http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=12416&Itemid=27
Esquerda.Net ,16-Jun-2009
O Bloco de Esquerda apresentou um novo Projecto de Lei para legalizar o consumo e cultivo pessoal de cannabis, e para regular o seu comércio. O Bloco argumenta que a cannabis acarreta iguais ou menores riscos para a saúde pública do que outras substâncias legais, como o álcool ou o tabaco, e que por isso não faz sentido atirar para a clandestinidade os consumidores desta substância.
Tendo em conta "as características e o baixo grau de danosidade" da cannabis, o Bloco propõe a regulação da sua oferta e procura, para "acabar com o tráfico e proteger o consumidor e a saúde pública".
O Bloco critica a política proibicionista das drogas que tem imperado em Portugal e no Mundo, responsável por muitos dos danos na saúde pública e pelo aumento da criminalidade associada ao tráfico e ao consumo. A descriminalização do consumo de drogas, aprovada em Portugal em 2000, foi "um passo em frente na abordagem ao problema das drogas", mas com graves limitações, dado que continua a ser "persecutória e repressiva" e deixa por resolver muitos problemas associadas ao tráfico e à saúde pública, lembra o Bloco de Esquerda.
Segundo o projecto bloquista, um dos problemas da lei actual é precisamente o de permitir a confusão entre todas as drogas e um mercado sem regras, "tornando os consumidores vulneráveis perante substâncias adulteradas, contacto fácil com outras drogas mais potentes e nocivas, acesso a redes criminosas ou falta de informação transparente e credível". Por isso ,o Bloco de Esquerda propõe a legalização do consumo de cannabis, adquirida em estabelecimentos legalmente habilitados e fiscalizados, bem como a legalização do cultivo, até dez plantas por pessoa.
A proposta do Bloco precisa que são as Câmaras Municipais que podem autorizar a abertura dos estabelecimentos que comercializam a cannabis, devendo estes distar de pelo menos 500 metros das escolas e serem interditos a menores de 16 anos.
À cannabis não se aplicarão as regras usuais de direito de concorrência, impondo-se um controlo da produção, importação e distribuição do produto. O comércio é regulado, "privando a rede de distribuição de toda a agressividade comercial". São, por isso, proibidas as marcas como meio de promoção de produtos, bem como "outras formas de propaganda directa (promoção, marketing...) ou indirecta (patrocínio, mecenato...) utilizados nos media".
O controlo do mercado da substância cria duas vantagens evidentes: "Do lado da oferta, uma política de venda a preços estudados permite eliminar os traficantes do mercado lícito. Do lado da procura, uma fixação hábil dos preços permite orientar os consumidores para os produtos menos nocivos", esclarece a proposta bloquista.
Consulte também o outro projecto de lei do Bloco, apresentado na legislatura anterior, e que propõe a legalização da cannabis para fins terapêuticos.
terça-feira, 16 de junho de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Brasil: Ministro do Meio Ambiente no centro da polémica por defender a liberalização da cannabis
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/517073
Expresso, 7:45 Quarta-feira, 27 de Mai de 2009
Rio de Janeiro, Brasil, 27 Mai (Lusa) - O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse terça-feira que vai ao Congresso para explicar a sua participação na marcha pela legalização da cannabis realizada a 6 de Maio, no Rio de Janeiro.
Minc foi convocado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos aos parlamentares que consideram que o ministro terá feito a apologia da droga ao defender a liberalização da cannabis durante a marcha.
Ele rebateu as acusações, ao afirmar terça-feira, em conferência de imprensa, que a marcha foi autorizada pela Justiça e classificou de "hipócrita e ineficaz" a actual legislação antidrogas do país.
"As pessoas têm o direito de expressar a sua opinião. No caso de pessoas públicas, isso é mais que um direito, é um dever. Eu não estava a pedir para que não se cumprisse a lei, eu estava a questionar a necessidade de modificar a lei", afirmou ao comentar que discutir a legalização da cannabis não é fazer a apologia do seu consumo.
Segundo Minc, "no mundo inteiro, a política repressiva aumentou o poder de traficantes, aumentou o número de utilizadores e a capacidade de corrupção desses traficantes".
Para o ministro do Meio Ambiente, o combate às drogas deveria ser uma questão de saúde pública.
Na ocasião, Minc confirmou à Lusa a sua presença e disse ser "completamente favorável a que se trate o assunto da droga como uma questão de saúde e não como uma questão de polícia".
"Quero participar da discussão para tratar de uma política que é ineficaz. A maconha (cannabis) também faz mal, talvez tanto quanto o álcool e o cigarro mas você compra-a ao traficante. Alguns traficantes de maconha são contemplados com a actual política que lhes dá o monopólio da venda dessa droga", criticou.
Cerca de mil pessoas participaram da chamada "Marcha da Maconha" no Rio para defender a legalização do uso de cannabis no país.
Minc acompanhou a manifestação que ocorreu na praia de Ipanema, tradicional ponto de encontro da classe artística e de jovens da classe média.
