguém fumasse maconha durante a Marcha.
“Com esse tipo de ação, o MP reforça a exclusão em relação aos usuários da maconha”, assinala Vidal. Questionado sobre o fato do MP argumentar que o site utilizado para divulgar o evento seria “clandestino”, ele lembra que o Coletivo Marcha da Maconha Salvador, formado por estudantes de universidades públicas e privadas na capital baiana, é responsável pela organização do evento e todos os contatos estão disponibilizados no site.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Ronaldo Junior: O lugar da esquerda é na Marcha da Maconha
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=55186
VERMELHO, 29 DE ABRIL DE 2009 - 21h49
De 2 a 9 de maio, 13 capitais brasileiras, e centenas de cidades em todo o mundo, estarão realizadno a Marcha da Maconha. Trata-se de um coletivo que tem como objetivo aglutinar e organizar fóruns e espaços de debates que, além de fomentar a organização, conduzam a formulação de políticas publicas sobre a legalização da maconha e seus usos.
Por Ronaldo Pinto Junior, diretor de Assistência Estudantil da UNE
Marcha do Fórum Social de Belém, em janeiro de 2009
No último ano, a exploração da mídia e medidas judiciais repressivas colocou a Marcha da Maconha em evidência no cenário nacional. Embora a mídia conservadora não aprofunde o debate da legalização da maconha e as medidas judiciais tenham tido o objetivo de reprimir a livre organização da Marcha, existe hoje um sentimento que o movimento tem crescido e pautado importantes debates Brasil afora.
Recentemente o ex-presidente FHC, em conjunto com César Gaviria (ex-presidente da Colômbia) e Ernesto Zedillo (ex-presidente do México), através da Comissão Latino-Americana de Drogas e Democracia, publicou um artigo defendendo a legalização da maconha para uso pessoal.
Gostaria aqui de levantar algumas questões sobre o posicionamento de FHC. Mas antes é necessário mais uma vez criticar o papel que a mídia jogou neste episódio. FHC foi rotulado como um dos pioneiros no debate da legalização da maconha, ignorando toda construção social que a Marcha da Maconha, entre outros coletivos do gênero, acumularam no ultimo período. Se hoje o debate está na pauta nacional, quem menos contribuiu para isso foi o ex-presidente, diferente do que a maioria dos meios de comunicação tenta colocar na cabeça dos brasileiros.
Durante sua gestão de oito anos FHC fez muito pouco pela causa. O SUS (Sistema ùnico de Saúde) nunca apresentou uma política real de redução de danos e de recuperação de viciados em todos os tipos de drogas. A relação de FHC com os movimentos sociais, hoje pioneiros no debate da legalização da maconha, sempre foi péssima. No caso da UNE, a entidade nunca foi recebida pelo ex-presidente e ainda sofreu duros golpes como o PL (Projeto de Lei) das carteirinhas.
Por fim, a política que o partido do ex-presidente implementa na ultima década vai em total desacordo com a bandeira da legalização da maconha. O Brasil, enquanto dirigido pelo PSDB, sempre cumpriu um papel de capacho das potências mundiais, refletindo o debate reacionário imposto pelos EUA e pela ONU, principalmente desencadeando políticas repressivas de controle do tráfico, focando a ação do Estado sobre o usuário.
Prova disso é a criação da 1ª Secretaria Municipal Anti-Drogas de Curitiba, uma das principais ''grandes ações da prefeitura'', defendida durante campanha do tucano Beto Richa a prefeitura da capital paranaense. O governo de Goiás, quando dirigido pelos tucanos, matou mais jovens do que durante toda a ditadura militar através da polícia de elite que tinha como principal tarefa combater o tráfico e promover a segurança social.
Mais uma vez, FHC distorce a realidade e resume o debate da legalização da maconha somente sobre o foco da liberdade individual do usuário. Deixa de lado todo acúmulo que comprova que a maconha foi taxada como ilegal em nosso país por conta da pressão econômica imposta pelos EUA no começo do século 20 (leia-se indústria do algodão, álcool e farmacêutica principalmente), e pela perseguição a ritos culturais e religiosos onde se fazia o consumo da maconha, por conta da pressão da Igreja Católica.
Submeter o debate da legalização da maconha somente sobre a liberdade individual do usuário, deixando de lado debates como a da produçãoe a da comecialização da maconha, é recuar sobre o que já acumulamos na luta pela legalização da cannabis sativa.
Diversos movimentos sociais e partidos de esquerda aprovaram resoluções sobre a legalização da maconha levando em consideração o acúmulo que movimentos como a Marcha Mundial da Maconha produziu no ultimo período.
