quinta-feira, 30 de abril de 2009

Liminar proíbe Marcha da Maconha em Salvador

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1135566
A Tarde On Line,30/04/2009 às 10:52 | ATUALIZADA EM: 30/04/2009 às 13:08


Eder Luis Santana | A Tarde On Line
A juíza Nartir Dantas, da 2ª Vara Privativa de Tóxicos, acatou o pedido feito por quatro promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco), do Ministério Público Estadual (MPE), e impetrou liminar suspendendo a realização da Marcha da Maconha em Salvador. O evento estava programado para acontecer no próximo domingo, dia 3, no Farol da Barra.

Os promotores ingressaram com uma ação cautelar ontem, alegando que a Marcha da Maconha faria apologia ao uso de drogas, sendo organizada por pessoas não identificadas que estariam se reunindo para discutir o assunto por meio de um site que não aponta quem são os responsáveis do evento. Além disso, o MPE defende também que atos públicos desse tipo serviriam para divulgar a informação de que a maconha faria bem à saúde física e mental de seus usuários.

Essa é a segunda vez que o MPE consegue intervir nesse movimento. No ano passado, uma liminar embargou o ato público que sairia do Campo Grande até a Praça da Sé. Cerca de 50 pessoas chegaram a ir ao local com faixas e cartazes para protestar dentro do que chamavam de “Marcha da Democracia”. Ainda assim, a polícia foi acionada para inibir a ação dos jovens.

REPERCUSSÃO – Este ano, uma cópia da liminar será enviada a outros 14 estados onde estão agendadas Marchas da Maconha entre os dias 2, 3 e 9 de maio. A ideia é fazer com que o evento seja embargado com antecedência, como aconteceu em João Pessoa (PB), onde a Justiça também exigiu o cancelamento. No entanto, pelo menos no Rio de Janeiro já foi conseguido um habeas corpus que garante a realização no dia 9.

Ao saber da decisão judicial, o representante da União Nacional dos Estudantes no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), Sérgio Vidal, lamenta que mais uma vez seja vedado o direito de discutir uma questão importante como o uso da maconha.

Sérgio explica que a Marcha teria o objetivo de promover reflexões sobre a política de leis relacionadas a drogas no Brasil. “Não é um evento somente para usuário de maconha. É para qualquer pessoa que se interesse por esse debate”, afirma, após lembrar que desde a semana passada 10 mil panfletos vinham sendo entregues em bares e shows para alertar sobre o dia do evento e pedir que ninguém fumasse maconha durante a Marcha.

“Com esse tipo de ação, o MP reforça a exclusão em relação aos usuários da maconha”, assinala Vidal. Questionado sobre o fato do MP argumentar que o site utilizado para divulgar o evento seria “clandestino”, ele lembra que o Coletivo Marcha da Maconha Salvador, formado por estudantes de universidades públicas e privadas na capital baiana, é responsável pela organização do evento e todos os contatos estão disponibilizados no site.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ronaldo Junior: O lugar da esquerda é na Marcha da Maconha

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=55186
VERMELHO, 29 DE ABRIL DE 2009 - 21h49




De 2 a 9 de maio, 13 capitais brasileiras, e centenas de cidades em todo o mundo, estarão realizadno a Marcha da Maconha. Trata-se de um coletivo que tem como objetivo aglutinar e organizar fóruns e espaços de debates que, além de fomentar a organização, conduzam a formulação de políticas publicas sobre a legalização da maconha e seus usos.

Por Ronaldo Pinto Junior, diretor de Assistência Estudantil da UNE


Marcha do Fórum Social de Belém, em janeiro de 2009
No último ano, a exploração da mídia e medidas judiciais repressivas colocou a Marcha da Maconha em evidência no cenário nacional. Embora a mídia conservadora não aprofunde o debate da legalização da maconha e as medidas judiciais tenham tido o objetivo de reprimir a livre organização da Marcha, existe hoje um sentimento que o movimento tem crescido e pautado importantes debates Brasil afora.

Recentemente o ex-presidente FHC, em conjunto com César Gaviria (ex-presidente da Colômbia) e Ernesto Zedillo (ex-presidente do México), através da Comissão Latino-Americana de Drogas e Democracia, publicou um artigo defendendo a legalização da maconha para uso pessoal.

Gostaria aqui de levantar algumas questões sobre o posicionamento de FHC. Mas antes é necessário mais uma vez criticar o papel que a mídia jogou neste episódio. FHC foi rotulado como um dos pioneiros no debate da legalização da maconha, ignorando toda construção social que a Marcha da Maconha, entre outros coletivos do gênero, acumularam no ultimo período. Se hoje o debate está na pauta nacional, quem menos contribuiu para isso foi o ex-presidente, diferente do que a maioria dos meios de comunicação tenta colocar na cabeça dos brasileiros.

