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A maconha nativa está ficando mais potente na União Européia, aumentando as preocupações com a saúde e mandando mais pessoas para os centros de tratamento de drogas, disse a agência de monitoração de drogas da União Européia.
Estima-se que a maconha nativa seja três vezes mais potente que a importada do norte da África, Caribe e do Oriente. A potência é medida pela presença do tetrahidrocanabinol, ou THC, na cannabis, que se decompõe ao longo do tempo, fazendo com que a maconha importada seja mais fraca que a nativa.
Em média, a maconha consumida nas nações da União Européia contém mais de 8% de THC, mas na Holanda, que tem leis menos rígidas contra drogas leves, o índice é o dobro, disse o estudo feito pelo Centro de Monitoria de Drogas e Dependência de Drogas de Lisboa. O estudo diz que pelo menos metade da maconha fumada na Holanda é produzida no local.
A Holanda já está sentido os efeitos da maconha mais potente. Autoridades do país dizem que sua política de tolerância não despertou um maior uso de drogas, mas aumentou as preocupações sobre problemas de saúde relacionados a cannabis mais forte.
Usuários da maconha mais poderosa podem estar mais propensos a terem ataques de pânicos e problemas psicológicos menores, disse o estudo da União Européia. O estudo também disse que o tratamento para dependência de drogas está se tornando mais "disponível, acessível e diverso" por toda a União Européia.
"Desde que começamos a monitorar no meio dos anos 90, nós mapeamos um constante crescimento de todos os tipos de tratamento de drogas na União Européia", disse Georger Estievenart, diretor da agência de drogas.
Os serviços de pacientes em ambulatório aumentaram 25% na França, 30% na Grécia e 60% na Áustria. Na Grã-Bretanha e em outros países o tempo de espera dos pacientes caiu para seis semanas.
Também, os viciados agora são tratados para diferentes tipos de drogas, disse Estievenart. "No passado, a demanda por tratamento de droga centralizava-se principalmente da dependência de narcóticos. Atualmente, nós estamos vendo mais indivíduos procurando por tratamento para outras substâncias, como a maconha e a cocaína." Em 2003, 410 mil pessoas eram dependentes de heroína, eram 320 mil em 1999, disse o relatório.
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