Chegou à hora de mostrar que a luta se constrói na prática. Confira a agenda de mobilizações da Marcha da Maconha (www.marchadamaconha.org), pegue sua bandeira, sua faixa e ocupe as ruas das principais capitais do país para defender a liberdade de expressão e a legalização da maconha. Libertem as plantas!
VERMELHO, 29 DE ABRIL DE 2009 - 21h49
De 2 a 9 de maio, 13 capitais brasileiras, e centenas de cidades em todo o mundo, estarão realizadno a Marcha da Maconha. Trata-se de um coletivo que tem como objetivo aglutinar e organizar fóruns e espaços de debates que, além de fomentar a organização, conduzam a formulação de políticas publicas sobre a legalização da maconha e seus usos.
Por Ronaldo Pinto Junior, diretor de Assistência Estudantil da UNE
Marcha do Fórum Social de Belém, em janeiro de 2009
No último ano, a exploração da mídia e medidas judiciais repressivas colocou a Marcha da Maconha em evidência no cenário nacional. Embora a mídia conservadora não aprofunde o debate da legalização da maconha e as medidas judiciais tenham tido o objetivo de reprimir a livre organização da Marcha, existe hoje um sentimento que o movimento tem crescido e pautado importantes debates Brasil afora.
Recentemente o ex-presidente FHC, em conjunto com César Gaviria (ex-presidente da Colômbia) e Ernesto Zedillo (ex-presidente do México), através da Comissão Latino-Americana de Drogas e Democracia, publicou um artigo defendendo a legalização da maconha para uso pessoal.
Gostaria aqui de levantar algumas questões sobre o posicionamento de FHC. Mas antes é necessário mais uma vez criticar o papel que a mídia jogou neste episódio. FHC foi rotulado como um dos pioneiros no debate da legalização da maconha, ignorando toda construção social que a Marcha da Maconha, entre outros coletivos do gênero, acumularam no ultimo período. Se hoje o debate está na pauta nacional, quem menos contribuiu para isso foi o ex-presidente, diferente do que a maioria dos meios de comunicação tenta colocar na cabeça dos brasileiros.
Durante sua gestão de oito anos FHC fez muito pouco pela causa. O SUS (Sistema ùnico de Saúde) nunca apresentou uma política real de redução de danos e de recuperação de viciados em todos os tipos de drogas. A relação de FHC com os movimentos sociais, hoje pioneiros no debate da legalização da maconha, sempre foi péssima. No caso da UNE, a entidade nunca foi recebida pelo ex-presidente e ainda sofreu duros golpes como o PL (Projeto de Lei) das carteirinhas.
Por fim, a política que o partido do ex-presidente implementa na ultima década vai em total desacordo com a bandeira da legalização da maconha. O Brasil, enquanto dirigido pelo PSDB, sempre cumpriu um papel de capacho das potências mundiais, refletindo o debate reacionário imposto pelos EUA e pela ONU, principalmente desencadeando políticas repressivas de controle do tráfico, focando a ação do Estado sobre o usuário.
Prova disso é a criação da 1ª Secretaria Municipal Anti-Drogas de Curitiba, uma das principais ''grandes ações da prefeitura'', defendida durante campanha do tucano Beto Richa a prefeitura da capital paranaense. O governo de Goiás, quando dirigido pelos tucanos, matou mais jovens do que durante toda a ditadura militar através da polícia de elite que tinha como principal tarefa combater o tráfico e promover a segurança social.
Mais uma vez, FHC distorce a realidade e resume o debate da legalização da maconha somente sobre o foco da liberdade individual do usuário. Deixa de lado todo acúmulo que comprova que a maconha foi taxada como ilegal em nosso país por conta da pressão econômica imposta pelos EUA no começo do século 20 (leia-se indústria do algodão, álcool e farmacêutica principalmente), e pela perseguição a ritos culturais e religiosos onde se fazia o consumo da maconha, por conta da pressão da Igreja Católica.
Submeter o debate da legalização da maconha somente sobre a liberdade individual do usuário, deixando de lado debates como a da produçãoe a da comecialização da maconha, é recuar sobre o que já acumulamos na luta pela legalização da cannabis sativa.
Diversos movimentos sociais e partidos de esquerda aprovaram resoluções sobre a legalização da maconha levando em consideração o acúmulo que movimentos como a Marcha Mundial da Maconha produziu no ultimo período.
Chegou à hora de mostrar que a luta se constrói na prática. Confira a agenda de mobilizações da Marcha da Maconha (www.marchadamaconha.org), pegue sua bandeira, sua faixa e ocupe as ruas das principais capitais do país para defender a liberdade de expressão e a legalização da maconha. Libertem as plantas!
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