sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Crimes ligados à porte ou consumo de maconha aumentam no Japão

http://www.ipcdigital.com/ver_noticiaA.asp?descrIdioma=br&codNoticia=15658&codPagina=16274&codSecao=302
IPCDIGITAL
Publicado em 20/2/2009 15:21:42

Lutadores de sumô, universitários e até artistas estiveram envolvidos, em 2008, em escândalos e casos envolvendo porte de maconha. Mas para a polícia japonesa, eles são apenas a ponta do iceberg, já que o número de violações envolvendo a droga atingiu níveis recordes.

Segundo a Agência de Polícia Nacional, foram registrados 3.832 casos ligados a porte, consumo ou venda de cannabis, que resultaram na prisão de 2.778 pessoas. Os números são os mais altos desde que a polícia começou os registros, em 1956.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A falsa polêmica da maconha

fonte: OGLOBO
Enviado por Demóstenes Torres -19.2.2009| 11h10m
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=a-falsa-polemica-da-maconha&cod_Post=162756&a=111

Reunida na semana passada no Rio de Janeiro, certa Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, integrada por três ex-presidentes da República do Brasil, do México e da Colômbia, decidiu recomendar a descriminalização do uso da maconha. No caso brasileiro, a sugestão não tem efeito prático já que desde a promulgação da Lei 11.343 de 2006, o porte para uso não só de maconha, mas todo tipo de droga ilegal está tacitamente liberado.

No texto da legislação revolucionária elaborada pelo Ministério da Justiça, criou-se a figura esdrúxula da despenalização do consumo. Explico: a conduta é tipificada como crime, mas não há sanção penal de restrição da liberdade. A intenção do governo era adotar uma medida do tipo “liberou geral”, no entanto para escamotear a providência desastrosa preferiu-se uma saída à brasileira. Vale ressaltar que embora seja obra do lulismo, a liberação do uso das drogas no Brasil não ocorreu antes por falta de absoluta coragem política do tucanato, que sempre cultivou a iniciativa com certo idealismo.

Por um lado mantiveram a classificação do uso como crime para não escandalizar os setores mais conservadores como a Igreja. Com a outra mão extinguiram a pena de prisão para agradar ao pessoal do fumacê. Além de liberar o uso de qualquer tipo de substância entorpecente, a mesma lei que tem o título pomposo de instituir o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, deu um passo à frente e autorizou o ciclo completo da agricultura de tais produtos para autoconsumo.

Observem que o zeloso legislador teve o cuidado de prescrever para a conduta de semear, cultivar e colher plantas destinadas à produção de drogas as mesmas medidas impostas ao usuário. Medidas? Que Medidas? Pilhado em flagrante fumando maconha ou cultivando lavoura individual de Cannabis sativa, por exemplo, o indivíduo sofrerá a rigorosa sanção de ser advertido sobre os efeitos da droga; prestar serviço à comunidade ou se submeter a programa educativo. E se ele não se submeter a tais “medidas educativas?”. Aí sim, receberá uma severa admoestação verbal ou multa. E se não cumprir nada? Nada acontecerá. É brincadeira!

O Brasil acredita que elaborou uma legislação vanguardista sobre drogas quando determinou tremendo retrocesso às políticas destinadas ao setor. O consumidor é parte integrante do ciclo da produção e da comercialização de substâncias entorpecentes ilegais e jamais poderia ser acolhido com a impunidade. Liberar o consumo equivale a estimular o aumento do número de usuários, o que está na contramão de todas as políticas sérias desenvolvidas no mundo.

É bastante citado como avanço o caso da Holanda, que liberou a produção e o consumo de maconha com intenção de diminuir os efeitos do tráfico, quando a política hoje se mostra desastrosa e mobiliza as autoridades do país no sentido de removê-las. A Inglaterra recuou daquela tendência e voltou a classificar o uso da maconha como crime e os EUA estão corretíssimos ao penalizar o usuário, já que são os maiores consumidores individuais do planeta.

Essa história de descriminalizar o uso de drogas sob a nomenclatura de política de redução dos danos é uma grande empulhação. Não há nada de preventivo nisso. Ao contrário, trata-se de um fator estimulante do consumo, que alimenta o tráfico, que por sua vez se fortalece na escala delituosa com o contrabando de armas, se conecta a outras formas de crime organizado por meio da lavagem de dinheiro e finalmente irriga as campanhas eleitorais de muitos bandidos que atuam na política brasileira. Não há polêmica no ar, a não ser o retorno à criminalização do uso das drogas.



Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

ROLLING STONES: "Até hoje fumo maconha o tempo todo..."

CARAS Revista - Edição 753 - Ano 15 - Número 15
http://www.caras.com.br/edicoes/753/textos/6233/

Os Rolling Stones - Mick Jagger (64), Keith Richards (64), Ron Wood (60) e Charlie Watts (66) - ganharam um novo companheiro. O premiado diretor Martin Scorsese (65) se uniu à banda para lançar o documentário Shine a Light, um registro de dois shows no Bacon Theatre, em NY, palco da première.

O filme, em cartaz no Brasil, mostra a irreverência do grupo. Postura que Keith quis manter no lançamento, quando falou sobre as dificuldades que enfrenta para escrever sua biografia. "Não lembro de muita coisa. Até hoje fumo maconha o tempo todo", justificou.

Elton John declara que maconha prejudicou sua voz

25/10/2004 - 14:33 | Edição nº 336 , ÉPOCA

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG67158-6011,00-ELTON+JOHN+DECLARA+QUE+MACONHA+PREJUDICOU+SUA+VOZ.html

O cantor Elton John revelou, em uma entrevista a uma TV canadense, que a cirurgia que fez na garganta, em 1987, foi necessária por causa da grande quantidade de maconha que fumava na época.


Ele afirmou que o médico que o atendeu percebeu o problema na primeira consulta. 'A primeira coisa que o médico me disse foi: 'Você fuma bastante maconha, não fuma?'', contou John. 'Eu engasguei e disse: 'Como você sabe disso?' E o médico disse: 'Eu posso dizer pelo jeito que você fala. Se você é cantor, a pior coisa que pode fazer é fumar'.'

Informações do site da MTV brasileira.

Cérebro produz substância com efeito analgésico similar ao da maconha

23/06/2005 - 15:17 | Edição nº 370, ÉPOCA

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG70797-6014,00-CEREBRO+PRODUZ+SUBSTANCIA+COM+EFEITO+ANALGESICO+SIMILAR+AO+DA+MACONHA.html

O cérebro produz uma substância química semelhante a compostos presentes na maconha que ajuda a aliviar a dor, segundo pesquisadores americanos. Os cientistas informaram que a descoberta pode apontar para novos medicamentos para estimular essa resposta natural do organismo.

Estudos recentes na mesma área tentam produzir medicamentos a partir de elementos da maconha. A equipe americana, por sua vez, afirmou em artigo na revista 'Nature' que entender como a substância produzida no cérebro funciona pode levar a remédios com menos efeitos colaterais.

Quando o organismo sofre dor em circunstâncias estressantes, como a de ser baleado, é protegido por um certo período. A proteção contra dor recebe o nome de analgesia induzida por estresse.

As universidades americanas da Califórnia e da Geórgia conduziram um estudo com ratos de laboratório que verificou, pela primeira vez, como substâncias químicas chamadas endocanabinóides desempenham um papel nesse processo.

A pesquisa descobriu que a produção do composto canabinóide 2-AG é provocada por dor ligada a estresse. Depois de algum tempo, uma determinada enzima interrompe a produção do composto.

Como os estudiosos conseguiram desenvolver uma substância química para bloquear a ação dessa enzima, teoricamente, o organismo poderia continuar a produzir 2-AG.

Estudo reforça idéia de que maconha leva a outros vícios

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR55164-6010,00.html

Revista Galileu

Quanto mais cedo uma pessoa começa a fumar maconha, maior é a probabilidade de ela se tornar dependente de álcool ou de outras drogas no futuro. Essa tese foi reforçada em uma pesquisa feita por cientistas dos EUA e da Austrália, publicada na edição de 22 de janeiro do "Journal of the American Medical Association".

