sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Maconha pode ajudar pacientes com esclerose múltipla

10/09/2004 - 13:52 | Edição nº 329 , ÉPOCA



Há benefícios na utilização de medicamentos compostos por maconha para os pacientes com esclerose múltipla, revelou um grande estudo britânico

De acordo com John Zajicek, que chefia os exames, há evidências de um efeito benéfico a longo prazo. O cientista afirmou que as informações obtidas confirmam a idéia de que os remédios com a erva aliviariam dores crônicas dos doentes. Os novos resultados atualizaram um estudo publicado no jornal "The Lancet" em 2003.

O estudo de 15 semanas mostrou que os pacientes que estavam tomando remédios que incluíam maconha aliviaram alguns sintomas dolorosos da esclerose múltipla. A análise dos dados, contudo, revelou pouca redução nos espasmos. A alteração da contração súbita e involuntária da musculatura era um dos testes cruciais para avaliar os medicamentos.

Zajicek, da Escola Médica Península, em Devon, defende que a avaliação pode ter sido prematura. Segundo ele, um monitoramento a longo prazo apontou para uma grande melhora nessa área.

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Holanda começa a entregar maconha para farmácias

2 de setembro de 2003, Folha de S. Paulo
Holanda começa a entregar maconha para farmácias

Reuters (Guido Benschop)

O início do programa holandês de venda de maconha como uma droga sob prescrição para pacientes com doenças crônicas está sendo observado com atenção por outros países europeus.

Segundo o Ministério da Saúde holandês, Reino Unido, Bélgica e Luxemburgo se interessaram em ver como a Holanda se sai na condição de primeiro país do mundo a vender maconha sob prescrição.

A medida holandesa é a última ação pioneira na área de reforma social num país que foi o primeiro a legalizar a eutanásia e onde a maconha, apesar de ilegal, é vendida em cafés autorizados.

Os dois fornecedores contratados pelo governo começaram ontem a transportar a droga para várias farmácias no país, onde vai estar disponível para venda aos pacientes, em fracos de cinco gramas, até o final da semana.

O uso será permitido para aliviar sintomas relacionados ao tratamento de câncer terminal, AIDS, esclerose múltipla e síndrome de Tourette (que causa tiques e movimentos involuntários).

O Ministério da Saúde espera que a maconha seja consumida por de 4.000 a 7.000 pacientes, subindo para 15 mil em 2004. O governo tem o monopólio do comércio da droga, produzida pelos dois laboratórios autorizados.

A maconha começou a ter seus benefícios medicinais estudados na Holanda, em 2000. Rapidamente, foi dado o primeiro passo para autorizar o uso em tratamento médico com a criação do Escritório de Cannabis Medicinal.

O uso da droga foi aprovado apenas como último recurso e para doenças em que os estudos científicos mostram benefícios.

O programa holandês também reflete o fato de que muitos doentes já compravam a maconha para aliviar a dor, em cafés ou de forma ilegal. "É agora um método seguro, porque a qualidade está garantida", disse uma autoridade do Ministério da Saúde. A recomendação é que a maconha seja usada em inalação ou na forma de chá, pois a fumaça do cigarro traria efeitos nocivos. Críticos dizem que não há testes suficientes sobre os efeitos terapêuticos da droga e que o seu uso aumenta as chances de depressão e esquizofrenia. A associação de farmacêuticos admite efeitos negativos da droga.

Já a associação holandesa dos portadores de HIV pediu que os seguros de saúde cubram os custos da maconha. Surgiram mais críticas sobre o preço da droga do que com as preocupações médicas ou legais.

A maconha nas farmácias será mais cara do que nos cafés. O frasco da versão SIMM18 custará 44 (R$ 143). O da Bedrocan, mais forte, 50 (R$ 162). Isso, segundo o governo, reflete a alta qualidade e a cobrança de 6% de imposto.

Fonte: http://www.gabeira.com.br/causas/subareas.asp?idArea=1&idSubArea=208
 

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