FO.
Lusa/Fim
Expresso, 7:45 Quarta-feira, 27 de Mai de 2009
Rio de Janeiro, Brasil, 27 Mai (Lusa) - O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse terça-feira que vai ao Congresso para explicar a sua participação na marcha pela legalização da cannabis realizada a 6 de Maio, no Rio de Janeiro.
Minc foi convocado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos aos parlamentares que consideram que o ministro terá feito a apologia da droga ao defender a liberalização da cannabis durante a marcha.
Ele rebateu as acusações, ao afirmar terça-feira, em conferência de imprensa, que a marcha foi autorizada pela Justiça e classificou de "hipócrita e ineficaz" a actual legislação antidrogas do país.
"As pessoas têm o direito de expressar a sua opinião. No caso de pessoas públicas, isso é mais que um direito, é um dever. Eu não estava a pedir para que não se cumprisse a lei, eu estava a questionar a necessidade de modificar a lei", afirmou ao comentar que discutir a legalização da cannabis não é fazer a apologia do seu consumo.
Segundo Minc, "no mundo inteiro, a política repressiva aumentou o poder de traficantes, aumentou o número de utilizadores e a capacidade de corrupção desses traficantes".
Para o ministro do Meio Ambiente, o combate às drogas deveria ser uma questão de saúde pública.
Na ocasião, Minc confirmou à Lusa a sua presença e disse ser "completamente favorável a que se trate o assunto da droga como uma questão de saúde e não como uma questão de polícia".
"Quero participar da discussão para tratar de uma política que é ineficaz. A maconha (cannabis) também faz mal, talvez tanto quanto o álcool e o cigarro mas você compra-a ao traficante. Alguns traficantes de maconha são contemplados com a actual política que lhes dá o monopólio da venda dessa droga", criticou.
Cerca de mil pessoas participaram da chamada "Marcha da Maconha" no Rio para defender a legalização do uso de cannabis no país.
Minc acompanhou a manifestação que ocorreu na praia de Ipanema, tradicional ponto de encontro da classe artística e de jovens da classe média.
FO.
Lusa/Fim
terça-feira, 26 de maio de 2009
REDUZINDO OS DANOS DO CONSUMO DE CANNABIS
http://marchadamaconha.blogspot.com/2009/05/reduzindo-os-danos-do-consumo-de.html?zx=e4de3c41365afbd7
Marcha da Maconha, Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
REDUZINDO OS DANOS DO CONSUMO DE CANNABIS
As propriedades da cannabis (maconha ou haxixe) são conhecidas há muito tempo por diversas culturas. O fruto da planta fumado, ingerido, vaporizado, faz com que você se sinta alegre e relaxado e seus efeitos duram cerca de duas a três horas.
No entanto, como ocorre com outras substâncias psicoativas, a cannabis pode ser usada indevidamente.
Por essa razão e considerando que mesmo com repressão, conselhos, psicoterapia, súplicas para que não fumem, muitos jovens, adultos e idosos, cidadãs e cidadãos desse país e de outros vão fumar de qualquer jeito, as seguintes considerações podem ser úteis para um uso consciente:
1. Fuma-se maconha e haxixe para curtir, para ficar bem. Mas não espere que um baseado possa resolver seus problemas.
2. Se você fuma maconha e haxixe todos os dias, é bom dar um tempo de vez em quando, ficar sem fumar por dois dias, por exemplo.
3. A cannabis afeta sua concentração, portanto não fume na escola, no trabalho ou quando for dirigir.
4. Alguns tipos de cannabis são mais fortes do que outros, têm uma quantidade maior de THC. Quando você fuma pela primeira vez, ainda não conhece os seus limites. Por isso é importante buscar informações antes de fumar.
5. Quando a maconha é queimada, algumas substâncias prejudiciais à saúde são liberadas (alcatrão e monóxido de carbono). Além disso, quando misturada com cigarro, você também corre os riscos associados à nicotina.
6. A experiência faz com que o fumante saiba quando já fumou o suficiente. Ele sabe a hora de parar. Se você não tem - ou tem pouca - experiência, você não sabe a hora de parar. Portanto é importante obter antes informação confiável sobre o que você está comprando.
7. Se você tem pouca experiência com a cannabis, não é aconselhável combinar o fumo com bebidas alcoólicas.
8. Quando você come bolo de cannabis, é difícil saber a quantidade que está comendo. E leva de 45 minutos a uma hora para você começar a sentir alguma coisa. Espere um pouco e não coma mais, porque você pode descobrir de repente que comeu demais e não ficar bem.
9. Se você está tomando algum medicamento, consulte um médico antes de fumar cannabis. Como ocorre com o cigarro, não é aconselhável fumar durante a gravidez.
10. Às vezes ocorre de o efeito da cannabis ser ruim. Ela pode fazer você se sentir mal ou provocar medo. Se acontecer isso, procure ir para um lugar sossegado e coma ou beba alguma coisa doce. Não entre em pânico: em geral antes de uma hora o mal estar já terá passado.