Pesquisas anteriores já associavam a maconha com o aumento do risco do uso de drogas consideradas "mais pesadas". Porém, esses estudos se baseavam em depoimentos de dependentes de heroína e cocaína afirmando que começaram se viciando em maconha. A nova pesquisa, realizada pela Universidade de Washington, nos EUA, em parceria com o Instituto de Pesquisas Médicas de Queensland, na Austrália, faz o caminho inverso, tentando descobrir se jovens usuários da planta tiveram de fato problemas posteriores com outras drogas.

Para eliminar os fatores que podem predispor as pessoas ao vício - como a genética, o ambiente e o histórico familiar - a equipe estudou 311 pares de gêmeos australianos do mesmo sexo. Em todos os casos, um dos irmãos havia começado a fumar maconha antes dos 17 anos e o outro não. "Estudando gêmeos, nós pudemos comparar indivíduos com a mesma idade, a mesma família e com os mesmos genes, nos casos de gêmeos idênticos", explica Michael Lynskey, um dos responsáveis pela pesquisa.

Os irmãos foram entrevistados quando tinham cerca de 30 anos. Aqueles que começaram a fumar maconha antes dos 17 apresentaram as maiores taxas de problemas com álcool e outras drogas. Cerca de 46% deles afirmaram terem abusado ou se tornado dependentes de maconha, e 43% se tornaram alcoólatras. Eles também utilizaram mais drogas pesadas, como cocaína e outros estimulantes (48%), heroína (14%) e alucinógenos (35%). Essas taxas foram de 2 a 5 vezes maiores que as taxas observadas nos irmãos que não tinham usado maconha até os 17 anos.

"Acredito que é necessário informar os pais de adolescentes que a maioria dos jovens que fumam maconha não enfrentam problemas mais sérios com outras drogas, mas que o risco é maior", afirma o professor de psiquiatria Andrew Heath, líder da pesquisa.

Maconha: é hora de legalizar?

13/02/2009 - 22:42 - Atualizado em 14/02/2009 - 00:18
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI26753-15228,00-MACONHA+E+HORA+DE+LEGALIZAR.html

Por que um grupo cada vez maior de políticos e intelectuais – entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – defende a legalização do consumo pessoal de maconha
Ruth de Aquino. Com Martha Mendonça, Nelito Fernandes, Wálter Nunes e Rafael Pereira
Shutterstock

Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.

Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.

Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.

A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.

Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade. Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.

Fotos: Torsten Blackwood/AFP, Gabriel de Paiva/Ag. O Globo e Wilton Júnior/AE
EXPERIÊNCIA
Os ex-presidentes Ernesto Zedillo, César Gaviria e Fernando Henrique (da esq. para a dir.), em encontro no Rio, na semana passada. Eles defenderam a revisão das leis contra as drogas e a descriminalização da posse de pequenas quantidades de maconha

O que pode parecer a conservadores uma tremenda ousadia não passa, na verdade, de um gesto simbólico do continente produtor de drogas, a América Latina. Um gesto com os olhos voltados para o Norte, o hemisfério consumidor por excelência. Nos Estados Unidos, ainda se encarceram usuários na maioria dos Estados, e a Europa faz vista grossa ao consumo, mas não muda sua legislação. A comissão latino-americana acha “imperativo retificar a estratégia de guerra às drogas dos últimos 30 anos”. Nosso continente continua sendo o maior exportador mundial de cocaína e maconha, mas produz cada vez mais ópio e heroína e debuta na produção de drogas sintéticas. Um maior realismo no combate às drogas, sem preconceito ou visões ideológicas, ajudaria a reduzir danos às pessoas, sociedades e instituições.

Há quem discorde dessa visão, com base em argumentos também poderosos. Com a liberação do consumo da maconha, mais gente experimentaria a droga. Isso aumentaria o número de dependentes e mais gente sofreria de psicoses, esquizofrenia e dos males associados a ela. Mais gente morreria vítima desses males. “Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada”, afirma Elisaldo Carlini, médico psicofarmacologista que trabalha no Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid). “Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo”.

Liberar ou não liberar?
Vidas e recursos seriam economizados com a legalização das drogas, mas o número de viciados seria maior
Revista Época Revista Época
  • Menos pessoas morreriam no combate ao tráfico
  • As violentas disputas entre traficantes pelo mercado de drogas não terminariam
  • Centenas de bilhões gastos todo ano por governos do mundo todo com a repressão às drogas poderiam ser investidos em outras áreas
  • Com mais viciados, poderia haver um aumento no número de crimes cometidos, em busca de dinheiro para sustentar o vício
  • Poderia haver redução da criminalidade, pois muitos crimes são cometidos para financiar o tráfico
  • Poderia haver um aumento no número de dependentes, pois as drogas seriam mais baratas e acessíveis
  • Haveria menos presos apenas por uso de drogas e, portanto, haveria mais espaço nas cadeias para criminosos perigosos
  • Grandes indústrias poderiam distribuir drogas e, como fazem com cigarros ou álcool, incentivar seu consumo
  • Poderia haver maior controle de qualidade das drogas, o que reduziria o número de mortes
  • Os sistemas públicos de saúde gastariam mais com o tratamento dos dependentes

Eles já foram punidos
Esportistas e artistas tiveram problemas pelo uso da maconha
Gail Burton
Michael Phelps
Nadador
O campeão olímpico foi suspenso por três meses por ter sido fotografado inalando maconha em uma festa
Rogério Albuquerque
Soninha
Vereadora
Ela perdeu o emprego de apresentadora na TV Cultura porque disse a ÉPOCA, em 2001, que fumava maconha
 Leonardo Aversa
Marcelo D2
Cantor
Ele afirma fumar maconha todos os dias e já foi preso após um show, quando defendeu a liberação da droga
Marcos Ramos
Marcello Antony
Ator
Foi preso em 2004 quando comprava uma pequena quantidade de maconha de um traficante
Deco Rodrigues
Giba
Jogador de vôlei
Foi suspenso do esporte em 2003 porque um exame antidoping acusou o uso de maconha

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cannabis Hemp: Culturas de ontem e amanhã, quando precisamos deles hoje

Cannabis Hemp: Crops for yesterday and tomorrow, when we need them today
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4272652198135541744

Sabia que a palavra "Cannabis" provém da palavra holandesa para "Canavas"?

http://pr.cannazine.co.uk: Acre por acre, cânhamo cannabis é uma fonte de proteína mais econômico do que gado, e de acordo com a British Cannabis thats Lobby agora se tornou um unignorable estatística na atual crise ambiental nos encontramos .

Cânhamo industrial pode ser cultivada sem o uso de pesticidas e fertilizantes, com pouca ou nenhuma. E, de acordo com a Cannabis Lobby devíamos estar vendo ele aparecendo como uma das culturas arvenses em cada exploração agrícola no país, como também sequesters milhares de toneladas de CO2 - o principal gás com efeito de estufa, a partir do ambiente simplesmente pelo crescimento dele.

Como é?

Imagem
Cânhamo industrial. Nós realmente precisamos de volta ..

A força intrínseca do cânhamo industrial tem sido conhecida há séculos, como o seu navegado o rampaging frota naval britânica em todo o mundo desde tempos imemoriais. Mas que a sua força interior, que também detém a chave para inverter o aquecimento global.

Por quê?

Quando ele chama cânhamo cresce em tudo que precisa através de suas raízes. Tudo o que é, além do mais importante componente químico de todos.

Carbono. Os verdadeiros "tijolos" a planta usa para construir em si.

Cânhamo industrial tem um lendário apetite de carbono, que, tendo colheitas de CO2 a partir do ambiente em que cresce, e em troca ela libera uma molécula de oxigênio. A limpeza e purificação da atmosfera feliz como um subproduto do crescimento de longo alcance cânhamo industrial culturas.

É condições do solo em que cresce, e as raízes profundas itinerante romper compacto baseado solos argilosos ou torná-lo um ótimo alternando cultura. Também remove as impurezas do solo com eficiência fantástica. O motivo da terra em torno de Chernobyl, palco do pior vazamento reactor nuclear da história, continua a este dia, a crescer grande cânhamo culturas.

Então, por que os agricultores britânicos não crescer Industrial cânhamo?
Isso é uma grande questão quando se ter em mente, existem 45 nutrientes que homem não pode viver sem, e que seu corpo não pode fabricar;

- 21 minerais, 13 vitaminas, aminoácidos e oito dois ácidos gordos essenciais.

