sexta-feira, 7 de novembro de 2003

Maconha deve ser recomendada a portadores de esclerose múltipla, conclui estudo

7 de novembro de 2003, Globo On-Line

Reuters

LONDRES - O maior estudo já realizado sobre o uso da maconha para alívio dos sintomas da esclerose múltipla produziu resultados que, se não podem ser chamados de excelentes, ao menos são bons o suficiente para fazer com que os cientistas recomendem a autorização do uso da erva no tratamento da doença.

Apesar de não haver prova objetiva de que a maconha tenha aliviado a rigidez muscular causada pela doença, os pacientes relataram melhoras, no alívio da dor e na mobilidade. Também houve menos recaídas em pacientes que usaram a maconha - em cápsulas ou extrato - do que entre os que usaram placebo.

“Há uma gama de pontos positivos e negativos. De modo geral, acho que há provas suficientes para se levar adiante o licenciamento e a regulamentação do tratamento pelas autoridades”, disse o neurologista John Zajicek, que chefiou a pesquisa.

Alguns portadores de esclerose múltipla, doença que afeta um milhão de pessoas em todo o mundo, vinham relatando melhora da dor e na rigidez muscular, mas Zajicek disse que não havia muitos indícios disso na literatura médica.

“Esse é o maior estudo sobre isso já publicado”, disse o cientista.

No início deste ano, a Holanda tornou-se o primeiro país a tornar a maconha disponível para pacientes com câncer, infecção pelo HIV e esclerose múltipla, mediante prescrição médica. Pacientes na Grã-Bretanha, nos EUA e no Canadá pressionam por medidas similares.

O laboratório farmacêutico britânico GW desenvolveu um spray de Cannabis que é administrado sob a língua, especialmente para pessoas com esclerose múltipla. O produto pode ser lançado ainda neste ano.

Zajicek disse que o objetivo da pesquisa de três anos com mais de 600 pacientes na Grã-Bretanha foi determinar se a maconha tinha qualquer valor terapêutico para quem sofre desta doença auto-imune em que as células de defesa do organismo destroem a capa de mielina que recobre e isola os nervos, a medula espinhal e o cérebro.

Fonte: http://www.gabeira.com.br/causas/subareas.asp?idArea=1&idSubArea=229

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