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O Diário Maringá, Maringá | Criado 10/09/2009 02h00 / Atualizado 10/09/2009 02h00
Para a diretora do CapsAD, Ângela Maria Nogueira, a descriminalização do uso da maconha poderá piorar a epidemia de drogas em Maringá. O CapsAD é uma unidade de saúde especializada na recuperação de dependentes químicos e entre os pacientes atendidos, cerca de 10% são usuários apenas da maconha.
“Mesmo o foco do problema em Maringá ser o crack e o álcool, a maconha é uma das primeiras drogas a serem experimentadas pelas pessoas. Um jovem, sem muita consciência, pode ser levado a consumir outras drogas”, comenta Ângela.
A diretora acredita que, apesar de sua posição contrária, a legislação brasileira caminha para uma maior tolerância ao uso da Cannabis. Nesse contexto, seriam necessárias algumas restrições para limitar o aumento do consumo.
“Quando se discute a legalização da maconha, estamos falando de uma permissão para quem já usa a droga. Quem não é usuário não poderá ter acesso”, afirma Ângela.
Na edição do último domingo do jornal britânico The Guardian, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou a opinião de outros autores de que o modelo de repressão e guerra contra as drogas no mundo faliu. O ex-presidente diz que, mesmo com todo gasto em repressão, a América Latina tornou-se o maior exportador de cocaína e maconha do mundo.
O ex-presidente colombiano César Gaviria, o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo e FHC publicaram uma declaração favorável à descriminalização da maconha.
Depois disso, a Suprema Corte Argentina e a legislação mexicana modificaram o tratamento ao usuário da droga. Para FHC, a mudança no Brasil é iminente: “A legislação brasileira está prestes a considerar uma nova lei que remove penalidades por consumo de pequenas quantidades de maconha”.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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