Nenhum alimento tem todos eles, mas tem todas as sementes de cânhamo oito aminoácidos e pressionou o óleo da semente de cânhamo é uma das mais conhecidas fontes de dois ácidos graxos essenciais (EFA's), não podemos viver sem; Omega-3 AIpha ácido linolênico e Omega 6 Liholeic ácidos, e é mais do que 90 por cento insaturados, seu grande significado para o seu coração.

Mas thats não todos.

EFA's são tão vitais para a vida humana, como vitaminas e minerais. Nutricionistas referir-se a estes ácidos gordos polinsaturados como "Vitamina K 'e comumente recomendar EFA's para a redução da pressão arterial, colesterol e níveis triglyeride.

Eles também desempenham um papel importante na redução de risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral. Eles melhoram o crescimento celular, órgão função, vitalidade, estado mental, pensamento e melhorar processos com o transporte de oxigênio, elétrons e de energia em todo o nosso organismo.

Sementes de linho ou «linho» de petróleo tenha sido anteriormente visto como uma boa fonte, ambos contendo ômega-3 e ômega-6 gorduras.

No entanto, nutricionistas acreditam que o melhor rácio é três vezes mais ômega-6, ômega-3, e os únicos que contêm óleo de cânhamo é.

Óleo de sementes de cânhamo é também uma fonte de vitaminas A e E que são poderosos antioxidantes (anti toxina / radicais livres).

A proteína em sementes de cânhamo é muito semelhante à proteína no plasma do sangue humano. Por isso, é fácil de digerir.

Esta é uma boa notícia para aqueles que têm problemas com as vacas e leite de soja ou como sementes de cânhamo não contém os inibidores da tripsina anti-nutrientes encontrados em leite de soja.

Em suma, a humanidade precisa de ter cannabis cânhamo costas, e os britânicos Cannabis Lobby é discutir tendo-lo de volta "Um pé quadrado de uma vez".

Queira juntar a nós e ver a parte que você pode jogar.

A British Cannabis Lobby
http://forum.cannabislobby.org

Phelps suspenso três meses por fumar cannabis

06 FEV 09 às 06:39
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1133041


Michael Phelps acaba de ser suspenso por três meses de todas as competições ligadas à natação por ter sido fotografado a usar uma garrafa de água em vidro para fumar cannabis.

A decisão partiu da federação de natação dos Estados Unidos. Phelps, que conquistou quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, já lamentou esta situação, apresentou desculpas pela sua «conduta deplorável» e qualificou o seu comportamento como «estúpido».

As declarações de Phelps surgiram alguns dias depois de uma fotografia que mostra o nadador preparado para consumir cannabis, com data de Novembro, aparecer no jornal britânico News of The World.

O norte-americano indicou que não é um consumidor regular desta substância.

Antes desta decisão da federação de natação dos Estados Unidos, tanto o Comité Olímpico Internacional, como o órgão máximo da natação mundial tentaram colocar água na fervura, dizendo que aceitavam as desculpas do nadador.

A federação norte-americana castigou Fhelps não por doping, mas por má conduta, alegando que estava a dar um mau exemplo aos jovens nadadores.

Há quatro anos, o nadador, então com 19 anos, foi acusado de conduzir embriagado, alguns meses depois de ter ganho seis medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Internautas são contra a legalização da maconha

Segunda-Feira, 09/02/2009, 14:48h
http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=29197


BELÉM (PA) – Durante o Fórum Social Mundial, realizado em Belém entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro, centenas de pessoas participaram da Marcha pela Legalização da Maconha. Entre os argumentos dos partidários da liberação da maconha, se destaca o combate a todos os problemas do tráfico, que podiam ser resolvidos com a legalização.

Em enquete realizada pelo site do Diário do Pará, 77% das pessoas (575) declaram que não são a favor da legalização da droga. Apenas 23% (171) disse ser a favor do livre comércio da maconha. Ao todo, 750 pessoas participaram na enquete.

Os integrantes da marcha percorreram as ruas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e depois seguiram pela avenida Perimetral até a Universidade Federal do Pará (UFPA), onde terminaram o manifesto fumando juntos diversos cigarros de maconha, os chamados “baseados”, à beira do rio Guamá.

A Marcha da Maconha é um movimento global, geralmente marcado por manifestações políticas em diversos locais do mundo durante o mês de maio. Ano passado, o movimento foi proibido na cidade do Rio de Janeiro, onde funciona a organização nacional da marcha.

Entre os argumentos dos partidários da liberação da maconha, se destacam o combate a todos os problemas do tráfico, que podiam ser resolvidos com a legalização. “A Marcha da Maconha Brasil é um movimento social, cultural e político, cujo objetivo é questionar a proibição hoje vigente em nosso país em relação ao plantio e consumo da cannabis, tanto para fins medicinais quanto recreativos”, diz a carta de princípios do movimento. (Diário Online)

Decálogo

Fernando Gabeira

Existe na natureza uma planta estratégica para o mundo moderno. Capaz de entrelaçar duas lutas vitais deste fim de século: o desenvolvimento sustentável e as liberdades individuais.

Cannabis sativa é o nome da planta. Estratégica, porém proibida.

A seguir, dez maneiras de dizer uma coisa só: Legalize!

1.

Não é de hoje que a Cannabis sativa é usada pelo homem. Em 2.800 antes de Cristo ela já era cultivada pelos chineses para extração de fibra. As caravelas usadas na descoberta da América tinham suas velas feitas a partir da Cannabis (mais tarde, Napoleão tentaria liquidar a marinha britânica barrando a chegada da Cannabis russa). Estima-se que, no final do século passado, até 90% do papel usado no mundo provinha da Cannabis, da qual foi feita a primeira Constituição dos Estados Unidos. Os primeiros jeans também foram feitos da fibra da planta. De uma maneira ou de outra, a Cannabis atravessa toda a história da Humanidade.

2.

Seria, então, uma planta milagrosa? Quase. Da Cannabis pode-se extrair 25 mil produtos de uso essencial para a sociedade moderna. Roupas, calçados, produtos de beleza, óleo de cozinha, chocolate, sabão em pó, papel, tintas, isolantes, combustível, material de construção, carrocerias de carro e muitos outros produtos fazem da Cannabis uma matéria-prima valiosa para a indústria mundial.

3.

A Cannabis sempre foi usada como instrumento religioso. Suas sementes eram queimadas pelos sacerdotes para produzir os transes místicos. Seu uso com fins recreativos começou entre os gregos, nos grandes banquetes.

4.

O uso industrial da Cannabis sativa foi em grande parte sufocado por uma campanha agressiva de um concorrente direto, a indústria do petróleo. Em 1940, Henry Ford chegou a produzir um carro com a fibra da Cannabis e movido por óleo da semente da planta. Nos anos seguintes os conservadores estadunidenses procuraram estigmatizar a planta, atacando seu uso como droga e apelidando-a de Marijuana - um apelo ao racismo contra os mexicanos. A campanha resultou na proibição da Cannabis sativa nos EUA.

5.

Também no Brasil, as dificuldades para o uso industrial da Cannabis provêm de uma campanha de viés racista contra a maconha. Os negros africanos que chegavam como escravos traziam as sementes em suas tangas e se reuniam à noite para fumar e cantar. Cientistas procuraram depreciar aquele hábito, tentando, sem sucesso, evitar sua difusão entre os brancos.

6.

A Cannabis tem um grande poder medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é considerada um grande remédio contra o enjôo provocado pela quimioterapia contra o câncer. É aceita também no tratamento de glaucoma e pode ser usada contra a asma e o stress. Muitos pacientes com AIDS a utilizam para abrir o apetite e ganhar peso, reunindo forças para resistir.

7.

As pesquisas médicas indicam que a Cannabis faz menos mal que o tabaco ou o álcool. Diferente deste, é inofensiva para terceiros, pois não provoca agressividade ou descontrole emocional. Não há indícios de dependentes de Cannabis nas clínicas brasileiras. Diz-se que a dose mortal de Cannabis são dois quilos jogados do 25º andar de um prédio.

8.

