08/01/2003 - 10:11 | Edição nº 242 , ÉPOCA
O autor do estudo, publicado na revista americana especializada em drogas “High Times”, Chris Bennett, disse que o uso de maconha era bastante difundido na época para ajudar a curar os enfermos. O pesquisador alega que um bálsamo usado nos primeiros anos da era cristã continha um extrato de maconha chamado de kaneh-bosem. O poderoso extrato, absorvido pelo corpo quando colocado em contato com a pele, poderia ter ajudado a curar pessoas que sofriam de várias doenças físicas e mentais.
Os cientistas encontraram nas escrituras sagradas referências à utilização do kaneh-bosem. Além dos cientistas americanos, diversos estudiosos lingüistas já haviam identificado a maconha como o ingrediente principal do óleo referido na Bíblia. Os doentes eram mergulhados na essência, que curava epilepsia, problemas na pele, nos olhos, ou até mesmo menstruais.
“O óleo sagrado da consagração, conforme descrito nas escrituras em hebreu do livro do Êxodo, continha até 2 quilos de kaneh-bosem, uma substância identificada por respeitados lingüistas, antropólogos, botânicos e outros estudiosos como maconha, com a adição de óleo de oliva e outras ervas”, disse o pesquisador.
“Os consagrados daqueles tempos eram praticamente mergulhados nessa poderosa mistura”, disse Bennett. O artigo não coloca em dúvida a validade dos milagres descritos na Bíblia. Trata apenas de analisar se foi usada a substância.
Erva pode virar medicamento - Após várias pesquisas, os cientistas passaram a ver na maconha um aliado na medicina. A Grã-Bretanha está entre as nações que mais avançaram nos experimentos com a erva. Os resultados dos primeiros testes clínicos com remédios feitos a partir de cannabis revelam que a droga tem efeitos interessantes, aliviando a dor dos pacientes que sofrem de males considerados crônicos. Desde o início do ano, o Canadá também permite legalmente o uso da maconha para fins medicinais. Entretanto, terapias à base da erva ainda causam polêmica e são proibidas na maioria dos países.
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