quarta-feira, 1 de abril de 2009

Autoridades do PY querem legalizar a maconha de todo jeito

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PORTALMS, Cadastrada em: 2009/4/1
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Tal como anunciado, previamente, pelo deputado governista Elvio Benítez, autor de um projeto de lei, em fase final de elaboração, para a legalização da maconha em território paraguaio, foi realizado, na noite de ontem (31), o primeiro debate público sobre o tema.

Ocorrido na sede do Centro Nacional de Controle de Vícios, em Asunción, o debate contou com a participação de médicos e lideranças que são a favor ou contra a legalização da "erva maldita", que tem o Paraguai como seu maior produtor na América do Sul.

Um dos principais oradores da noite foi o médico Manuel Fresco, que apesar de deixar claro que não é "nem a favor, nem contra" a legalização, opinou de maneira positiva. "Se é por saúde, deveria-se proibir o cigarro", questionou o profissional, ressaltando os graves danos à saúde provocados pelo tabaco.

Fresco apontou, ainda, que a maconha é uma substância psicotrópica, que altera o sistema nervoso central, assim como o álcool. Além disso, a planta conta com usos terapêuticos e seu uso é tolerado em sociedades que, há milênios, empregam suas propriedades para finalidades não-tóxicas.

Para concluir, o médico disse acreditar que a maior razão para a proibição é política, em ponto de vista apoiado pelo radialista Raúl Melamed, defensor da legalização. "A proibição é irracional. A folha de cannabis e da coca não são drogas", defendeu Melamed.

A legalização do plantio, do uso e da comercialização da maconha no Paraguai é defendida pelo deputado Elvis Balbuena, sob o argumento de que as estruturas mafiosas, fortalecidas pela ilegalidade, apresentam risco maior à institucionalidade do estado que a liberação da "erva maldita".

Paraná

Alheia a este debate, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), do Paraná, anunciou que intensificará o combate ao tráfico de drogas na fronteira entre Brasil e Paraguai. Atualmente, o Paraná é um dos principais destinos da maconha produzida em território paraguaio.

Luiz Fernando Delazari, titular da SESP, apontou que as ações terão como base as estratégias desenhadas na região de Foz do Iguaçu, que segundo ele, teriam levado à redução de 20% no trânsito de entorpecentes. O narcotráfico é apontado como causa preponderante dos homicídios no oeste do estado.

Fonte: Dourados News

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