A proibição do uso da Cannabis sativa tem sido o pretexto para uma das formas mais hipócritas de violência contra o cidadão. Pessoas de bem são abordadas como criminosas e arrancadas de sua tranqüilidade, nos já famosos "teatros" de agressão e extorsão da polícia. A lei encaminhada no Congresso descriminalizando o usuário será um passo importante para abolir estas situações da vida brasileira. Mas a violência provocada pelo tráfico só será extinta com a liberação total da Cannabis.

9.

Hoje, a Cannabis é plantada na Hungria, França, Canadá, Inglaterra, Portugal, China e Espanha. Com pesquisas genéticas, o Brasil poderia produzir em três anos a semente da Cannabis sem o THC (o princípio psicoativo), para uso industrial.

10.

A Cannabis é uma matéria-prima estratégica para a sociedade sustentável. Ao contrário do petróleo, é um recurso renovável e limpo. Seu cultivo não necessita de agrotóxicos e tem alta performance produtiva, pois cresce em no máximo 110 dias (podendo ser associado a outras culturas). A Cannabis favorece o princípio ecológico do desenvolvimento de regiões auto-sustentáveis, com plantações e fábricas lado a lado.



A luta pela plantação da Cannabis sativa com uso industrial, já adotada por grifes internacionais como Adidas, Guess e Calvin Klein, é uma janela de otimismo para o futuro sustentável do planeta, após o fim do petróleo e seus derivados.

A luta pela legalização da Cannabis fumada por milhões de pessoas se insere no avanço das liberdades individuais, uma marca deste fim de século.

As duas lutas já começaram no Brasil. Sinto-me orgulhoso por participar das duas e sentir que, no Brasil, já há as condições sociopolíticas para lançar a campanha que pode unir milhares de pessoas, iniciativas e criatividade política.

É hora de discutir, agir e legalizar.

Legalize!

Fonte: http://www.gabeira.com.br/causas/subareas.asp?idArea=1&idSubArea=11

Dever da precaução

Fernando Gabeira

Diante do relatório da British Lung Foundation sobre a maconha não há outro caminho exceto o de aplicar o princípio da precaução, respeitando seu texto e recomendando um exame profundo das conclusões.

Pesquisas e contrapesquisas sucederam-se no fim do século passado, com visível desvantagem para os que afirmavam ser a maconha prejudicial à saúde. O Senado americano investiu US$ 2 milhões para tirar a dúvida e concluiu que a Cannabis era relativamente inofensiva. O jornal científico inglês "Lancet" concluiu que o uso prolongado da maconha não fazia mal à saúde. A síntese dos principais debates, desde 1893, foi amplamente discutida no livro "Marijuana myths, marijuana facts", de Lynn Zimmer e John P. Morgan.

A demolição das pesquisas destinadas a assustar os usuários não significa que o tema esteja encerrado, que o fato de a maconha fazer menos mal que o tabaco e o álcool seja uma verdade de pedra. É preciso submeter cada afirmação a um exame criterioso. Isso é o que deverá ser feito com o relatório da British Lung Foundation. Os jornais "Independent" e "Guardian" usam a palavra relatório em vez de pesquisa. Mencionam a coincidência da publicação com a tendência do governo inglês de rebaixar a maconha à categoria das drogas menos perigosas. Para defender ou atacar o relatório é preciso conhecer os métodos usados e reproduzi-los criteriosamente, para demonstrar que três baseados causam mais prejuízo do que 20 cigarros.

Durante muitos anos pensou-se que o tabaco não fazia mal. Hoje sabemos que faz e isto vale mais do que leis proibitivas. Se for comprovado que a maconha faz mal, será dever de todos espalhar a notícia. Não é contraditório com o princípio de precaução separar conclusões científicas de táticas para aterrorizar usuários, como as que surgiram nos EUA após o relatório da Comissão Shaffer recomendando a descriminação.

Pesquisadores da UCLA já trabalharam especificamente na relação câncer-maconha. Acharam células pré-cancerosas em fumantes de maconha e usuários que a combinavam com o tabaco. Consideraram também que inalar profundamente aumentava os riscos. Mas nunca afirmaram que três baseados equivalem a 20 cigarros. Julgaram a maconha menos perigosa e ainda que não produz enfisema, como o tabaco.

Resta uma certeza: pesquisar e debater é saudável. Pena que o Brasil seja relegado ao papel de observador, numa questão tão importante também para nós.

Fonte: http://www.gabeira.com.br/causas/subareas.asp?idArea=1&idSubArea=153

Publicidade de droga

Folha de S. Paulo
Publicidade de droga

Editorial da Folha de S. Paulo.

Imagine-se, por hipótese, que o Brasil conclua que não vale a pena manter proibidas drogas como a maconha e a cocaína e decida legalizá-las. São de fato crescentes as vozes que defendem a legalização, mesmo entre pessoas responsáveis e conservadoras. Costumam argumentar que os danos provocados pelo tráfico superam em muito os malefícios que seriam gerados pelo consumo. O debate está aberto. O fato é que nem o mais radical dos militantes pró-legalização defenderia que empresas pudessem anunciar produtos derivados da maconha e da cocaína na TV. Muito menos em horário nobre e com mensagens que visassem especificamente os jovens.

Quando a droga é o álcool, porém, por já ser legalizada, essa parece ser a situação mais natural do mundo. Do ponto de vista da saúde pública, o álcool causa mais danos do que todas as drogas ilícitas reunidas. Assim, chega a ser desconcertante a força do lobby das cervejas, que está prestes a evitar, mais uma vez, que a propaganda de bebidas seja banida, como o foi para efeitos práticos a publicidade de cigarros. E o governo Lula tem, lamentavelmente, se mostrado mais sensível aos apelos dos fabricantes e da área publicitária que aos interesses da saúde pública.

A defesa que esta Folha faz da proibição da propaganda não é um ranço moralista. O jornal, na realidade, considera que o problema das drogas, por ser insolúvel, estaria mais bem equacionado com a descriminalização do consumo - e, quem sabe, num futuro distante, com a legalização - do que com a repressão.

Admitir o fato de que as pessoas usam drogas e entender que se trata de um problema de saúde, e não de polícia, não significa que se deva incentivar o consumo de substâncias que causam dependência. Ao contrário, jovens já demonstram por conta própria tendências autodestrutivas, que mereceriam, sim, campanhas de esclarecimento. Nesse sentido, estimular o consumo é algo pouco razoável, que deveria ser proscrito.

Fonte: http://www.gabeira.com.br/causas/subareas.asp?idArea=1&idSubArea=225

O novo salto quântico da consciência

Fonte: http://www.fortalnet.com.br/rkelmer/rkplantasdepoder1
Ricardo Kelmer

A cada dia mais e mais pesquisadores ligados ao estudo da consciência, antropologia, psicologia e botânica se debruçam sobre uma possibilidade no mínimo intrigante e polêmica. É provável que as plantas psicoativas (que induzem a mente a funcionar em estados especiais) possam ter contribuído significativamente para o surgimento da autoconsciência, fator decisivo que proporcionou aos nossos ancestrais, num determinado ponto da evolução, as condições para sobreviver e gerar a incrível espécie a qual pertencemos: o Homo sapiens.

Admitir tal hipótese é mexer num vespeiro. Muita gente se indagará: "Quer dizer que nós humanos só existimos porque um bando de macacos comeram umas plantinhas e ficaram doidões?" Imagino os mais religiosos: "Era só o que faltava! Deixa só Deus escutar isso!" Pois infelizmente para muita gente, e até para alguns deuses, essa hipótese vem sendo estudada com seriedade e encontra ressonância positiva no meio científico.

Quem já passou por uma experiência com as tais "plantas sagradas", como a ayahuasca, o peiote e a jurema, sabe perfeitamente do incrível poder que elas guardam. E sabe também que elas não se prestam a um consumo recreativo, exatamente porque costumam tocar muito fundo em nosso interior, abalando nossa compreensão da realidade e de nós mesmos e nos fazendo emergir da experiência profundamente transformados. Xamãs e pajés do mundo inteiro as utilizam há milhares de anos em contextos religiosos e terapêuticos. Atualmente, médicos e pesquisadores de vários países estão unindo medicina acadêmica com antiqüíssimas práticas xamânicas que envolvem o uso de plantas psicoativas e, com essa curiosa união, vêm obtendo resultados animadores na cura de muitas doenças como a dependência química.