Durante sua gestão de oito anos FHC fez muito pouco pela causa. O SUS (Sistema ùnico de Saúde) nunca apresentou uma política real de redução de danos e de recuperação de viciados em todos os tipos de drogas. A relação de FHC com os movimentos sociais, hoje pioneiros no debate da legalização da maconha, sempre foi péssima. No caso da UNE, a entidade nunca foi recebida pelo ex-presidente e ainda sofreu duros golpes como o PL (Projeto de Lei) das carteirinhas.

Por fim, a política que o partido do ex-presidente implementa na ultima década vai em total desacordo com a bandeira da legalização da maconha. O Brasil, enquanto dirigido pelo PSDB, sempre cumpriu um papel de capacho das potências mundiais, refletindo o debate reacionário imposto pelos EUA e pela ONU, principalmente desencadeando políticas repressivas de controle do tráfico, focando a ação do Estado sobre o usuário.

Prova disso é a criação da 1ª Secretaria Municipal Anti-Drogas de Curitiba, uma das principais ''grandes ações da prefeitura'', defendida durante campanha do tucano Beto Richa a prefeitura da capital paranaense. O governo de Goiás, quando dirigido pelos tucanos, matou mais jovens do que durante toda a ditadura militar através da polícia de elite que tinha como principal tarefa combater o tráfico e promover a segurança social.

Mais uma vez, FHC distorce a realidade e resume o debate da legalização da maconha somente sobre o foco da liberdade individual do usuário. Deixa de lado todo acúmulo que comprova que a maconha foi taxada como ilegal em nosso país por conta da pressão econômica imposta pelos EUA no começo do século 20 (leia-se indústria do algodão, álcool e farmacêutica principalmente), e pela perseguição a ritos culturais e religiosos onde se fazia o consumo da maconha, por conta da pressão da Igreja Católica.

Submeter o debate da legalização da maconha somente sobre a liberdade individual do usuário, deixando de lado debates como a da produçãoe a da comecialização da maconha, é recuar sobre o que já acumulamos na luta pela legalização da cannabis sativa.

Diversos movimentos sociais e partidos de esquerda aprovaram resoluções sobre a legalização da maconha levando em consideração o acúmulo que movimentos como a Marcha Mundial da Maconha produziu no ultimo período.

Chegou à hora de mostrar que a luta se constrói na prática. Confira a agenda de mobilizações da Marcha da Maconha (www.marchadamaconha.org), pegue sua bandeira, sua faixa e ocupe as ruas das principais capitais do país para defender a liberdade de expressão e a legalização da maconha. Libertem as plantas!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Marcha da Maconha é tema de debate no Circo Voador

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/04/23/e230422583.asp
JB Online, 09:33 - 23/04/2009

RIO - A Marcha da Maconha acontece em mais de 200 cidades no mundo, sendo 13 no Brasil em 2, 3 e 9 de maio. No Rio, a Marcha está marcada para 9 de maio, com concentração no Posto 9 da Praia de Ipanema. Diferente do ano passado, quando a Marcha foi reprimida em quase todo o país, nesse ano a justiça já legitimou a manifestação no Rio.

Comemorando essa decisão e dispostos a manter o assunto em discussão, o coletivo Marcha da Maconha Rio de Janeiro promove nesta quinta-feira o evento Marcha da Maconha em Debate, no Circo Voador. Trata-se de um evento cultural gratuito que inclui oficinas criativas, exibição de vídeos, ensaio da Orquestra Vegetal (banda que acompanhará a Marcha em Ipanema), além do debate interativo com transmissão para a Internet.

Estarão em debate os caminhos para a legalização da maconha, discutindo experiências de outros países, o cultivo da cannabis para uso próprio, além de suas aplicações industriais e medicinais.

Estão confirmados para o debate os convidados Marcelo Yuka, músico e ativista; Orlando Zacone, delegado da polícia civil e autor do livro Acionistas do nada; Rodrigo Pinto, jornalista do blog Sobredrogas do Jornal o Globo; Sérgio Vidal, Estudante de Ciências Sociais, pesquisador, redutor de Danos e representante da UNE no CONAD; Renato Cinco, Cientista Social e membro do coletivo Marcha da Maconha RJ.

Programação:

16 às 17h - DJs e VJ

17 às 18h - Exibição do filme "Waiting to Inhale"

18 às 19h30 - Oficina Criativa (confecção de faixas e alegorias)

19:30 às 20h - Exibição do documentário sobre a proibição da Marcha de 2008

20h às 22h - Debate + Transmissão via web

22h às 24h - Festa - DJ's + Ensaio Aberto da "Orquestra Vegetal"

Quinta 23 de Abril no Circo Voador a partir das 16h

Rua dos Arcos S/N - Lapa

Entrada Grátis!

Participação Especial: Orquestra Vegetal, Djs Marcelo Yuka, Dani Roots, Matias Maxx, Juca e Café com Leite.

09:33 - 23/04/2009
 

Precisando de ajuda?

Veja o site da Psicóloga e Psicoterapeuta Bianca Galindo que ela faz atendimento online.