11. Cuidado na hora de comprar cannabis. Se você estiver na Holanda, não precisa comprar cannabis na rua. Vá até um Coffee Shop, peça informações e escolha no cardápio o que deseja fumar.
12. Apesar da nova lei de drogas estabelecer que o consumidor de cannabis não será mais enjaulado, o uso de maconha ou haxixe não foi descriminalizado: A pessoa flagrada pela polícia portando ou fumando cannabis ainda será levada para a delegacia para ser autuada, e depois terá de comparecer ao juizado. Ali receberá uma pena que pode consistir de serviços comunitários, multas ou advertências.
12a. Portanto, o usuário de cannabis continua sendo um criminoso perante a lei. Não vacile. Nada mudou. Lembre-se de que ser detido por porte de maconha é o pior dano que a maconha pode provocar.
Nota Final: Você pode fumar cannabis de vez em quando por diversão ou pode fumá-la tanto a ponto de perder o contato com a realidade. Você é responsável por lidar ou não com a cannabis de uma maneira saudável.
Dicas adaptadas livremente de uma publicação do Jellinek, Holanda, 2004.
Marcha da Maconha, Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
REDUZINDO OS DANOS DO CONSUMO DE CANNABIS
As propriedades da cannabis (maconha ou haxixe) são conhecidas há muito tempo por diversas culturas. O fruto da planta fumado, ingerido, vaporizado, faz com que você se sinta alegre e relaxado e seus efeitos duram cerca de duas a três horas.
No entanto, como ocorre com outras substâncias psicoativas, a cannabis pode ser usada indevidamente.
Por essa razão e considerando que mesmo com repressão, conselhos, psicoterapia, súplicas para que não fumem, muitos jovens, adultos e idosos, cidadãs e cidadãos desse país e de outros vão fumar de qualquer jeito, as seguintes considerações podem ser úteis para um uso consciente:
1. Fuma-se maconha e haxixe para curtir, para ficar bem. Mas não espere que um baseado possa resolver seus problemas.
2. Se você fuma maconha e haxixe todos os dias, é bom dar um tempo de vez em quando, ficar sem fumar por dois dias, por exemplo.
3. A cannabis afeta sua concentração, portanto não fume na escola, no trabalho ou quando for dirigir.
4. Alguns tipos de cannabis são mais fortes do que outros, têm uma quantidade maior de THC. Quando você fuma pela primeira vez, ainda não conhece os seus limites. Por isso é importante buscar informações antes de fumar.
5. Quando a maconha é queimada, algumas substâncias prejudiciais à saúde são liberadas (alcatrão e monóxido de carbono). Além disso, quando misturada com cigarro, você também corre os riscos associados à nicotina.
6. A experiência faz com que o fumante saiba quando já fumou o suficiente. Ele sabe a hora de parar. Se você não tem - ou tem pouca - experiência, você não sabe a hora de parar. Portanto é importante obter antes informação confiável sobre o que você está comprando.
7. Se você tem pouca experiência com a cannabis, não é aconselhável combinar o fumo com bebidas alcoólicas.
8. Quando você come bolo de cannabis, é difícil saber a quantidade que está comendo. E leva de 45 minutos a uma hora para você começar a sentir alguma coisa. Espere um pouco e não coma mais, porque você pode descobrir de repente que comeu demais e não ficar bem.
9. Se você está tomando algum medicamento, consulte um médico antes de fumar cannabis. Como ocorre com o cigarro, não é aconselhável fumar durante a gravidez.
10. Às vezes ocorre de o efeito da cannabis ser ruim. Ela pode fazer você se sentir mal ou provocar medo. Se acontecer isso, procure ir para um lugar sossegado e coma ou beba alguma coisa doce. Não entre em pânico: em geral antes de uma hora o mal estar já terá passado.
11. Cuidado na hora de comprar cannabis. Se você estiver na Holanda, não precisa comprar cannabis na rua. Vá até um Coffee Shop, peça informações e escolha no cardápio o que deseja fumar.
12. Apesar da nova lei de drogas estabelecer que o consumidor de cannabis não será mais enjaulado, o uso de maconha ou haxixe não foi descriminalizado: A pessoa flagrada pela polícia portando ou fumando cannabis ainda será levada para a delegacia para ser autuada, e depois terá de comparecer ao juizado. Ali receberá uma pena que pode consistir de serviços comunitários, multas ou advertências.
12a. Portanto, o usuário de cannabis continua sendo um criminoso perante a lei. Não vacile. Nada mudou. Lembre-se de que ser detido por porte de maconha é o pior dano que a maconha pode provocar.
Nota Final: Você pode fumar cannabis de vez em quando por diversão ou pode fumá-la tanto a ponto de perder o contato com a realidade. Você é responsável por lidar ou não com a cannabis de uma maneira saudável.
Dicas adaptadas livremente de uma publicação do Jellinek, Holanda, 2004.
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