Atualmente, no Brasil, proliferam-se seitas e dissidências de seitas que em seus rituais utilizam chás à base dessas plantas, chamando a atenção de estudiosos para o emergente fenômeno. Toma-se o chá para entrar num estado de consciência não ordinário, onde é possível viver experiências sensoriais e cognitivas as mais diversas. Há quem encontre pessoas vivas ou mortas, santos, entidades animais ou espíritos de plantas. Há os que experimentam capacidades psíquicas incomuns ou vivenciam uma intensa sensação de união com a natureza e tudo que existe. Há quem passe por profundas experiências de auto-investigação psicológica como também de autocura, ou seja tocado por revelações importantes que podem mudar toda uma vida. Pode não acontecer nada, mas também pode ser prazeroso ou doloroso. Pode ser infernal ou divino - mas será sempre construtivo. Depende de cada um e de seu momento. Os religiosos radicais, sempre obcecados, diriam que é coisa do demônio. Alguns psicólogos talvez usassem o termo "terapia de choque". Talvez nada mais seja que um providencial reencontro consigo mesmo e com sua verdade mais íntima.

Por que a crescente procura atual pelas plantas de poder dos xamãs? Por qual razão tantas pessoas ousam se submeter a uma experiência incerta, largando a segurança de sua mente cotidiana e desafiando o desconhecido de si mesmo? Minha impressão é que isso tudo talvez signifique, em última instância, uma forma de religação à natureza porque, na verdade, nós também fazemos parte da natureza. O que houve é que, infelizmente, passamos a nos ver separados dela e com isso nos distanciamos demais da sabedoria natural do planeta e agora, perdidos num mundo cada vez mais caótico e insano, buscamos com avidez crenças e experiências que nos reconectem ao sentido maior da vida e às nossas verdades mais profundas. Entendo isso como um anseio natural e legítimo de uma espécie adoecida: o anseio de cura, liberdade, totalidade e harmonia com a natureza.

O que liberta também escraviza

Por minha própria experiência, sei que as plantas psicoativas podem ser bastante úteis porque nos fazem olhar para dentro, nos reconectam às leis naturais e ao sagrado de nossas vidas, nos lembram de nosso potencial para a autocura e ajudam a nos libertarmos de medos, culpas e bloqueios. Não há como não se transformar após um profundo encontro consigo mesmo. É por isso que quem passa por tais experiências xamânicas engrossa a legião dos que já entenderam o mais importante: somente a profunda mudança interior de cada um é que fará finalmente com que o mundo mude para melhor.

Este talvez seja o convite que as plantas sagradas estão fazendo neste momento à nossa espécie: quanto mais pessoas se religarem à sua verdade mais íntima, mais a humanidade estará reencontrando seu ponto de equilíbrio. Por outro lado, sei também que a espécie humana está doente e que, na busca angustiada pela cura, é capaz de exagerar no remédio. Por isso, nessa urgente busca por valores espirituais, é preciso, acima de tudo, priorizar a liberdade e atentar para o risco sempre presente de cairmos escravos exatamente daquilo que um dia elegemos como libertador. As plantas sagradas não ficam de fora desse perigo. Tenho amigos que fazem parte de seitas que utilizam tais plantas e certamente discordarão. Respeito o que eles pensam e admiro sua busca pessoal. Porém, como tudo o mais que existe, as plantas sagradas também possuem dois lados. Se um lado liberta, o outro está lá prontinho para escravizar caso você não se mantenha atento, equilibrado e sem apegos excessivos.

Religiões, seitas e gurus funcionam muito bem para os que necessitam de regras ou se sentem mais seguros pertencendo a um certo grupo. Eles estão em seu caminho e isso deve ser respeitado. Mas há pessoas que conseguem beber em todos os ensinamentos e usufruir o melhor que eles lhes oferecem sem ter de se enquadrar em nenhum específico. É um caminho mais solitário, evidente, e exige um contínuo "estar aberto" - mas que exatamente por isso recompensa quem o trilha com a liberdade que nenhum outro caminho pode oferecer. As regras da seita ou as palavras do guru podem até iluminar durante um tempo, sim, mas até mesmo essa luz pode cegar para os horizontes seguintes da jornada. O principal ensinamento das plantas de poder (assim como deveria ser o de todo guru) é este: devemos abandonar todas as muletas e aprender a caminhar por nós mesmos.

Esse atual processo coletivo de reconectar-se aos valores da natureza através da sabedoria das plantas psicoativas não significa uma espécie de retrocesso evolutivo e que devemos voltar a saltar pelas árvores. Não é nada disso. Uma vez ultrapassados, os marcos da evolução da consciência sempre nos impulsionam para o novo, jamais para trás. Acontece que a verdadeira evolução avança em forma de espiral e é por isso que quando o caminho parece retornar a um determinado ponto, na verdade ele está sim passando novamente por lá - porém num novo nível, mais acima, numa nova dimensão.

Talvez essas poderosas plantas, que acompanham nossa espécie desde o seu nascimento numa impressionante relação simbiótica, estejam agora oferecendo a ela a preciosa oportunidade de mais um salto quântico da consciência, uma intensa transformação da mente e de sua interpretação da realidade - como fizeram nossos peludos antepassados em algum ponto de sua jornada. Agora, porém, diferente deles, possuímos razão e discernimento. Possuímos milênios e milênios de experiência sedimentados no inconsciente comum da espécie e temos nossos próprios erros para nos guiar.

Retornaremos à Mãe Terra e ao sagrado, sim, porque não há outro caminho se quisermos de fato sobreviver como espécie. Mas o faremos num novo nível porque agora estamos mais capacitados para enfrentar o grande mistério da vida, esse mistério que nos maravilha e assombra cada vez que olhamos tanto para o sem-fim do mundo lá fora quanto para o infinito interior de nós mesmos.

Respeite a maconha

Fonte: http://www.fortalnet.com.br/rkelmer/rkmaconha1
Ricardo Kelmer

Eu tinha 20 anos quando decidi conhecer pessoalmente a maconha. Olhando agora de onde estou, 18 anos depois, vejo que esse encontro seria mesmo inevitável em minha vida, pois desde pequeno nutri um inquieto interesse por tudo que se relacionasse à psique humana, seu funcionamento, suas leis, seu poder, psicologia, mitologia, estados especiais de consciência e o que mais fosse. Por isso seria absolutamente natural que, assim como um dia experimentei o álcool, eu também experimentasse a maconha.

Se hoje em dia, século XXI, o assunto "drogas" ainda costuma vir numa forma confusa, desencontrada e impregnada de preconceitos e "ouvi-dizeres", nos anos 1970 era ainda pior. Naqueles dias a questão das drogas ainda não integrava, como hoje, o contexto dos grandes problemas sociais; e a maconha, particularmente, era quase sempre associada não à marginalidade mas à subversão política: quem fumava maconha eram os hippies, os artistas e a juventude metida com ideais revolucionários. A maioria das informações vinha envolta numa certa névoa de mistério. O assunto só fazia parte da mídia quando na página policial. Na escola não se tocava no assunto. Na família, ainda que se falasse, tudo era dito em voz baixa, meios-termos, sem explicações consistentes. Meus pais, dentro daquele natural pavor de ver seus filhos envolvidos com drogas, nos aconselhavam a não aceitar refrigerante de estranhos pois podiam conter bolinhas. Tempos ingênuos em que o traficante era o pipoqueiro do colégio. Coitados dos pipoqueiros. Jamais conheci um que passasse fumo.

No entanto eu lia bastante e algo me dizia que aquela história não estava muito bem contada. Lentamente comecei a desconfiar que a verdade de meus pais talvez fosse apenas um único aspecto da verdade maior. Talvez houvesse outros. Tudo isso ajudou a produzir em mim um bocado de curiosidade, o que terminou me levando a buscar mais informações em conversas, revistas, livros e filmes. A maconha era uma coisa muito estranha: era proibida, marginal, misteriosa. Era ilegal no Brasil e permitida em outros países. Era algo meio mágico. Era apreciada por artistas. Era coisa do demônio. Era inimiga do regime militar. Era fascinante. Eu simplesmente precisava descobrir por mim mesmo.

Meus pais, que casaram pobres, enriqueceram com o trabalho e me proporcionaram uma adolescência de classe média alta: bons colégios, cursos de inglês e esportes. Durante dois anos participei de grupos de jovens católicos, chegando a ser coordenador. Aos 18 entrei para o curso de Comunicação Social. Personalidade calma mas bastante curioso e criativo, eu agora via o mundo se abrir à minha frente em novas cores, novas idéias, pessoas diferentes, possibilidades sem fim.

Na faculdade muita gente fumava e logo eu percebi que o que se falava da maconha não condizia com a realidade: ali estavam pessoas que fumavam e que, não obstante, eram inteligentes, talentosas, produtivas, sociais, honestas, companheiras, saudáveis... Percebi logo que ser usuário não significava necessariamente ser doente ou dependente, assim como quem bebe não é necessariamente alcoólatra. Foi essa constatação que me ajudou a relaxar e admitir para mim mesmo que sim, eu estava curioso e gostaria de saber como era. Eu me considerava crescido o suficiente para enfrentar o tal perigo.

1984. Dois anos depois de ingressado na faculdade fumei meu primeiro baseado. E nada aconteceu. Já haviam me explicado que isso é comum, mas ainda assim fiquei meio decepcionado. Meses depois fumei novamente, durante um festival de música na cidade do Rio de Janeiro [Rock in Rio]. Dessa vez foi diferente. Fumei mais do que devia, misturei com muita cachaça e o resultado foi um verdadeiro motim em minha mente, alterando percepções, confundindo idéias e me fazendo passar por um terrível mal-estar psicológico que durou duas horas mas que pareceu uma eternidade. Cheguei a pensar seriamente que morreria ali mesmo, longe de casa e no meio da multidão.

Eu poderia ter adquirido aí uma profunda aversão à erva. Isso ocorre com algumas pessoas após uma iniciação traumática. Mas a curiosidade foi maior. Algo me dizia que não devia desistir, que havia coisas a serem descobertas. Ainda um pouco tenso por conta do trauma inicial, tentei outras aproximações, agora mais atento e cuidadoso. Aos poucos consegui relaxar e finalmente conheci os vários aspectos da maconha e seu grande poder. Mergulhei até onde senti que devia ir em minha busca por saber o que afinal era a maconha e o que de fato ela poderia ter de útil a me oferecer. Vi que existe o uso saudável e o doentio. Vi que ela pode mesmo confundir e iludir. Vi que ela é realmente poderosa e pode fazer uma pessoa escravizar a si própria e assim desequilibrar-se em seu caminho de realização pessoal. Vi que maconha, assim como qualquer droga, é coisa para adultos - e ainda assim nem todo adulto pode com ela.

Mas vi também outras coisas. Vi que ela não é a vilã que tanto falam. Vi que nesse filme a maconha, na verdade, não é nem bandido nem herói: ela é como a água que tanto pode afogar quanto aliviar a sede. Vi que o que conta mesmo é o tipo de relação que se desenvolve com ela. Vi que a maconha também oferece coisas boas e foram elas que tratei de usufruir nessa amizade que se iniciava: momentos de tranqüilidade e descanso, momentos de intensa atividade criativa, autodescobertas importantes, experiências de sadia comunhão com a natureza além de inesquecíveis momentos de lazer e alegria.

Cannabis sagrada

Como ocorre com o álcool, há quem fume mais e quem fume menos. Eu sempre fumei bem menos que a média dos usuários que conhecia. No início era uma espécie de autovigilância temerosa: eu não queria de jeito algum me viciar. Fumava esporadicamente quando achava que o momento era propício e seguro. Reprovava as atitudes de alguns amigos que fumavam demais e aprendia com o exemplo deles.

Mas havia outra razão para eu fumar pouco: desde o início meus contatos com a erva sempre se constituíram de momentos especiais e, intuitivamente, logo percebi que não deveria banalizar esses momentos. Fumar maconha era como encontrar alguém muito sábio que sempre tem algo a ensinar, alguém poderoso que pode ajudar a descobrir e realizar coisas e até mudar uma vida, alguém tão misterioso que jamais se pode prever bem o que trará. Como eu poderia fazer disso um acontecimento comum e corriqueiro?

Com o tempo minha relação com a Cannabis foi se tornando cada vez mais transparente para mim. Perdi o medo de me tornar dependente no dia em que entendi que nossa amizade só teria sentido enquanto nossos encontros fossem especiais - mas para isso eles não podiam se tornar corriqueiros e banais. Aos 35 anos vivi uma incrível experiência xamânica com a jurema (outra planta de poder) e, entre as várias coisas que ocorreram nesse impressionante mergulho interior, entendi finalmente o que era a maconha e a natureza de nossa relação. Entendi que ela, do mesmo modo que a jurema e a ayahuasca, por exemplo, possui uma espécie de inteligência própria e pode, ao seu modo, se comunicar com a espécie humana. Porém, diferente das outras duas plantas em que o mergulho interior é bastante profundo, intenso e revelador, a maconha geralmente atua em níveis mais superficiais, presta-se ao lazer e pode ser usada em diversas circunstâncias.

Foi exatamente durante essa experiência que entendi finalmente que a maconha é uma planta sagrada e deve ser devidamente reverenciada por quem a utiliza. Entendi que a natureza se comunica com os seres humanos de diversas maneiras mas que eles, infelizmente, esqueceram que essa comunicação existe e, principalmente, que ela é imprescindível à saúde e à sobrevivência da espécie. Entendi que a maconha, como outras plantas de poder, tem a capacidade de fazer com que as pessoas se voltem para dentro de si mesmas e, uma vez lá, reencontrem as verdades mais básicas de suas vidas e sejam por elas guiadas. E que isso deve ser feito sempre com respeito e reverência, numa relação saudável e sem dependência, caso contrário a experiência se destitui de seu profundo significado e corre-se o risco de se perder num mundo de ilusões e auto-enganos.

Depois daquele dia em que pensei que ia morrer, demorei 15 anos para compreender a natureza sagrada da maconha. Sei que a maioria dos usuários não alcança essa dimensão da planta e por isso sua relação com ela tende a ser banal, quando não destrutiva. É uma pena. A natureza, através de suas plantas de poder, tem muito a nos ensinar. Infelizmente nossa sociedade adquiriu um vício terrível: o de banalizar tudo, até mesmo o que é sagrado, fazendo com que o significado essencial das coisas se perca. E, como todo viciado, ela reluta e reluta em admitir o erro.

Sim, maconha serve para se divertir com os amigos, assistir um show, jogar futebol. Não tem nada de errado nisso. Tudo depende da consciência que se tem. No entanto se os usuários soubessem que as plantas de poder, como a maconha, são seres vivos que habitam este planeta há milhões de anos, que têm um tipo de sabedoria própria, que sempre se comunicaram com os seres humanos e os guiaram, que essas plantas podem ensinar, ajudar e até curar, então entenderiam essa simbiose como algo muito sagrado e teriam, conseqüentemente, uma relação mais respeitosa, responsável e muito mais saudável com elas.

O trem não espera quem viaja demais

Fonte: http://www.fortalnet.com.br/rkelmer/rkmaconha2
Ricardo Kelmer

O aspecto mais notável da maconha é seu incrível poder de nos reconectar à dimensão da liberdade, a mais sagrada das dimensões do ser. Ela existe nas profundezas de cada um de nós e só a alcançamos através do mais verdadeiro conhecimento de si próprio. Infelizmente, no dia-a-dia, costumamos perder de vista sua trilha, entre tantas coisas que elegemos importantes. É justamente esta, então, a grande sedução da maconha: basta uma tragadinha num baseado para, de repente, lembrarmos que somos exatamente isso, viajantes da liberdade. Basta uma tragadinha para voltarmos a enxergar, entre tudo o mais que existe, a trilha que conduz ao céu azul dessa libertadora dimensão.

A maconha é um presente da natureza. Ela relaxa o corpo e descontrai as idéias. Ela nos devolve a capacidade de rir da vida. Ela desata os nós que prendem nosso barco ao cais de estúpidas normas sociais. A maconha tem a capacidade de afrouxar a gravata do pensamento e deixar que ele saia por aí, gaivota livre e sem destino, pela imensidão azul do céu. É como se vivêssemos nosso dia-a-dia presos numa pequena cela e a maconha de repente viesse abrir a porta para nos lembrar daquilo que não deveríamos ter esquecido. O que sentimos então é só um vislumbre da imensidão mas não há como não se extasiar.

É exatamente assim, seduzida por esse raro vislumbre do nosso céu azul interior, que a maioria das pessoas se inicia no uso da Cannabis. E prosseguem fumando para se sentirem religadas à sagrada dimensão, à sua própria e esquecida liberdade. No entanto, a maioria dos usuários esquece que a planta apenas os levou até a porta: eles é quem devem abri-la e conquistar, por si mesmos, sua própria liberdade através da luta do dia-a-dia.

A liberdade é um constante caminhar, um contínuo desapegar, um estar sempre atento. Para ser livre é preciso se livrar daquilo que limita e prende. Medos, traumas, culpas e bloqueios pesam bastante na mochila, limitam os movimentos e impedem que o viajante prossiga. Por isso é que, para alcançar sua mais sagrada dimensão, o viajante da liberdade deve saber verdadeiramente quem ele é. E conhecer a si mesmo é o maior de seus desafios: ele deve voltar o olhar para seu interior, com coragem, e encarar firme o que desconhece de si mesmo, o que tem medo de admitir - tudo aquilo que o torna pesado demais para prosseguir na difícil e escorregadia trilha de sua liberdade. Porque a maior liberdade não é fazer o que se tem vontade: é fazer o que deve ser feito.

Claro que não é fácil ser livre. Nunca foi nem será pois a verdadeira liberdade é a recompensa dos que, apesar do medo, desvendaram a si mesmos. Mas é possível. Basta manter-se disposto e atento e ser implacável no que se deve fazer. O. k., não há nada demais em parar um pouco, fumar um baseado, relaxar, divertir-se, curtir a paisagem ao redor. A maconha também tem seu lado lúdico e, além disso, o viajante merece. O problema é relaxar demais e perder o trem, esquecer que se tem de prosseguir, que há novos desafios à frente, que a vida não espera e não há tempo a perder.

Infelizmente grande parte dos usuários termina se acomodando em dimensões mais superficiais e acessíveis como o relaxamento e a diversão e assim desperdiçam o imenso potencial da planta para a verdadeira liberdade. Mais triste ainda é que boa parte dessas pessoas termina usando a maconha para fugir da realidade, escondendo-se de seus próprios problemas e, dessa forma, criando mais um: a dependência da planta. Esse é o maior perigo que envolve a relação das pessoas com as plantas de poder.

A maconha é isso: uma planta sagrada que nos reconecta à trilha interior que conduz à liberdade. Mas é preciso alertar que além dos limites ela entorpece e ilude, acomodando o viajante na paisagem. E nada para atrasar mais uma viagem que perder o trem.

Jeremy Laurance: O impacto na saúde a longo prazo do consumo de cannabis está longe de ser clara

"Jeremy Laurance: The long-term health impact of cannabis is far from clear"
Monday, 9 February 2009
http://www.independent.co.uk/life-style/health-and-wellbeing/features/jeremy-laurance-the-longterm-health-impact-of-cannabis-is-far-from-clear-1604494.html


Quão perigoso é maconha? Quase um ano atrás, o Primeiro-Ministro anunciou novas leis mais duras sobre a cannabis posse, uprating-lo a partir de uma classe B para classe C droga, devido a um aumento da receios sobre os riscos colocados por Britain's most popular substância ilegal.

Sua jogada, revertendo a decisão de desclassificar a droga tomada quatro anos anteriores, veio em resposta aos relatos de que o país estava a braços com uma epidemia de cannabis-induced psicose. Manchetes alegou que a maconha vendida nas ruas era de 20 a 30 vezes mais forte do que na década de 1970 e foi depósito de um número crescente de pessoas vulneráveis em doenças mentais, como esquizofrenia.

O relatório de hoje liga cannabis pela primeira vez com câncer testicular parece confirmar os perigos da droga. Mas cautela é necessária. É um pequeno estudo e tem demonstrado uma associação, e não causa e efeito. Por uma vez, podemos eco do apelo familiar dos acadêmicos, que mais pesquisas são necessárias.

Mas em um aspecto, a ligação com câncer testicular parece plausível, é um dos poucos cânceres que aumentou drasticamente nas últimas décadas, em paralelo com o crescimento do consumo de cannabis. Este não é o caso da psicose, não houve aumento nos últimos 30 anos e as taxas tenham diminuído desde meados da década de 1990.

No entanto, preocupação com a cannabis tem incidido sobre o seu impacto sobre a saúde mental. Os médicos têm sido preocupado por uma década sobre o efeito da droga em um pequeno grupo de utentes vulneráveis com uma herdada pré-disposição para esquizofrenia. O Conselho Consultivo sobre o Abuso de Drogas concluiu que fumar cannabis aumentou o risco de esquizofrenia ao longo da vida por menos de 1 por cento.

Actos de investigação publicado no British Medical Journal em 2003 sugeriu cannabis poderiam ser responsáveis por cerca de 30.000 mortes por ano, principalmente por câncer e doenças do coração, se seus maus efeitos foram comparáveis com os do tabaco.

Foi um grande "se". Embora as pessoas fumaram menos cigarros cannabis do que os do tabaco, os pesquisadores argumentaram, o grande volume e edredom inalação profunda característica de fumar maconha significava cada cigarro seria provavelmente a mais prejudicial. Alcatrão de cannabis spliffs continha 50 por cento mais substâncias cancerígenas do que o equivalente cigarro.

Críticos apontam para que a maioria dos consumidores de cannabis em desistir de seus 30 anos, limitando a sua exposição a longo prazo, que é um factor crucial no cigarro induzida por cancro do pulmão. Dois estudos de longo prazo da droga envolvendo mais de 100.000 pessoas no total, na Suécia e os E.U. encontrado nenhum aumento nas mortes.

Ao contrário do tabaco, a cannabis não contém nicotina e, portanto, não é viciante. Foi igualmente exonerado como causa de doenças cardíacas através de um estudo que mostrou não haver aumento de depósitos de cálcio nas artérias coronárias de jovens adultos usuários da droga, um marcador de espessamento das artérias que podem conduzir a ataques cardíacos.

Com base nas provas existentes, a cannabis não pode ser considerada segura, mas é menos perigosa do que as drogas legais de álcool e de tabaco em termos de danos causados.

Mas há uma importante ressalva. A geração que cresceu na década de 1960 foi o primeiro a usar cannabis em larga escala e é muito jovem para ter sido seguido na velhice. Os efeitos a longo prazo do consumo de cannabis ainda não são conhecidos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Cannabis: Can It Be Good Medicine?
4:28am UK, Friday February 06, 2009
http://news.sky.com/skynews/Home/UK-News/Cannabis-Or-Marijuana-Used-For-Medicinal-Purposes-But-What-Are-The-Health-Risks/Article/200902115217627?lpos=UK_News_First_UK_News_Article_Teaser_Region_4&lid=ARTICLE_15217627_Cannabis_Or_Marijuana_Used_For_Medicinal_Purposes_But_What_Are_The_Health_Risks

Apesar do seu estatuto ilegal, a cannabis é utilizado por alguns cronicamente doentes a auto-medicar.

Parecer da profissão médica é dividida no entanto.

No Reino Unido um sintético, cara-a-versão de um produto químico da planta cannabis ou maconha está disponível na prescrição como uma droga chamada Nabilone.

E até 1971, tintura de cannabis (uma cordial feita a partir da droga) estava disponível sob prescrição antes de o Reino Unido aderiu à convenção da ONU narcóticos.

"Nós sabemos, existem certas condições para que tipo de produtos cannabis pode ser útil," disse o Dr. Sarah Jarvis Sky News Online.

"Ela pode ajudar com náuseas da quimioterapia e para pessoas que perdem o seu apetite após a quimioterapia, espasmos musculares na esclerose múltipla (EM) e, possivelmente sofrem de dor.

"Acho que algumas pessoas estão no fim da linha.

da planta de cannabis

Cannabis divide opiniões

"MS e cancro são dois domínios onde cannabis produtos relacionados foram mostradas para ajudar as pessoas a usá-lo e quando já tentou de tudo.

"Eu não recomendaria ele pessoalmente - não penso que qualquer médico - mas eu não censurá-la, e eu posso compreender porque algumas pessoas recorrer a ele."

Ela descreveu o caso de um cancro sofredor cujo filho teria lhe comprar maconha para aliviar sua terrível náusea.

"Mas da mesma maneira, não há uma maneira leiteiro pode justificar-lo sobre esta base", disse ela.

"Penso que temos de pôr isto em perspectiva. Médicos prescrever heroína - diamorfina é heroína - uma classe A droga.

"Ela é conhecida por ser eficaz e é receitado para dor e cuidados terminais.

"A maconha é uma droga da classe B que também é conhecido por ser eficaz, mas não foi legalizado."

Um médico fuma maconha usuário em um quarto de hotel

Maconha pode levar à depressão

Dr. Jarvis diz que a maioria das pessoas que consomem cannabis não chegou a qualquer dano significativo, mas pode, em alguns casos, fazer uma pessoa propensa a depressão.

Ela recorda: "Quem é provável propensos à depressão? Os idosos que vivem sozinhos e podem estar sofrendo de doença."

Mas o Dr. Mark Parry, um consultor de álcool e substâncias desvio, disse: "Minha opinião é que a cannabis não é de forma alguma uma droga segura.

"Algumas pessoas são particularmente vulneráveis aos seus efeitos e pode sofrer uma grave doença mental como um resultado."

Ele acrescentou: "Em 2004, um paciente em Sheffield utilizando um julgamento droga derivada cannabis tornou psicótico."

Diabetic Rene Anderson, 69, estava tomando Sativex para aliviar a dor quando ela desenvolveu problemas de saúde mental.

E Macmillan Cancer Support disse enquanto ensaios demonstraram cannabis pode ter algumas dores matando-efeito não é melhor do que a codeína disponível ao balcão.

A caridade diz: "Enquanto isso significa que a cannabis, ou canabinóides, podem ajudar a aliviar ligeira ou moderada (mas não graves) dor torná-los seus efeitos colaterais indesejáveis.

"Estes incluem sedação, confusão, percepção alterada do tempo e do espaço, baixa pressão arterial e palpitações.

"Maconha também contém produtos químicos que podem causar cancro (cancerígenas) e fumar a droga pode causar problemas respiratórios".

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Revista destaca cultivo de cannabis

Magazine featured cannabis cultivation,(Feb. 5, 2009)
http://www.yomiuri.co.jp/dy/national/20090205TDY02307.htm

O Yomiuri Shimbun

Direita: Uma revista com um método de cultivo cannabis que foi designado como um prejudiciais publicação em março do ano passado. Esquerda: Outra revista pela mesma editora liberados em dezembro, também apresentando cannabis cultivo

Uma revista publicou recentemente por uma empresa baseada em Tóquio transitadas um artigo detalhando como a cultivar cannabis, mesmo depois de Tóquio metropolitana governo anteriormente designado outro, da editora da revistas caracterizando um artigo semelhante uma publicação prejudiciais para os menores.

O governo metropolitano designado o mais tardar uma revista prejudiciais publicação popa e deu uma advertência à empresa, enquanto que declara que irá lidar seriamente com a publicação de material semelhante potencialmente criminosa caracterizando ilegal cannabis cultivo.

Na verdade, porém, o governo local está lutando para tomar contramedidas no âmbito da actual legislação e portarias.

A editora é Core Magazine em Toshima Ward, Tokyo.

As revistas em questão são publicadas sobre uma base irregular, com um passado característica artigo discutir como é fumado maconha no exterior.

Em março 2008 a questão, é transportado um artigo intitulado "A Realidade da Cannabis Poluição", a qual detalhada - com fotografias - como a cannabis é cultivada.

A questão incluía um DVD que contém imagens de crescente cannabis.

O governo metropolitano concluiu mais tarde que mês que a revista poderia levar a crimes, permitindo que os leitores a imitar o método de cultivo, e é designado um prejudiciais portaria para publicação no âmbito do seu desenvolvimento saudável dos juvenis.

No momento, informou a editora disse à metropolitana governo: "Nós não a considerar o conteúdo do artigo. Nós vamos ter o cuidado de agora em diante."

No entanto, a editora impressos semelhantes um artigo sobre a "cannabis cultivo em varandas" em outra revista é publicada em dezembro - nove meses após a revista anterior, foi designado um prejudiciais publicação. Como antes, a revista incluía um DVD com imagens relacionadas.

O editor desculpou relatadas ao governo metropolitano, dizendo: "O artigo foi escrito por um outsider, e verifique o nosso sistema é tratada inadequadamente. Nós não transportar artefactos semelhantes, nunca mais."

Comentando sobre esse problema, um funcionário governamental metropolitanas O Yomiuri Shimbun disse, "Ele era extremamente inadequado para uma revista que juvenis podem facilmente pegar a proceder de tal artigo."

Ele acrescentou: "Fizemos uma contramedida que cremos foi melhor com base em nossa portaria. Mas não podemos fazer mais nada no âmbito da actual lei de controle de cannabis e as nossas portarias. Tudo o que podemos fazer agora é só confiança para a editora da palavra, mas que poderia ser um gato e ao rato ".

Quando livros ou revistas são designados como uma prejudiciais publicação por um governo local, eles devem ser colocados em um canto especial em livrarias e lojas de conveniência para mantê-las longe de leitores de 18 anos.

No entanto, não existe nenhuma regulamentação sobre a publicação em si, permitindo que a revista publicou em dezembro para ser facilmente disponível na internet.

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Cannabis casos bateu novo máximo

O número de suspeitos em casos que envolvam a posse e cultivo de cannabis alcançado entre janeiro de 2149 e outubro do ano passado, por 334 a partir de um ano antes, a Agência Nacional de Polícia disse.

O valor, se anualizado, marcou um nível recorde, de acordo com a ANP.

Entre Janeiro e Junho do ano passado, 73 pessoas foram acusadas de posse cannabis - o maior valor de sempre para o primeiro semestre de um ano.

Em um caso recente, um lutador sumo, Wakakirin, foi detido sob suspeita de 30 Ene. conjuntamente possuir cannabis em violação da lei de controle de Cannabis.

A polícia citou o suspeito como dizendo, "eu me tornei interessados [na cannabis] depois de ler sobre isso em uma revista."
(Fevereiro 5, 2009)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Adolescentes estão a consumir menos cannabis porque saem menos à noite

03 FEV 09 às 17:12

O consumo de canabis por adolescentes de 15 anos está a diminuir em quase toda a Europa, incluindo Portugal, porque os jovens estão a sair menos à noite devido à Internet. A conclusão foi apresentada num estudo da Universidade de Lausane, na Suíça.

A investigação, pulicada na revista 'Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine' e divulgada esta terça-feira pelo site do jornal espanhol El Mundo, abrangeu 93 mil jovens em 31 países e concluiu que o consumo desta droga leve entre os jovens de 15 anos de idade diminuiu em quase todo o continente europeu entre 2002 e 2006 «porque os jovens hoje saem menos do que antes».

Segundo o estudo, em países como Portugal, Inglaterra, Suíça, Eslovénia e Canadá o consumo de canabis desceu cerca de 10 por cento naquele período de tempo, tanto em rapazes como em raparigas.

A razão para isso está relacionada com o aumento das redes sociais na Internet, dos 'chats' de conversação virtuais e das mensagens telefónicas textuais, que retêm os jovens em casa durante mais horas por dia, ao mesmo tempo que as saídas semanais com amigos são cada vez menos, concluiram os investigadores.

Em Portugal, segundo as respostas aos inquéritos, os adolescentes não saem mais do que uma vez por semana, enquanto que espanhóis, escoceses, ucranianos e russos saem, pelo menos, três vezes em sete dias.

À revista norte-americana 'Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine', Emmanuel Kuntsche explicou que, em contrapartida, os jovens que saem menos têm menos acesso à droga e menos necessidade de autoafirmação perante o seu grupo de amigos.
 

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